Campo Grande terá minicurso sobre identificação de meteoritos
Por Karina Lima
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Reconhecer um meteorito pode ser mais fácil do que se imagina e é isso que pretende mostrar o minicurso Como Encontrar e Identificar Meteoritos, que será ministrado pelo geólogo meteorista Rodrigo Sato nos dias 14 e 15 de outubro, às 10h00, no Memorial da Cultura, em Campo Grande (MS), durante o 10º Encontro Regional do Ensino de Astronomia (X Erea).
Fundador da Space Rocks Meteoritos, empresa que realiza expedições em busca de meteoritos para serem expostos em museus e universidades, Sato explica que a identificação ou a possibilidade de identificação de um meteorito por um leigo não é tão difícil se a amostra apresentar alguns indícios típicos de material meteorítico (em geral, apenas se o material teve queda recente, pois com a deterioração, a identificação passa a ser cada vez mais técnica). “Esses indícios são crosta de fusão (parte externa queimada e derretida), densidade alta, magnetismo (típicas de meteoritos metálicos), ocorrência de esferas na matriz da amostra, entre outros”, discorre.
Ele afirma que os melhores lugares para se encontrar meteoritos são regiões desérticas (desertos quentes ou gelados), pois nesses locais há pouca água e eles se mantém por anos. “O maior inimigo dos meteoritos é a água. Por ser procedentes do espaço, onde a água é elemento raro, eles chegam ao nosso planeta isentos de água e aqui são rapidamente degradados por encontrar água em abundância, favorecendo as reações de oxidação. No Brasil os melhores locais também são os desérticos, como Centro-Oeste e Nordeste. No restante do Brasil, se o meteorito não for encontrado em poucos meses, pouco dele deve restar”.
Meteoritos também podem ser utilizados didaticamente em aulas de ciências, pois são fósseis do Sistema Solar. “Ter um meteorito para ensino é ter parte da história do nosso universo ao acesso do professor. Meteoritos, principalmente os chamados primitivos, têm idades em torno dos 4,6 bilhões de anos. No nosso planeta já não temos mais rochas dessa idade, pois foram degradadas ou modificadas, então uma dessas nos mostra como era nosso planeta quando nasceu. Os metálicos são partes de núcleos de grandes asteróides, planetóides ou mesmo planetas que colidiram e não sobreviveram ao impacto e por isso seus fragmentos ficam rodando pelo universo. A descoberta desses meteoritos e seu estudo foram cruciais para entender a natureza do nosso núcleo terrestre e, mesmo que o homem leve décadas ou séculos para atingir o núcleo para coletar amostras, já podemos saber como ele é quimicamente, pois temos fragmentos de núcleos de outros planetas em nossas mãos hoje”, explica o geólogo.
Para ser considerado autêntico, um meteorito precisa ter o certificado de autenticidade através de um perito reconhecido por lei ou instituição (desde que a instituição tenha profissionais da área das geociências). “Pessoas comuns que emitem certificados cometem crime, além de o certificado não ter validade científica ou jurídica, pois apenas geólogos tem atribuição pela Lei Federal nº 4.076, de julho de 1962, estando aptos a fazer laudos técnicos de verificação de autenticidade de rochas, minerais e meteoritos, sendo que todos os certificados devem possuir o registro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia (CREA)”, afirma Sato.
Sato é fundador da Sociedade Meteorítica Brasileira (SMB), primeira sociedade científica voltada para a meteorítica do Brasil e uma das únicas do mundo. Durante o X Erea, será lançado o Boletim Meteorítico Brasileiro, que vai disponibilizar e juntar toda a pesquisa disponível no País sobre o assunto. Também no Erea serão abertas oficialmente para todo o Brasil as inscrições para ingresso na SMB junto ao estande da Space Rocks.
O geólogo vai realizar uma exposição com cerca de 200 espécimes, inclusive com meteoritos marcianos e lunares e amostras de praticamente todos os grupos químicos conhecidos. “A Space Rocks possui o maior acervo de meteoritos do País. Também levaremos amostras para venda com preços especiais para que todos possam iniciar uma coleção ou ter amostras didáticas para ensino, pois nosso objetivo principal é a divulgação da Meteorítica (ciência que estuda os meteoritos) e seu acesso a qualquer pessoa com interesse no assunto”, finaliza.
Interessados em saber mais sobre o assunto podem participar, acessando o site do evento e levar um kg de alimento não perecível ou um litro de leite no ato do cadastramento.
Meteoritos também podem ser utilizados didaticamente em aulas de ciências, pois são fósseis do Sistema Solar. “Ter um meteorito para ensino é ter parte da história do nosso universo ao acesso do professor. Meteoritos, principalmente os chamados primitivos, têm idades em torno dos 4,6 bilhões de anos. No nosso planeta já não temos mais rochas dessa idade, pois foram degradadas ou modificadas, então uma dessas nos mostra como era nosso planeta quando nasceu. Os metálicos são partes de núcleos de grandes asteróides, planetóides ou mesmo planetas que colidiram e não sobreviveram ao impacto e por isso seus fragmentos ficam rodando pelo universo. A descoberta desses meteoritos e seu estudo foram cruciais para entender a natureza do nosso núcleo terrestre e, mesmo que o homem leve décadas ou séculos para atingir o núcleo para coletar amostras, já podemos saber como ele é quimicamente, pois temos fragmentos de núcleos de outros planetas em nossas mãos hoje”, explica o geólogo.
Para ser considerado autêntico, um meteorito precisa ter o certificado de autenticidade através de um perito reconhecido por lei ou instituição (desde que a instituição tenha profissionais da área das geociências). “Pessoas comuns que emitem certificados cometem crime, além de o certificado não ter validade científica ou jurídica, pois apenas geólogos tem atribuição pela Lei Federal nº 4.076, de julho de 1962, estando aptos a fazer laudos técnicos de verificação de autenticidade de rochas, minerais e meteoritos, sendo que todos os certificados devem possuir o registro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia (CREA)”, afirma Sato.
Sato é fundador da Sociedade Meteorítica Brasileira (SMB), primeira sociedade científica voltada para a meteorítica do Brasil e uma das únicas do mundo. Durante o X Erea, será lançado o Boletim Meteorítico Brasileiro, que vai disponibilizar e juntar toda a pesquisa disponível no País sobre o assunto. Também no Erea serão abertas oficialmente para todo o Brasil as inscrições para ingresso na SMB junto ao estande da Space Rocks.
O geólogo vai realizar uma exposição com cerca de 200 espécimes, inclusive com meteoritos marcianos e lunares e amostras de praticamente todos os grupos químicos conhecidos. “A Space Rocks possui o maior acervo de meteoritos do País. Também levaremos amostras para venda com preços especiais para que todos possam iniciar uma coleção ou ter amostras didáticas para ensino, pois nosso objetivo principal é a divulgação da Meteorítica (ciência que estuda os meteoritos) e seu acesso a qualquer pessoa com interesse no assunto”, finaliza.
Interessados em saber mais sobre o assunto podem participar, acessando o site do evento e levar um kg de alimento não perecível ou um litro de leite no ato do cadastramento.
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