Ao menos 71 desaparecidos após naufrágio de bote inflável
Um bote inflável, que transportava imigrantes clandestinos à Europa, naufragou a cerca de 40 milhas de Malta, no mar Mediterrâneo, deixando 71 desaparecidos, segundo relatos dos oitos sobreviventes (sudaneses e eriteus) resgatados por um pesqueiro. Segundo os sobreviventes, a embarcação afundou devido às péssimas condições climáticas. Eles ainda relataram que, dentre os desaparecidos, há uma criança e oito mulheres, sendo que quatro delas estão grávidas. Há nove dias, os clandestinos partiram da cidade de Zuwara, no noroeste da Líbia, a bordo do bote inflável e durante toda a viagem enfrentaram condições meteorológicas adversas. A comida e água que levavam a bordo terminou no sétimo dia de travessia e, por causa das ondas, o bote perdeu também o motor. Segundo os relatos, alguns clandestinos morreram de fome, outros se atiraram ao mar antes do naufrágio, enquanto os demais ficaram sobre o bote à deriva no canal da Sicília. Segundo o chefe das Forças Armadas Maltesas, o general Carmel Vassallo, foram enviados dois barcos de patrulha e um avião de reconhecimento à suposta zona do naufrágio, porém as buscas foram prejudicadas pelas condições do tempo. Outra dificuldade enfrentada no trabalho de resgate é a imprecisão do local do naufrágio. "Os clandestinos não são marinheiros, por isso não foram capazes de indicar o local exato onde o barco afundou", explicou o general Vassllo.
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