sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cresce o número dos 'novos italianos'

Roma- Os dados divulgados pelo Instituto Italiano de Estatísticas (Istat) confirmam que o aumento dos "novos italianos" permitirá ao país equilibrar sua população, que espera desfrutar plenamente de seus direitos. Em 1º de janeiro de 2010, revelou o Istat, os estrangeiros residentes na Itália eram mais que 4,2 milhões, ou 7% da população, um número decisivo para conter o declínio demográfico do país. Sem os estrangeiros, a Itália seria demograficamente mais pobre: frente a uma queda de 75 mil italianos (relação entre nascimentos e mortes), a população geral aumentou em 2009 em 295 mil pessoas, só pela contribuição dos estrangeiros.

"Os dados nos mostram uma Itália que ainda muitos ignoram. Um país onde a presença de cidadãos estrangeiros é muito mais significativa do que alguns anos atrás", disse Marco Pacciotti, da Coordenação da imigração do opositor Partido Democrata.

Por lugar de origem, mais de 2 milhões de estrangeiros chegaram de países do Leste europeu e outros tantos de países fora da União Europeia. Entre as comunidades que registraram um aumento importante se destacam a Moldávia (18,1%), o Paquistão (17,1%) e o Peru (13%). Para Pacciotti, "o número crescente de menores de idade (900 mil) e nascimentos (77 mil) falam de famílias estrangeiras que escolhem a Itália como sua segunda Pátria e que permitiram equilibrar sua população, considerada entre as mais "velhas" da Europa.

"A estes novos cidadãos, que observam e respeitam as leis, que contribuem para o enriquecimento social e econômico de nosso país, devemos reconhecer seus direitos de cidadania", defendeu Pacciotti.

Entre estes direitos, o responsável da oposição de centro-esquerda listou "o voto nas eleições municipais e a cidadania italiana para quem nasceu e cresceu na Itália, como já ocorre em outras partes da Itália".

Já para Liliana Ocmin, secretária da CISL, uma das três principais centrais de trabalhadores do país, os dados da população confirmam "o que dizemos há algum tempo: a presença dos imigrantes gera riqueza".

Segundo Ocmin, "a presença dos imigrantes é cada vez mais uma constante para a Itália e a reforma sobre a cidadania já é uma prioridade política".

"A imigração é um fenômeno que precisa ser considerado e abordado. Já não é possível adiá-lo, se quisermos garantir a integração de fato dos trabalhadores imigrantes e de suas famílias", destacou Ocmin.

A representante sindical considerou que "se torna cada vez mais urgente a proteção deste recurso importante, a começar pelo reconhecimento do direito de cidadania às mais de 900 mil crianças filhas de imigrantes, das quais 600 mil nascidas na Itália".

"A esta geração devemos dar uma resposta concreta para que se sinta italiana para todos os efeitos e, portanto, pedimos ao governo que a discussão sobre a reforma da cidadania volte a ser prioritária", disse Ocmin.

"Só assim poderemos construir uma sociedade centrada na legalidade e na igualdade de oportunidades para todos, onde cada um goze dos mesmos direitos e deveres", concluiu.

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