quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vida Extraterrestre Inteligente

Recentemente as discussões sobre “Vida Extraterrestre” foram aquecidas nacional e internacionalmente por uma resolução e duas declarações. 

Nacionalmente, foi publicado no Diário Oficial da União uma portaria aprovada pela Aeronáutica, que regulamenta os procedimentos a serem efetuados por seus integrantes caso avistem ou tenham conhecimento da aparição de "Objetos Voadores Não Identificados" (OVNIs) no espaço aéreo brasileiro. 

Segundo essa portaria, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro será responsável por receber e catalogar as informações referentes a OVNIs e encaminhá-las ao Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (Cendoc) que por sua vez deverá copiar, encadernar, arquivar cópias dos registros das informações e enviar os originais ao Arquivo Nacional. Serviços de controle do trafego aereo de todo o país receberão formulário proprio para o envio desses relatos ao Comando de Defesa Aeroespacial. 

Para muitos essa resolução da Aeronautica é uma comprovação do reconhecimento por parte das forças armadas brasileiras de que somos visitados por seres extraterrestres inteligentes. Quando leem “OVNIs”, entendem “naves alienígenas” ou “discos voadores”. Como sempre, parte da midia sensacionalista alimentou essa forma de pensar. 


Um OVNI, como o próprio nome diz, é um Objeto Voador NÃO IDENTIFICADO. Por não ser idendificado, pode ser um balão atmosférico; um satélite; um fenômeno astronômico; uma aeronave ilegal; etc.; etc.; etc. Estranhei não haver até então uma regulamentação das nossas forças armadas nesse sentido; pois trata-se da defesa de nosso território e de nossos cidadãos. Uma aeronave ilegal, por exemplo, pode ser uma aeronave espiã; ou a serviço de contrabandistas; etc. Nós, astrônomos, não acreditamos que um OVNI possa ser um disco voador.

Acreditamos na possibildade de haver vida extraterrestre inteligente; mas não acreditamos que esses possíveis seres já estejam nos visitando. O principal motivo para nossa descrença é que até hoje não encontramos evidências científicas que amparem essa idéia. Teorias conspiratórias (como muitas veiculadas no caso denominado “ET de Varginha”, por exemplo) de que as forças armadas nos esconderiam informações de extraterrestres, considero absurdas e altamente improváveis.

Internacionalmente o assunto “Vida Extraterrestre” voltou a ter destaque devido a declarações, que poderíamos chamar de sensacionais (não sensacionalistas), dadas por dois cientistas altamente gabaritados para falar do assunto.

Dia 16 passado, Seth Shostak, em uma conferência na sede do Instituto SETI (iniciais em inglês de “Busca por Inteligência Extraterrestre”) nos EUA, afirmou que a Humanidade encontrará uma forma de inteligência extraterrestre nos próximos 25 anos.

Seth Shostak é um dos principais astrônomos do Instituto SETI que é o lider mundial na pesquisa, tanto teórica como observacional, por vida extraterrestre. Um dos principais projetos do Instituto SETI, denominado Phoenix, se dedica à detecção e análise de ondas eletromagnéticas (na faixa do espectro denominada “ondas de rádio”) procurando identificar algum sinal produzido por seres inteligentes extraterrestrres. O projeto Phoenix utiliza alguns dos maiores radio telescópios do mundo; além de sua própria rede de radio telescópios

Segundo Shostak, dentro de no máximo 25 anos, teremos confirmadas detecções conclusivas e positivas acerca de possíveis vizinhos extraterrestres. Essa é a opinião desse renomado cientista. Ainda não sabemos se de fato temos compania no Universo; qual a vulgaridade dessa compania; a que distância nossos possíveis vizinhos se encontram; etc., para podermos fazer um prognóstico das dificuldades (e tempo necessário) para detecta-los. Ninguém gostaria mais de ter essa confirmação do que os pesquisadores da área. Mais que uma informação científica, Shostak manifestou o otimismo que os pesquisadores por sinais de inteligência extraterrestrre vivem no momento.

Entretanto é indiscutível o fato de estarmos vivendo um avanço tecnológico vertiginoso, com relação direta à nossa capacidade de detecção e análise de possíveis sinais alienígenas. Estou falando principalmente na grande evolução que temos tido nos detectores de ondas de rádio e nos computadores, capazes de processar cada vez mais informações e em menor tempo. Esses avanços estão nos aproximando também vertiginosamente da resposta esperada.

Eu também (como acredito, a maior parte da população da Terra) torço para não estarmos sozinhos no Universo. Torço para poder acompanhar aquele que será um dos períodos mais fascinantes de toda história da Humanidade. Você, leitor, já pensou no que sucederá após descobrirmos sinais de seres inteligentes em algum local das nossas vizinhanças? A nossa ansiedade por nos fazermos notar... As nossas tentativas por um contacto cuja resposta poderá demorar centenas ou milhares de anos...




Mais sensacional que a declaração de Seth Shotak, foi a entrevista dada no início do mês ao site da internet “Big Think”, por Stephen Hawking, um dos maiores, senão o maior cientista da atualidade. Segundo ele, “nós humanos precisamos abandonar a Terra nos próximos cem anos, sob pena de nos tornarmos uma espécie extinta”.

O professor Hawking disse ver grandes perigos para a raça humana, como guerras; a exploração excessiva dos recursos naturais e o exagerado aumento populacional. A solução, disse, será abandonar o planeta e nos espalharmos pelo espaço.

Além disso, "se seres alienígenas nos visitassem agora, o resultado poderia ser muito parecido com o que aconteceu quando Colombo chegou à América: não foi nada bom para os povos nativos", afirmou. "Esses alienígenas avançados talvez sejam nômades, procurando conquistar e colonizar quaisquer planetas que consigam alcançar."

Entretanto o Prof. Hawking se mostra otimista, dizendo: "Fizemos muito progresso nos últimos cem anos. Se quisermos ir além dos próximos cem, o futuro é o espaço".


Eu concordo com o Professor Hawking; talvez questionando o prazo de cem anos dados por ele.

Vale lembrar que a Humanidade está nos seus primórdios. Se não nos auto destruirmos, ou ficarmos de braços cruzados esperando que um “acidente” astronômico ou mesmo que uma civilização alienígena nos destrua, a nossa expectativa de vida é de bilhões de anos. O que são os 10 mil anos já vividos (a Humanidade não tem mais que isso) comparados com os possíveis bilhões de anos que temos pela frente? Costumo dizer que somos crianças de berço. Nós ainda nem engatinhamos pelo sistema solar, que podemos entender como nossa casa no universo...

Se o Prof. Hawking estiver certo, temos que não apenas começar a engatinhar, mas logo andar e correr; ou não duraremos muito.

Mas será que conseguiremos nos organizar, para nos espalharmos pelo espaço, sem mudarmos essa nossa mentalidade medíocre que tem gerado tantas guerras; injustiças sociais e degradação do planeta? Acho muito difícil!

Como já disse, concordo com o Prof. Hawking, mas não acredito que conseguiremos nos espalhar pelo espaço, como ele propõe, sem antes nos organizarmos; passando a respeitar e valorizar mais a nós próprios (a Humanidade) e ao nosso planeta. Hoje, acredito, somos incapazes de dar esse importante passo para a nossa sobrevivência.

Renato Las Casas - Colunista do Portal Uai

Fonte: Uai


JVH

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