Governo italiano diz que salvamento da Alitalia não prevê ajuda do Estado
Roma, 31 ago (EFE).- O ministro de Desenvolvimento Econômico italiano, Claudio Scajola, disse hoje que o salvamento da companhia aérea Alitalia "acontecerá sem ajudas de Estado", por isso considerou que o plano de resgate poderá conseguir a aprovação da Comissão Européia (CE, órgão executivo da União Européia). A Alitalia pediu esta semana o estado de insolvência e a passagem para uma administração especial, como primeiro passo para evitar a quebra. A recuperação da empresa aconteceria por meio do Plano Fênix, elaborado pelo banco Intesa SanPaolo, assessor no processo de privatização da companhia, para a qual procura comprador há quase dois anos. O plano prevê a divisão da Alitalia em duas partes. Uma reunirá os ativos não-rentáveis, a dívida e os encargos da gestão dos anunciados cortes de pessoal, tudo isso sob uma administração especial. A outra parte estaria livre de dívidas, com os ativos e slots (direitos de decolagem e aterrissagem) rentáveis, seria comprada por um grupo de 16 empresários italianos, que buscam ainda uma companhia aérea internacional como sócia minoritária. Scajola, em uma entrevista ao jornal italiano "Il Messaggero", afirmou que as mudanças realizadas esta semana pelo Governo na lei de quebras, não foram feitas especificamente para permitir o Plano Fênix, mas é "uma antecipação" de uma reforma geral da legislação sobre as grandes empresas em crise. Assim, ele considerou que "será possível obter o sinal verde" da Comissão Européia ao Plano Fênix.
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