terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Síndrome da Tensão pré-menstrual

Quais os sintomas e qual o tratamento dessa doença 
que incomoda boa parte das mulheres.  
Você sente enjoos e cólicas dias antes do período menstrual, sente dores de cabeça, fica irritada e acha que só pode ser TPM? Fique atenta ao que está sentido. 

Você pode sofrer da síndrome da tensão pré-menstrual (STEM), que apesar do nome muito semelhante, se diferencia da TPM por causa da intensidade e frequência dos sintomas, que são bem mais acentuados. 

Cerca de 75% das mulheres em idade reprodutiva apresentam algum sintoma no período pré-menstrual, mas 3 a 8% têm sintomas fortes o suficiente para alterar significativamente a qualidade de vida, interferindo no seu trabalho e relacionamento pessoal, o que caracteriza a síndrome.   

Apesar da gravidade, falta um consenso sobre os tratamentos e sobre as causas da doença, porque o diagnóstico nem sempre é simples de ser feito. 

A presença de pelo menos quatro dos 150 sintomas relatados como característicos da síndrome, durante os cinco dias que antecedem a menstruação por três ciclos menstruais seguidos, indicam uma grande possibilidade da doença. 

Para um diagnóstico mais preciso, os sintomas devem ser avaliados na ausência de qualquer intervenção farmacológica, incluindo anticoncepcional oral. Além disso, substâncias como o álcool, podem dificultar a avaliação da progressão dos sintomas ao longo do ciclo menstrual. Por isso é preciso cautela na hora do diagnóstico, afinal, uma dor de cabeça intensa num mês pode ser apenas resultado de cansaço ou estresse momentâneo. 

Quem tem a síndrome da tensão pré-menstrual sofre com as dores físicas e com as consequências das alterações de humor de que são vítimas. Um estudo realizado pela Faculdade de Enfermagem da USP avaliou 43 mulheres em idade fértil (aquelas com ciclo menstrual regular) e, após um ano de análise, os médicos constataram que mulheres que sofrem de STEM apresentam, em sua maioria, mamas inchadas e doloridas, cólicas e impaciência. 

O convívio social também é afetado. As consequências da síndrome no cotidiano feminino abrangem inquietude e respostas hostis às pessoas, interferindo nas relações interpessoais no trabalho, na escola ou em casa, além de brigas sem motivo aparente com as pessoas mais próximas e irritabilidade.

Principais sintomas da STEM

Existem cerca de 150 sintomas relatados como característicos da síndrome, porém, os mais comuns são:

  • -Afetivos: tristeza, ansiedade, raiva, irritação, labilidade do humor.
  • -Cognitivos: dificuldade de concentração, indecisão, idéias suicidas, cefaléia, dor no seio, dor articular, dor muscular.
  • -Neurovegetativos : insônia, sonolência, anorexia, desejo por determinados alimentos, fadiga, alteração da libido.
  • -Físicos: náuseas, diarréia, palpitação, sudorese, tonturas e vertigens.
  • -Hormonais: aumento de peso, edemas.
Tratamento

Encontrar um tratamento eficaz para a síndrome da tensão pré-menstrual é um drama para a maioria das mulheres que busca ajuda.

Em muitos casos, a pílula anticoncepcional costuma ser a saída encontrada pelos especialistas. Mas nem mesmo ela é unanimidade quanto aos métodos indicados. O motivo? A causa do problema pode não ser desequilíbrio hormonal, podem ser fatores emocionais como estresse, pressões e frustrações.

A pílula nem sempre tem efeito eficaz no caso da síndrome porque sua função é apenas regular os níveis de hormônio no organismo da mulher, contribuindo pouco com o alívio dos sintomas. Como a maioria das mulheres que sofrem com o problema tem um ciclo menstrual regular, não é necessário agir sobre os hormônios, e sim nas causas emocionais.

Existem três níveis da síndrome:

  • •    leve, quando os sintomas são intensos, mas não chegam a prejudicar a rotina;
  • •    médios, quando os sintomas são mais fortes e interferem mais no humor do que na saúde física;
  • •    grave, quando as pacientes chegam a desmaiar com tamanho desconforto físico e emocional.
Para cada caso há um tratamento mais adequado. Para o nível mais leve, a pílula pode funcionar. Ela ajuda a regular os níveis de serotonina, o hormônio da felicidade, amenizando a sensação de solidão e a tristeza. Para quem se enquadra nos níveis médios, a reposição com vitamina B12 é a mais recomendada, pois este nutriente ajuda no transporte e estoque de ácido fólico, combatendo os sintomas da depressão e a anemia. Já nos casos mais graves, a melhor opção é o uso de antidepressivos e a terapia, que ajudam a acalmar agindo diretamente nas causas emocionais do problema.

Adote medidas preventivas

Se os tratamentos ainda são pouco eficientes, uma boa medida para amenizar os sintomas é a prevenção. A seguir, três mudanças de hábitos que fazem a diferença:

1-Alimentação com pouca quantidade de gordura, sal, açúcar e cafeína.
  • •    A cafeína (do café, chás e bebidas do tipo cola) aumenta a tensão e a sensibilidade, portanto é contra-indicada para as mulheres que sofrem com a irritabilidade.
  • •    Passe longe do sal, que provoca retenção de líquido, caracterizada por inchaços (inclusive nos seios) e sensação de peso.
  • •    Já os alimentos gordurosos levam ao aumento de peso em mulheres que ficam com mais apetite durante este período.
  • •    É interessante que seguir uma dieta com boas fontes de cálcio e magnésio. De acordo com um estudo feito nos Estados Unidos e publicado na revista Archives of Internal Medicine, uma dieta rica em cálcio (leite e iogurte desnatado) e magnésio (espinafre e ervilha) pode aliviar os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM).
2-Fazer exercícios regulares.

A atividade física melhora o estado psíquico, o humor e o nível de tolerância à dor, em parte, devido à liberação da endorfina, substância que traz uma sensação de bem-estar ao organismo.

O esforço ajuda de duas formas: ativa a produção da serotonina, substância relaxante que ativa o sono e alivia a dor, além de promover uma espécie de massagem localizada, facilitando o retorno do sangue nos músculos contraídos e diminuindo o inchaço nesse período. As atividades mais recomendadas durante o período da TPM são as de baixa intensidade.

Nessa fase, a mulher sofre grande variações do humor, podendo ainda ter enxaquecas e dores lombares fortes. Por isso, o ideal é evitar atividades muito intensas. Exercícios mais relaxantes, como ioga e alongamento, são os ideais.


Saúde Plena 
jornalvarginhahoje

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