quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fundo ambiente italiano lança campanha para salvar monumentos


Roma - O Fondo Ambiente Italiano (FAI) lançou uma campanha para salvar quatro monumentos do país. A contribuição consiste em enviar até o próximo dia 31 um SMS de € 2.
O dinheiro arrecadado será usado para a restauração da casa, no lago Lugano, onde o escritor italiano Antonio Fogazzaro ambientou Piccolo Monto Antico; ou para salvar parte da natureza ainda intocada da Sardenha; ou a história que se respira na incrível baía de Ieranto, na Costa Amalfitana (Campania); ou ainda parte da paisagem urbana na San Gimignano das cem torres, na Toscana.

Depois do bosque de São Francisco de Assis e a Fonte das 99 bicas em l'Aquila (que em alguns meses, após as obras de restauração, serão devolvidos ao público) o FAI relança uma nova campanha para angariar fundos para estes quatro novos projetos 'do coração'.

Especialmente em tempos de crise, adverte a presidente Ilaria Buitoni, ''pensar na paisagem significa pensar no futuro''.

A Itália não parece pensar o bastante, porque a cada dia, denuncia o diretor geral da Cultura Marco Magnifico, se consomem 100 hectares de terra "sem que a política intervenha para conter este ritmo", como ao contrário ocorreu na Alemanha, onde uma lei restringe o uso da terra em 30 hectares diários.

Os dados são assustadores: só entre 1995 e 2006, destaca Magnifico citando o Istat (Instituto Italiano de Estatísticas), ''os municípios italianos emitiram alvarás de construção para 3,1 bilhões de metros cúbicos, que representam mais de 261 milhões de metros cúbicos por ano''. Uma área que, somada, daria 11 vezes a cidade de Milão. A Itália invadida pelo concreto, que cresce 37 vezes mais do que a população. E isso sem considerar ''os 2 milhões de casas fantasma descobertas este ano pela Agência do Território e o milhão de casas vazias nas grandes cidades'', acrescenta Magnifico.

Há um consumo do território, destaca ainda ele, e se reduz a área agrícola (na Lombardia, por exemplo, por ano se perdem 4.400 hectares de terras agrícolas, ou na Emilia, onde as perdas chegam a 7.700). Além disso também existe a instabilidade geológica, com os 470 mil deslizamentos que devastaram a Itália desde 1950, as 700 vítimas entre 1997 e 2001, e sete em 10 municípios em situação de risco. Mas também os cortes para o Ministério do Patrimônio Cultural (com quase € 60 milhões a menos por ano no próximo triênio). Não menos importante é a ameaça sempre presente da construção de novos edifícios.

Trata-se então de muitas boas razões para investir na paisagem, destaca o dirigente do FAI, que convida à participação em massa dos italianos na campanha até 31 de outubro e que será veiculada em anúncios de rádio e TV, com a participação de artistas e protagonistas do desporto.

www.ansa.it/www.italianos.it

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