domingo, 14 de março de 2010

Chieti / Pescara - Itália

Chieti / Pescara

Pescara é a clássica cidade à beira-mar italiana: sóbria, limpa, dominada pelas famílias locais e tem ainda um dos melhores restaurantes de frutos do mar da Itália.Sobrevoando a cidade, o turista já tem uma boa visão dos quilômetros de praia de areia no Adriático, onde o banho de mar é seguro e civilizado, o que faz de Pescara ainda mais agradável.


O britânico “Independent” já percebeu algo que os italianos já comentam, a região do “Abruzzo logo será a nova Toscana”. Talvez sim, talvez não, mas o que é certo que as férias no mar da Toscana está se tornando um privilégio para poucos, devido aos preços. E assim, até os turistas estrangeiros que amam a Itália de cartão postal, estão buscando alternativas.
O fenômeno se confirma desde que os vôos low cost começaram a usar também o aeroporto do Abruzzo.


Porque logo Pescara? Porque tem mar, e que mar! Quase 40 quilometros de praia; porque é uma meta balneária mais para italianos que para turistas ricos, verdadeira, autêntica e original! Porque segundo o jornalista inglês é possível dormir em um hotel 4 estrelas com vista para o mar por 150 euros por noite e é possível alugar um guarda-sol com duas cadeiras por menos de 20 euros por dia (na maioria das praias européias se alugam). Sem falar do Montepulciano do Abruzzo e da cozinha local, excelente tanto de peixe como a de carne.


Pescara, é pátria do poeta Gabriele D’Annunzio, cuja casa natal é hoje um pequeno, mas sugestivo museu.


Chieti, como a vizinha Sulmona, possui suas origens num longinquo passado mitológico: foi fundada por Aquiles que a chamou Teate, em honra de sua mãe. Certamente a cidade foi capital do antigo povo Marrucini, aliado dos Sanniti nas guerras contra Roma, com o nome de Teate Marrocinorum.
Sucessivamente se aliou com Roma tornando-se município em 91 a.C. e conhecendo um forte período de desenvolvimento.
Mas com o fim do Império Romano tomou parte do destino de todas as localidades da Itália central: saqueios e devastações por parte dos godos, visigodos e longobardos. Estes últimos procuraram não dar-se à destruição mas à construção de um reino longobardo na Itália, preocupando-se de desenvolver algumas cidades.


Chieti, sendo uma destas, tornou-se sede administradora do reino longobardo. Mas, logo após chegaram os francos, os svevi, os angioini e os aragoneses.Do período romano Chieti apresenta testemunhanças como o Teatro Romano, os Tempietti (pequenos templos) romanos e uma cisterna das antigas termas.
A catedral de S. Giustino (XIV sec.), que surge sobre um edifício já existente, foi construída pelo bispo Teodorico (840 d.C), e conserva interessantes afrescos no seu interno; é interessante também o campanário, ornado por bíforas ogivais, obra de Bartolomeo di Giacomo.


Merecem também serem visitadas as igrejas do 1600 de San Pietro e San Giovanni dei Cappuccini.A visita a Chieti não pode ser conclusa sem que se visite o Museu Archeologico Nazionale d’Abruzzo, que conserva valiosíssimas esculturas que datam da era pré- romana, e também estátuas romanas (III sec. a.C. - IV d.C.).

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