sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Berlusconi reitera não ter intenção de deixar o cargo

Roma -  O premier italiano, Silvio Berlusconi, reiterou hoje não ter nenhuma intenção de deixar o cargo, em meio às tensões em seu país, devido ao pedido de renúncia contra o chefe de Governo, feito por seu ex-aliado Gianfranco Fini, titular da Câmara dos Deputados, no último domingo.

A posição do primeiro-ministro foi anunciada por fontes governistas, após um telefonema de Berlusconi, que encontra-se atualmente em Seul, Coreia do Sul, onde lidera a delegação italiana presente à cúpula do Grupo dos 20 (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes).

Também o partido Povo da Liberdade (PDL), fundado em 2009 por Berlusconi e seu então aliado Fini, declarou que "os coordenadores, os líderes e a delegação do PDL, neste momento político, com posição compartilhada e coesa, consideram inaceitável que a legislatura possa continuar com um diferente premier e um diferente governo".

O grupo manteve nesta quinta-feira uma reunião na Câmara. "Qualquer um que queira cultivar hipóteses diversas deverá passar do inequivocável veredicto da soberania popular", informou a legenda, em um comunicado depois do encontro.

Mais cedo, Umberto Bossi, líder da Liga Norte, cujo apoio a Berlusconi é fundamental neste momento, reuniu-se com Fini, na tentativa de chegar a um acordo para manter a maioria governista. Porém, o diálogo terminou sem êxito.

"Não foi resolvido nada", disse à imprensa um dirigente do novo partido do deputado, Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), após o encontro, que durou cerca de uma hora.

Ainda segundo fontes próximas, Fini teria dito a seus colaboradores que continua "esperando uma resposta formal por parte de Berlusconi".

Logo após o pedido de renúncia, foi anunciado na Itália que Berlusconi não teria pretensão de deixar o governo, visto que obteve recentemente respaldo do Senado e também da Câmara dos Deputados ao seu programa de governo.

As divergências entre Berlusconi e Fini se arrastam há alguns meses. O parlamentar foi retirado do partido governista após se pronunciar, em diferentes ocasiões, contrariamente às propostas da administração italiana.

Ao deixar o PDL, Fini levou mais de 30 legisladores da bancada governista, o que poderia causar a ruptura da maioria. Na terça-feira passada, viu-se uma prévia do que poderia ocorrer no país, ao enfrentar a primeira votação solicitada pela oposição desde então.

A Câmara dos Deputados aprovou, com 274 votos a favor contra 261, uma medida relacionada ao âmbito do Tratado de Amizade, Associação e Cooperação entre Itália e Líbia.

www.ansa.it/www.ansalatina

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