Novo enigma nas planícies esquecidas de Marte
Por Europa Press - Tradução: Paulo Poian
"A maioria dos cientistas não quer trabalhar nas paisagens planas", assinalou o geólogo Tracy Gregg da Universidade de Buffalo. Depois que os primeiros especialistas decidiram que Hesperia Planum parecia uma planície cheia de lava, ninguém voltou a examiná-la e o lugar foi utilizado para exemplificar algo importantíssimo: a base de um período relevante de transição na escala de tempo geológica de Marte. O período é chamado acertadamente Hesperiano e se calcula que teve lugar de 3,7 a 3,1 milhões de anos atrás.
Mas quando Gregg e seu aluno Carolyn Roberts começaram a buscar dados recentes nesta planície de lava marciana, encontraram coisas novas. "Há um vulcão em Hesperia Planum que muita gente não presta atenção porque é muito pequeno", disse Gregg. "Buscando no resto da região, não pude encontrar outros respiradouros vulcânicos, nem fluxos de lava. É um pouco frustrante porque não há nada parecido a isso em Hesperia Planum. Uma causa provável deste problema é a grossa camada de pó", disse. "Cobre aquela zona como uma nevada".
Então, voltou sua atenção ao que se poderia discernir sobre Hesperia: uma dúzia de canais estreitos e sinuosos, chamados rimas, de poucas centenas de metros de largura e até centenas de quilômetros de comprimento. Estas rimas não têm fontes óbvias ou destinos, e não está totalmente claro que sejam de origem vulcânica.
"A pergunta que tenho é o que formou estes canais? Foi água, lava ou algo mais? Há algumas lavas que podem ser muito líquidas. E ambos são líquidos que correm costa abaixo", disse Gregg. É uma possibilidade. Para buscar respostas, Gregg e Roberts agora estão em busca de ajuda na Lua. Seus resultados preliminares foram apresentados na Reunião Anual da Sociedade Geológica da América em Minneapolis.
"Na Lua, vemos este mesmo tipo de características e sabemos que a água não poderia tê-los formado ali", afirmou Gregg. Assim, estão no processo de comparação dos canais na Lua e Marte, utilizando conjuntos de dados similares de diferentes naves espaciais, para ver se desvelam alguma luz sobre o assunto. Esperam encontrar evidência que descartem a presença remota da água ou a lava em Hesperia Planum.
"Todo o mundo assumiu que se tratava de fluxos de lava", disse Gregg. "Mas se resulta ser o depósito de um lago, é uma imagem muito diferente do que Marte era até então". Também faria desta planície um bom lugar para buscar vida, porque a água, mais o calor dos vulcões e os minerais são considerados uma combinação vencedora para desencadear o aparecimento da vida...
Sua origem pode não ser vulcânica
Conforme o pesquisador, os cientistas especialistas em Marte não gostam muito de trabalhar com as planícies do planeta vermelho, situação que pode ter deixado muitos detalhes sem observação e investigação adequada até hoje. Crédito: NASA/JPL/ASU
Um das paisagens de Marte supostamente melhor compreendidas, mas que menos interessam, oculta algo que poderia reescrever a história do planeta. De fato, o que é verdadeiro é que décadas de hipóteses sobre a vasta planície Hesperia Planum não se sustentam muito bem depois de uma nova observação com maior resolução, obtida através das naves mais modernas em torno do planeta vermelho.
"A maioria dos cientistas não quer trabalhar nas paisagens planas", assinalou o geólogo Tracy Gregg da Universidade de Buffalo. Depois que os primeiros especialistas decidiram que Hesperia Planum parecia uma planície cheia de lava, ninguém voltou a examiná-la e o lugar foi utilizado para exemplificar algo importantíssimo: a base de um período relevante de transição na escala de tempo geológica de Marte. O período é chamado acertadamente Hesperiano e se calcula que teve lugar de 3,7 a 3,1 milhões de anos atrás.
Mas quando Gregg e seu aluno Carolyn Roberts começaram a buscar dados recentes nesta planície de lava marciana, encontraram coisas novas. "Há um vulcão em Hesperia Planum que muita gente não presta atenção porque é muito pequeno", disse Gregg. "Buscando no resto da região, não pude encontrar outros respiradouros vulcânicos, nem fluxos de lava. É um pouco frustrante porque não há nada parecido a isso em Hesperia Planum. Uma causa provável deste problema é a grossa camada de pó", disse. "Cobre aquela zona como uma nevada".
Então, voltou sua atenção ao que se poderia discernir sobre Hesperia: uma dúzia de canais estreitos e sinuosos, chamados rimas, de poucas centenas de metros de largura e até centenas de quilômetros de comprimento. Estas rimas não têm fontes óbvias ou destinos, e não está totalmente claro que sejam de origem vulcânica.
"A pergunta que tenho é o que formou estes canais? Foi água, lava ou algo mais? Há algumas lavas que podem ser muito líquidas. E ambos são líquidos que correm costa abaixo", disse Gregg. É uma possibilidade. Para buscar respostas, Gregg e Roberts agora estão em busca de ajuda na Lua. Seus resultados preliminares foram apresentados na Reunião Anual da Sociedade Geológica da América em Minneapolis.
"Na Lua, vemos este mesmo tipo de características e sabemos que a água não poderia tê-los formado ali", afirmou Gregg. Assim, estão no processo de comparação dos canais na Lua e Marte, utilizando conjuntos de dados similares de diferentes naves espaciais, para ver se desvelam alguma luz sobre o assunto. Esperam encontrar evidência que descartem a presença remota da água ou a lava em Hesperia Planum.
"Todo o mundo assumiu que se tratava de fluxos de lava", disse Gregg. "Mas se resulta ser o depósito de um lago, é uma imagem muito diferente do que Marte era até então". Também faria desta planície um bom lugar para buscar vida, porque a água, mais o calor dos vulcões e os minerais são considerados uma combinação vencedora para desencadear o aparecimento da vida...
Agradecimentos a:
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira
Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira
Consultor da Revista UFO Brasil
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