Bordéis inspiraram afrescos da Capela Sistina, diz estudiosa
Roma (Itália) - O artista renascentista Michelangelo Buonarroti se inspirou em bordéis italianos para pintar algumas das formas e modelos dos afrescos da Capela Sistina, defendeu a estudiosa Elena Lazzarini em artigo publicado nesta sexta-feira no jornal italiano Corriere della Sera.
De acordo com a pesquisadora italiana, muitos dos fiéis e dos condenados que fazem parte dos afrescos são retratados em situações obscenas.
Capela Sistina
"Um condenado, por exemplo, é conduzido ao inferno agarrado pelos testículos além dos beijos e abraços ambíguos, claramente tendendo à homossexualidade", explicou a estudiosa.
Lazzarini acrescenta que os corpos masculinos que compõem a pintura do Juízo Final correspondem à aparência física de peões retratados durante o trabalho, com os músculos à mostra e com o cansaço e o esforço refletidos em seus rostos.
Conforme a especialista, os artistas renascentistas italianos frequentavam os espaços, que eram numerosos durante o século XVI na Itália e, em particular em Roma.
"Eles frequentavam as casas de banho para tratamentos de beleza e de hidroterapia e, em alguns deles eram também pontos de prostituição masculina e feminina", explicou Lazzarini.
A imponente cena do Juízo Final foi pintada por Michelangelo entre 1536 e 1541 para decorar a parede que se encontra atrás do altar da capela.
As informações são da EFE
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imagem arquivo virtual Google
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