Revolução Médica: Não há mais agulhas
Não há mais lágrimas nos consultórios dos médicos, não mais promessas "É só uma picadinha" ou "Isto não vai doer". A temida vacina anual contra a gripe está prestes a ser substituída por micro-agulhas, similar a um adesivo de nicotina. Sem agulha, sem sangue, e, dizem os cientistas, os resultados são muito mais eficazes.
Os resultados do projeto foram publicados na última edição da revista Nature: a equipe de pesquisa liderada pelo Dr. Mark Prausnitz do Georgia Institute of Technology e da Universidade de Emory, Atlanta, E.U.A. e apoiado pelos Institutos Nacionais da Saúde, desenvolveu um dispositivo sem dor que é colocado sobre a pele e que introduz a vacina no corpo.
Os benefícios são muitos: não há mais necessidade de dispor de agulhas hipodérmicas, e o processo é mais amigável para as pessoas com medo de injeções, além de ser de dez a vinte vezes mais confortável, de acordo com testes realizados em grupos de pacientes. Uma vantagem adicional é que a injeção é tão fácil de administrar como é de receber na caixa do correio e ao invés de doentes que vão aos centros de vacinação, poderão receber os adesivos em casa, aplicá-los e continuar com as tarefas diárias como se nada tivesse acontecido.
As micro-agulhas têm cerca de três centésimos de uma polegada de comprimento (0,65 milímetros.) Existem cerca de cem em num adesivo normal, que podem fornecer uma dose de vacina, num prazo de entre cinco a quinze minutos. A vacina penetra na pele e é captado pelos receptores chamados células apresentadoras de antígenos, depois o adesivo pode ser simplesmente arrancado e jogado fora enquanto as micro-agulhas dissolvem. As agulhas são feitas de um polímero biocompatível, que encapsula a vacina do vírus de influenza inativado.
O adesivo foi testado com sucesso em ratos e está agora à espera de financiamento para eventuais testes em seres humanos que possam permitir a aprovação da técnica nos próximos cinco anos. A equipe afirma que outros tipos de vacinas podem ser entregues usando o mesmo método no futuro e afirma que esta forma de vacinação "gerou respostas anticorpos e celulares robustos em ratos que ofereceram protecção completa contra desafios letais".
O comunicado, "Adesivos dissolúveis de micro-agulhas polímeras de vacinação contra a gripe", de autoria de Sean P. Sullivan, Dimitrios G. Koutsonanos, Miria del Pilar Martin, Jeong Woo Lee, Zarnitsyn Vladimir, Choi Seong-O, Murthy Niren, W. Richard Compans , Ioanna Skountzou e Mark R. Prausnitz, foi publicado na edição de domingo da revista Nature.
Quanto aos benefícios científicos e médicos, os autores afirmam que o novo método permitiria "imunogenicidade melhorada sem os riscos de agulhas hipodérmicas.
Fontes: nature.com naturemedicine /
www.che.gatech.edu / drugdelivery
Fátima CHANTRE
PRAVDA.Ru
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