Regiões de Abruzzo
Lanciano, como Sulmona, se diz fundada pelo herói Solimo (1181 a.C.), companheiro de Enéias (juntos escapados de Tróia destruída), o qual a nominou Anxanon em lembrança de um amigo morto na guerra. Apesar de tratar-se uma lenda, os achados arqueológicos confirmam a existência de um povoado já na Era do Bronze.
Lanciano foi a capital dos Frentani, povo itálico sanítico que era aliado de Roma durante as guerras saníticas para depois ceder ao poder da República, tornando-se aliada e depois município romano.Saqueada pelos godos e depois devastada pelos longobardos, passou então aos bizantinos, aos francos e aos normandos (1060 d.C.) e foi anexada ao recém- nascido Reino da Sicília.
Viu depois a dominação dos Svevi, Angioini e Aragoneses.
Em 1300, a cidade conheceu um período de desenvolvimento econômico graças a sua vocação comercial, tornando-se o maior centro habitado do Abruzzo.Com a descoberta da América e a transferência dos tráficos do Adriático ao Atlântico, Lanciano conheceu também um período de declínio econômico.
Petrut, como a chamaram os seus primeiros habitantes de origem fenícia, era ponto de escala da navegação comercial do Adriático aos confluentes do Albula (Vezzola) e Batinus (Tordino).Conquistada pelos romanos em 290 a.C., torna-se município com o nome de Interamnia Praetutianorum (cidade dos Pretuzi próxima aos rios). Inserida no Império por Augusto, conheceu um período de desenvolvimento arquitetônico sob Adriano, adquirindo prestígio e esplendor com a costrução de templos, termas e teatros.
Destruída como tantas outras cidades pela invasão dos Godos na Itália (410 d.C.), foi depois reconstruída em 568, passando aos longobardos; depois aos normandos que a incendiaram em 1156.Na Idade Média foi sede episcopal conhecida como Aprutium e se desenvolveu novamente com a chegada dos Svevi e dos Angioini. Deste período são os pórtico do Palácio Vescovile e o portal da Catedral (XIV sec.).
O centro da cidade oferece muitos pontos para uma visita cultural, a começar pelos achados romanos do anfiteatro e do teatro (I-II sec. d.C.) para passar à Antiga Catedral, que data do alto Medioevo, atualmente é a Igreja de Sant’Anna ou de San Getulio.
O Duomo ou Basílica de Santa Maria Assunta e San Berardo, foi construído em 1158 e apresenta dois estilos arquitetônicos colocados um sobre o outro de dois períodos diferentes: românico, a parte inferior, e gótico, parte superior.
Do mesmo período (1153) é o antigo Santuário dedicado à Madonna delle Grazie, que surge pouco fora das muralhas da cidade e conserva obras de Cesare Mariani.
O nome Teramo deriva de seu primeiro nome, obtido pela contração de (In)Teramne-(Pretutium).
A cidade conserva um dos maiores monumentos da região: a igreja românica de Santa Maria Maggiore (1227) construída segundo as regras da arquitetura da borgognona-cistercense, enriquecida pelo portal gótico.
Outros edifícios de culto são San Francesco (1258), Sant’Agostino (1270), San Biagio (1059) e a Basílica da Madonna del Ponte, edificada no final do 1700 em estilo neoclássico.
De interesse histórico e cultural também as Torres Montanare, ou o que resta da muralhas construídas no final do X secolo e demolidas ao início do XX século para facilitar a expansão da cidade.
Sulmona
Sulmona possui origens antiguíssimas que se perdem pelas lendas: teria sido fundada por Solimo, companheiro de Enéias, fugitivo da Tróia destruída, mas os primeiros relatos de sua existência se encontram em época romana.A cidade possui como data fundamental o 43 a.C., ano de nascimento do seu cidadão mais famoso, o ilustre poeta latino Publio Ovidio Nasone, cantor dos Amores e das Metamorfoses. Do período romano se tem as escavações de onde surgia o Templo de Ercole Curino.
Sulmona viveu a mesma história de outra cidades do centro Itália: invasões barbáricas, devastações contínuas e saques. Apenas com a chegada dos Svevi e Federico II, Sulmona assumiu um papel político de importância no império Svevo, mas com a queda dos Svevi e com a chegada dos Angioini, coincidiu um periodo de depressão para a cidade.No final do 1200, Sulmona e o Eremitério de Sant’Onofrio deram refúgio ao único papa demissionário da história: Celestino V, o “Papa da grande rejeição...”, citado por Dante na “Divina Comédia”.
A visita a Sulmona pode partir por uma de suas antigas entradas, da qual uma de época romana: Porta Romana; proseguindo em direção dos edifícios de culto de San Filippo Neri (1300) e a igreja de Santa Maria della Tomba na praça Plebiscito, construída sobre um precedente edifício romano. A cidade possui também muitos admiráveis palácios históricos:
Palazzo Tabassi, Palazzo Sanità, Palazzo Sardi e Palazzo Meliorati.
Em Sulmona se celebra a “Giostra Cavalleresca”, que no mês de agosto atrai à cidade inúmeros turistas.
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