A Invasão da Escandinávia
Alemães na Dinamarca |
A decisão a que chegaram os aliados, no fim de março, de apertar de modo mais eficiente o bloqueio da Alemanha foi vista com especial apreensão na Escandinávia. Havia naturalmente muitas aberturas que os aliados pretendiam tapar - o petróleo e metais que a Alemanha estava obtendo dos Bálcãs, os gêneros alimentícios que recebia dos Estados danubianos, a ampla quantidade de produtos de além-mar que lhe chegavam através dos Países Baixos. Importantes porém como eram, havia razão para se acreditar que as questões de interesse mais imediato dos aliados fossem as relacionadas com o minério de ferro que a Alemanha estava recebendo da Suécia e o qual era transportado através das águas territoriais norueguesas.
Para essas duas nações, os problemas de neutralidade tinham-se tornado gradualmente mais difíceis desde que a guerra começara. Ao mais leve indício de que não estavam completamente subordinadas à Alemanha, a imprensa e o governo nazistas rompiam em grita ameaçadora. Ao mesmo tempo, a Alemanha na sua guerra aérea e submarina não fazia esforços para distinguir os navios suecos e noruegueses dos barcos beligerantes. Até o dia 6 de abril, 52 navios noruegueses, 33 suecos e 28 dinamarqueses tinham sido afundados, com uma perda de perto de mil vidas. Quando os protestos desses neutros à Alemanha foram respondidos apenas com novas recriminações, os aliados naturalmente começaram a achar que tal neutralidade deixava algo a desejar.
A guerra finlandesa tinha por um tempo acrescentado nova complicação a esse estado de coisas. Com o fim das hostilidades, os Estados escandinavos ficaram livres dos perigos inerentes dos planos aliados de intervenção em favor dos finlandeses. Mas o problema geral permaneceu, acentuado por uma crescente impaciência aliada pelo continuado acesso da Alemanha aos suprimentos escandinavos; e isto foi expresso pela irradiação de Churchill a 30 de março, a qual acentuava que os neutros estavam sendo forçados a suprir uma potência cuja vitória significaria a sua escravidão. Qualquer dúvida sobre o que essa atitude significava para a Escandinávia foi removida pela declaração de Chamberlain a 2 de abril, a qual atacava esse "duplo padrão de neutralidade" e insinuava fortemente que os esforços que estavam sendo realizados para bloquear a rota escandinava eram apenas a fase preliminar de operações mais efetivas. E dois dias mais tarde, falando à União Nacional dos Conservadores e Associações Unionistas, o primeiro ministro disse: "Embora jamais procuremos infligir danos ou perdas aos neutros, e embora estejamos ansiosos por guardar todas as regras, não se pode esperar que permitamos que a Alemanha tire vantagens indefinidamente dos nossos escrúpulos com o arrancar assistência e conforto aos neutros.
A esse ponto de vista foi dada expressão oficial nas notas aliadas apresentadas à Noruega e à Suécia a 5 de abril. Essas notas, de conformidade com a declaração do sr. Koht a 8 de abril, alegaram que os acontecimentos dos últimos três meses tinham mostrado a recusa da Alemanha de permitir que os estados escandinavos dirigissem livremente sua própria política externa. O resultado foi que a Alemanha, por seu acesso a importantes matérias-primas, beneficiava-se de vantagens nesses países para desvantagem e perigo das Potências Aliadas. Isto era algo que os aliados não mais podiam tolerar. Eles estavam lutando tanto por si próprios como pela causa das pequenas nações, e não podiam permitir que fossem prejudicados pelas vantagens que tal situação dava à Alemanha. Tinham, portanto, que se reservar o direito de tomar medidas que pusessem fim a todas as práticas que ajudavam a Alemanha ou feriam a causa aliada.
As medidas que tinham em mente referiam-se particularmente à rota do minério de ferro. Os navios alemães acharam possível viajar de Narvik à costa norueguesa sem deixar as águas territoriais até chegarem ao Skaggerak e à guarida dos campos de mina alemães. "Não tem havido", disse Churchill a 11 de abril, "nenhum impedimento maior ao bloqueio da Alemanha do que esse corredor norueguês. Foi assim na guerra passada, e tem sido assim nesta guerra." Durante a guerra passada, os aliados tinham induzido a Noruega a colocar campos de mina nessas águas; e quando a atual guerra iniciou, eles procuraram obter da Noruega permissão para colocar suas próprias minas ali. Mas a Noruega resistiu firmemente a essa exigência; e a sua virtual rejeição ao pedido aliado, consignada nas notas de 5 de abril, mostrava que nenhuma ação efetiva poder-se-ia esperar de sua parte. A 8 de abril, os aliados passaram das palavras aos atos. Na manhã daquele dia, os aliados anunciaram que tinham resolvido "impedir o uso continuado pelo inimigo de trechos de águas territoriais que lhe eram de especial valor", e que em conseqüência tinham colocado campos de mina em três pontos das águas norueguesas.
O governo norueguês protestou imediatamente e exigiu a remoção das minas. Parecia bem possível que uma grave situação resultasse daí entre a Noruega e os aliados. Mas antes que isso ocorresse, todo o quadro foi mudado pela ação da Alemanha.
Para essas duas nações, os problemas de neutralidade tinham-se tornado gradualmente mais difíceis desde que a guerra começara. Ao mais leve indício de que não estavam completamente subordinadas à Alemanha, a imprensa e o governo nazistas rompiam em grita ameaçadora. Ao mesmo tempo, a Alemanha na sua guerra aérea e submarina não fazia esforços para distinguir os navios suecos e noruegueses dos barcos beligerantes. Até o dia 6 de abril, 52 navios noruegueses, 33 suecos e 28 dinamarqueses tinham sido afundados, com uma perda de perto de mil vidas. Quando os protestos desses neutros à Alemanha foram respondidos apenas com novas recriminações, os aliados naturalmente começaram a achar que tal neutralidade deixava algo a desejar.
A guerra finlandesa tinha por um tempo acrescentado nova complicação a esse estado de coisas. Com o fim das hostilidades, os Estados escandinavos ficaram livres dos perigos inerentes dos planos aliados de intervenção em favor dos finlandeses. Mas o problema geral permaneceu, acentuado por uma crescente impaciência aliada pelo continuado acesso da Alemanha aos suprimentos escandinavos; e isto foi expresso pela irradiação de Churchill a 30 de março, a qual acentuava que os neutros estavam sendo forçados a suprir uma potência cuja vitória significaria a sua escravidão. Qualquer dúvida sobre o que essa atitude significava para a Escandinávia foi removida pela declaração de Chamberlain a 2 de abril, a qual atacava esse "duplo padrão de neutralidade" e insinuava fortemente que os esforços que estavam sendo realizados para bloquear a rota escandinava eram apenas a fase preliminar de operações mais efetivas. E dois dias mais tarde, falando à União Nacional dos Conservadores e Associações Unionistas, o primeiro ministro disse: "Embora jamais procuremos infligir danos ou perdas aos neutros, e embora estejamos ansiosos por guardar todas as regras, não se pode esperar que permitamos que a Alemanha tire vantagens indefinidamente dos nossos escrúpulos com o arrancar assistência e conforto aos neutros.
A esse ponto de vista foi dada expressão oficial nas notas aliadas apresentadas à Noruega e à Suécia a 5 de abril. Essas notas, de conformidade com a declaração do sr. Koht a 8 de abril, alegaram que os acontecimentos dos últimos três meses tinham mostrado a recusa da Alemanha de permitir que os estados escandinavos dirigissem livremente sua própria política externa. O resultado foi que a Alemanha, por seu acesso a importantes matérias-primas, beneficiava-se de vantagens nesses países para desvantagem e perigo das Potências Aliadas. Isto era algo que os aliados não mais podiam tolerar. Eles estavam lutando tanto por si próprios como pela causa das pequenas nações, e não podiam permitir que fossem prejudicados pelas vantagens que tal situação dava à Alemanha. Tinham, portanto, que se reservar o direito de tomar medidas que pusessem fim a todas as práticas que ajudavam a Alemanha ou feriam a causa aliada.
As medidas que tinham em mente referiam-se particularmente à rota do minério de ferro. Os navios alemães acharam possível viajar de Narvik à costa norueguesa sem deixar as águas territoriais até chegarem ao Skaggerak e à guarida dos campos de mina alemães. "Não tem havido", disse Churchill a 11 de abril, "nenhum impedimento maior ao bloqueio da Alemanha do que esse corredor norueguês. Foi assim na guerra passada, e tem sido assim nesta guerra." Durante a guerra passada, os aliados tinham induzido a Noruega a colocar campos de mina nessas águas; e quando a atual guerra iniciou, eles procuraram obter da Noruega permissão para colocar suas próprias minas ali. Mas a Noruega resistiu firmemente a essa exigência; e a sua virtual rejeição ao pedido aliado, consignada nas notas de 5 de abril, mostrava que nenhuma ação efetiva poder-se-ia esperar de sua parte. A 8 de abril, os aliados passaram das palavras aos atos. Na manhã daquele dia, os aliados anunciaram que tinham resolvido "impedir o uso continuado pelo inimigo de trechos de águas territoriais que lhe eram de especial valor", e que em conseqüência tinham colocado campos de mina em três pontos das águas norueguesas.
O governo norueguês protestou imediatamente e exigiu a remoção das minas. Parecia bem possível que uma grave situação resultasse daí entre a Noruega e os aliados. Mas antes que isso ocorresse, todo o quadro foi mudado pela ação da Alemanha.
fonte: http://www.2guerra.com.br
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