quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eles existem? A. J. Gevaerd responde esta e outras questões

Por Victor Barone/Semana Online 
 Ainda existe um preconceito acadêmico contra a Ufologia, mas há cientistas qualificados que a defendem
Crédito: Hubble/NASA
Um dos mais respeitados estudiosos de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) do planeta, o químico Ademar José Gevaerd, 50, tem na Ufologia uma paixão. 
 
Em 1983, com 21 anos, fundou - e até hoje é presidente - do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), a maior entidade do gênero no mundo, baseada em Campo Grande (MS). Em 1985, fundou a Revista UFO, da qual é editor desde então. A publicação é a única sobre Ufologia existente no país, com 28 anos de duração, e a mais antiga em circulação entre suas congêneres, recordista em longevidade e tiragem. Nesta entrevista à Semana Online, Gevaerd fala do preconceito com que o tema ainda é tratado pelo mainstream da ciência, da seriedade com que é analisado por governos e militares e da necessidade de expandi-lo para toda a sociedade.

Um setor da sociedade ridiculariza a Ufologia. O que o senhor diria para essas pessoas? Digo que elas devem buscar urgentemente se informar a respeito do tema. Não é mais cabível que uma pessoa se manifeste dessa maneira. No passado quem falava de discos voadores eram apenas os ufólogos, muitas vezes vistos como excêntricos. No entanto, há anos governos, setores científicos e militares tem se manifestado admitindo e, às vezes, até defendendo a origem extraterrestre do Fenômeno UFO.

Que governos admitem abertamente este fenômeno? Existem vários países que investigam os discos voadores oficialmente. No nosso continente, o Uruguai, desde 1979; o Chile, desde 1997; o Peru, desde 2002; o Equador, desde 2004; a Argentina, desde o ano passado. Estive em todos estes países entrevistando militares que estão à frente dos programas ufológicos.



Como fica o Brasil neste cenário? No Brasil as investigações oficiais tiveram inicio em 1954. O Brasil é um dos primeiros países a se pronunciar oficialmente sobre a questão. As pessoas não têm informação e por isso falam que este é um assunto de louco. Em 1954 a elite militar brasileira criou o primeiro inquérito oficial de investigação de OVNIs. Em 1969 o Brasil voltou a tratar do assunto oficialmente com a criação do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), organismo de atuou até 1972 com dezenas de investigadores civis e militares e que produziu milhares de páginas de documentação registrando ocorrências ufológicas, inclusive pousos de discos voadores observados com testemunhas. Essa documentação está desclassificada, liberada para a população graças a uma manifestação que a Revista UFO fez em 2004 para pedir que o governo agisse de maneira transparente em relação ao tema.

Ainda assim, o mainstream científico rejeita a ideia da origem extraterrestre dos OVNIs. A ciência rejeita corporativamente a Ufologia. Mas há indivíduos altamente qualificados que admitem estarmos sendo visitados por outras espécies cósmicas. Por exemplo, o astrofísico norte-americano Michio Kaku - um dos mais notórios defensores da pluralidade dos mundos habitados - tem feito declarações bombásticas. O fato é que este preconceito cientifico não é recente e não vai acabar tão cedo. Campo Grande é um exemplo.

Por que? Em 06 de março de 1982 houve um caso de observação coletiva de disco voador sob o estádio Morenão, em Campo Grande (MS). Havia 23.500 pessoas naquele jogo entre Operário e Vasco. Todas viram um objeto cilíndrico, com quatro luzes nas laterais pairando a algumas dezenas de metros sobre o estádio. Quem estava nas arquibancadas mais elevadas pode ver o objeto quase de frente. Metade da cidade viu, pois era uma noite calorenta de sábado. O objeto atravessou Campo Grande de norte a sul. Milhares de pessoas viram o que aconteceu dentro do estádio de futebol Pedro Pedrossian, que nós sabemos pertencer a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Eu pergunto: quantos professores ou alunos da UFMS pesquisaram esse caso? Nenhum integrante daquela comunidade acadêmica se interessou. Esse é o tipo de atitude que a gente denuncia. Há um preconceito, completamente ignorante, que não faz nenhum bem à sociedade e que a distancia da verdade sobre esse tema. Isso tem que acabar. E está acabando. Até o Vaticano tem falado abertamente a respeito de vida em outros planetas.

O que o Vaticano tem dito? O Vaticano é a entidade que mais tem informação sobre UFOs. Hoje o Vaticano está entre as instituições que mais abertamente fala sobre o assunto. O astrônomo oficial do Vaticano, um padre com pós-doutorado em estrelas binárias (José Funes), disse há dois ou três anos que é evidente que os extraterrestres existem, que eles são nossos irmãos e que não reconhecer a existência de outras espécies mais avançadas no universo é menosprezar a capacidade criativa de Deus.

Por que - em uma época em que qualquer celular é uma máquina fotográfica - há tanta dificuldade em se obter provas cabais da existência dos discos voadores? A Revista UFO recebe cerca de 100 fotos por mês. As pessoas fotografam qualquer coisa achando que são discos voadores. Uma gotícula de ar ou de água próxima da lente resulta em um falso efeito. Há certos fenômenos naturais que também geram enganos. De cada 100 relatos que recebemos, 90 descartamos de imediato. Os outros 10 exigem investigação com método, a partir do que acabamos excluindo mais sete ou 8. Restam de dois a 3 casos inexplicáveis. Cabe ao ufólogo o imenso trabalho de separar o joio do trigo...
 
 
 
 
 
Agradecimentos a: 

Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira www.ufo.com.br
Consultor da Revista UFO Brasil

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