domingo, 13 de março de 2011

A questão da procedência dos UFOs

Origens viáveis: um dia seremos capazes de realizar os mesmos feitos dos UFOs 
Por Paulo R. Poian
 
Eles estão aqui há milênios, mas de onde vêm?
Crédito: Unexplained-mysteries
 Introdução

Um fenômeno que perturba o bom senso e toda compreensão que temos de nosso mundo. Não podemos dizer que são definitivamente extraterrestres, mas diferentes de tudo que sabemos sobre a vida na Terra. Talvez sejam simplesmente algo que ainda não entendemos, pois a maioria das coisas que os UFOs fazem nos parece magia, dentro dos parâmetros humanos de ciência, mesmo que aos poucos iniciemos o mesmo caminho rumo às descobertas mais extravagante e insuspeitas. Nossa evolução tecnológica e espacial é muito recente, então, imagine o que seremos capazes de fazer e realizar daqui há cem, ou mil anos. Imagine uma civilização que seja um milhão de anos mais avançada.

Os relatos nos mostram uma presença alienígena real e incontestável. Em termos mundiais, pode haver centenas de milhões de pessoas que tiveram um avistamento ou contato, já que cerca de 5% dos habitantes terrestres relatam esse tipo de experiência. Mais fácil seria supor que todos são dementes do que encarar a possibilidade das histórias serem verdadeiras.

Muitos céticos obtusos argumentam que as pessoas são loucas ou alucinadas, alguns se recusando a participar de discussões sobre o assunto. Outros "especialistas", que jamais tiveram uma experiência envolvendo um UFO, nem falaram com testemunhas, muito menos realizaram uma única investigação de campo, in loco, têm a arrogância de dizer - a partir da experiência zero e de uma modelada poltrona à frente de um pc plugado à Internet -, que tudo é besteira, as vítimas apenas 'pensam' que aquilo aconteceu.

Críticos mais gentis comentam que as pessoas que vêem discos voadores são sinceras, mas possuem "certas necessidades psicológicas". Se fosse assim, toda população mundial deveria estar vendo-os, porque todos nós temos certas necessidades psicológicas. Outros falam que em toda a história da humanidade sempre se viram luzes estranhas no céu, e isso explica tudo. Não explica nada, essas luzes não são apenas luzes. São coisas que as carregam e as criam. Esses são apenas alguns exemplos das atitudes e explicações absurdas que ouvimos por aí.

Os UFOs deixam marcas no solo, produzem diversos efeitos físicos, machucam e até podem matar as pessoas. Já foram detectados em radar, testemunhados em massa pela população, mas nada disso é uma prova convincente para os pseudo-céticos. Por outro lado, por exemplo, que prova temos que o universo começou com o Big Bang, que a massa escura é amplamente maior que a visível ? A falta de evidência física não impede os cientistas de devotarem suas vidas a explorar e defender essas teorias. Leia qualquer artigo de jornal sobre os mais recentes avanços na ciência e você verá que eles estão repletos de "pode ser", "talvez", "é possível", "provavelmente" e outros termos que indicam hesitação. Mas quando o tema é UFO, a maioria deles não tem dúvidas: é tudo "besteira". Praticamente nenhum cientista sequer (salvo raras exceções) tentou observar ou estudar o assunto com o mínimo de seriedade.
 
Com tanta evidência, ainda se ouve por aí que tudo é besteira. Crédito: area51aliens

Ufólogos e "ufólogos"

Mas a ciência não é a inimiga, nem o governo. De um modo geral, os ufólogos não fizeram um bom trabalho de apresentação. Várias vezes existem julgamentos apressados e justamente quem deveria ser prudente e precavido acaba tropeçando, equivocado. Cada erro desse tipo traz danos quase irreparáveis às pesquisas sérias. Devemos parar de tratar o assunto como possivelmente a maior aventura na história da humanidade e começar a considerá-lo simplesmente uma parte inexplicável da vida na Terra. Existe muita paranóia ufológica por aí e é pouquíssimo provável que alguém esteja realmente querendo nos pegar ou salvar.

É bem possível que o governo norte-americano e a maioria dos governos mundiais saibam tão pouco quanto a maioria de nós, ou então sabem mais do que dizem, entretanto, menos do que imaginamos. Seria de extrema importância e utilidade a troca de informações e até uma parceria com nossos governos, em especial as Forças Armadas, numa iniciativa sem precedentes para o desenvolvimento de uma Ufologia oficial e madura, mas não podemos ficar contando com revelações ‘top secret’, temos que deixar de lado as controvérsias e voltarmos ao estudo do fenômeno em si. Filmes, programas de televisão e sites duvidosos também são facas de dois gumes, todo cuidado é pouco.

Certa vez, o saudoso jornalista e ufólogo americano Bob Pratt (que esteve inúmeras vezes no Brasil e era consultor da Revista UFO) entrevistava um homem que tinha visto uma luz incomum no céu, quando ouviu, incrédulo, outro pesquisador perguntar: "Você sentiu que o objeto estava sugando alguma coisa do seu cérebro?" E o homem respondeu: "Não, só vi uma luz". Alguma coisa deve ter sido sugada do cérebro desse “ufólogo”, bem antes dele fazer a pergunta. Em outro caso, Pratt estava com um médico que também era “pesquisador”, entrevistando uma pessoa que tinha tido um contato. Conforme ela descrevia o objeto, o médico interrompeu para dizer: "O que você viu era uma nave de reconhecimento com 15 metros de diâmetro de Zeta Reticuli". Tomara que seja melhor médico do que ufólogo!

Essas perguntas com certos tipos de comentários não cabem em uma pesquisa séria, colocam idéias erradas na cabeça de testemunhas e contaminam os casos. Muitas pessoas consideram os pesquisadores especialistas em UFOs e nós não somos. O que existem são ufólogos bons e os ruins. O que precisamos é desenvolver uma nova ‘raça’ de pesquisadores jovens, inteligentes, que ainda não adquiriram maus hábitos, ainda têm a mente aberta e não chegaram à conclusão de que sabem tudo a respeito do assunto. Possam trabalhar juntos e determinar padrões para pesquisa, estabelecendo guias para o tipo de perguntas que devem ou não ser feitas.
 
Organização, é esta a meta no século XXI

As possibilidades

A ciência oferece a melhor esperança de explicação para o fenômeno e, um dia, terá de lidar com os UFOs. Quando isso acontecer, a Ufologia, por mais inadequadamente equipada e de efeito lento, terá estudos e registros de eventos que serão importantes e de grande auxílio, onde a ciência do futuro recorrerá às melhores pesquisas e aos melhores textos produzidos por ufólogos conscienciosos.

Tudo o que sabemos sobre nosso mundo pode ser zero, se comparado ao que ainda temos pela frente. É possível que tenhamos muito a aprender com os UFOs, ou não. O sobrenatural pode ser mais natural do que imaginamos, ou simplesmente complexo demais para a ciência explicar. Estes objetos parecem obedecer a leis físicas próprias - ou nós somos péssimos alunos de física? -, onde resistem aos efeitos da gravidade em manobras alucinantes, porém, podem erguer pessoas e veículos, para depois soltá-los. Ou seja, a gravidade não é anulada nestes casos, mas parece não afetar os próprios UFOs. Os cientistas estão tentando determinar o que é a gravidade e por que ela funciona. Talvez encontrem as respostas quando solucionarem este mistério.

Muitas pessoas acreditam que são projetos ou armas secretas do governo, mas isso não é totalmente verdade, pois estão aqui há séculos, senão milênios. Atravessamos muitas guerras nas quais aeronaves com as capacidades dos discos voadores teriam sido de grande utilidade e nossas viagens espaciais teriam sido uma brisa, se tivéssemos naves como estas. Muita gente já viu um UFO sumir entre as estrelas em segundos, enquanto nós ainda prendemos nossos astronautas com cintos, em foguetes que transportam combustível altamente explosivo e às vezes colocam suas vidas em risco. Estes artefatos são capazes de realizar curvas instantâneas de 90º, em alta velocidade, onde um ser humano seria provavelmente esmagado. Não podemos fazer isso, mesmo com as mais avançadas aeronaves.

Os alienígenas quase nada revelam sobre o que pensam. O principal problema em tentar decifrar suas ações, motivos e ordens é que só conseguimos ver a questão do ponto de vista humano, não conseguimos pensar de outro modo. Não é diferente de tentar decifrar os processos de pensamento de qualquer um dos bilhões de diferentes micróbios que dividem o planeta conosco. Sejam quais forem suas intenções, elas podem ser totalmente incompreensíveis e, ao mesmo tempo, não podemos esperar que ufonautas pensem como seres humanos. Embora sejam capazes de falar e nos contar todos os tipos de histórias, não significa que estejam nos dizendo a verdade ou alguma coisa útil.
 
A hipótese da multidimensionalidade tem ganhado maior aceitação no meio, fazendo companhia à Hipótese ET (HET). Crédito: Deviantart

Teorias viáveis interessantes

Como podemos notar, existe um número de teorias sobre o que são os UFOs, de onde vêm e o que estão fazendo aqui, sendo que a maioria das pessoas crêem que sejam de outros planetas e estrelas. Os cientistas nos afirmam que as estrelas mais próximas com possibilidade de existirem planetas habitáveis estão longe demais para serem alcançadas. Mesmo viajando à velocidade da luz (cerca de 300.000 Km p/s), uma viagem levaria muitos anos. Mas esta ainda é a teoria de maior aceitação e a que causa menos controvérsias entre todos. Imaginar seres extraterrestres pilotando naves espaciais, vindo de vários pontos do universo é, de certo modo, simples e óbvio.

Alguns acreditam que sejam viajantes do tempo, vindos do futuro ou do passado. Mas por que a intervenção e invasão de nosso tempo atual? Para nos livrar de catástrofes nucleares? Então, por que não vão direto na raiz do problema e impedem a descoberta dessa energia, no século passado? Se estiverem recolhendo material genético para suprir as necessidades de uma possível falta de bebês no futuro, seria esta a época ideal para retirada desses tipos de amostras? Exatamente em meio a tanta poluição, doenças degenerativas, alimentos contaminados e tantos outros males atuais, não seria bem melhor recolher material genético de populações mais sadias, no passado? Nossos cientistas preferem trabalhar com cobaias saudáveis e limpas, ao invés de capturarem ratos e baratas em esgotos e ainda arriscarem-se a contrair certas doenças. Se existem viajantes do tempo, não são eles os responsáveis por tamanha quantidade de contatos. Podem estar presentes também, mas com pesquisas e objetivos distintos dos demais

Há pessoas que apostam na possibilidade intraterrestre, ou seja, habitantes ou mesmo civilizações inteiras de mundos subterrâneos, cidades perdidas e esquecidas que ainda conseguem manter-se longe das garras humanas, em algum lugar nas profundezas da Terra. Tais pensamentos irritam geógrafos, geólogos, geofísicos e outros estudiosos. A grande maioria dos ufólogos também descarta tal possibilidade, pois científica e logicamente não há chances de sobrevivência ou permanência em ambientes similares. Mas isso não impediria que seres supostamente extraterrestres escolhessem certos pontos do planeta, locais ermos ou de difícil acesso, para montarem 'bases' de ação rápida e eficiente, sem necessidade de serem profundas. Aqui se encaixam também os OSNIs (Objetos Submarinos Não Identificados). Não estou aventando aqui uma realidade intraterrestre e sim a provável capacidade e tecnologia extraterrestre necessárias para estes tipos de "esconderijos".

Uma quantidade crescente de pesquisadores acredita que os UFOs vêm de outras dimensões, os chamados universos paralelos. A maioria dos físicos acha que podem existir tais universos, que coexistiriam com o nosso, talvez em números infinitos. Se a concepção estiver correta, essas dimensões devem ter estrelas, planetas e vida. Isso explicaria muitas incógnitas:

• Pessoas vêem UFOs aparecerem e desaparecerem subitamente, do nada. Os alienígenas podem estar simplesmente atravessando ou passando para algum outro universo e talvez existam civilizações diferentes viajando pelo espaço o tempo todo;

• Em alguns casos de abdução, as vítimas relatam que são levadas à terras estranhas, cidades vermelhas ou lugares sem céu;

• Também há casos onde estes artefatos parecem atravessar montanhas ou mesmo paredes. Podem simplesmente ter sido transportados;

• As mudanças de formato de um mesmo UFO diante das testemunhas ou sua divisão em vários outros objetos. Seria possível que estivesse parcialmente aqui, parcialmente em outro local. Será que podemos vislumbrar algo de lugares adjacentes, sem estarmos cientes disso?

• Quando não são detectados nos radares, mesmo que os pilotos os avistem perto de seus aviões ou quando um grande número de pessoas os vêem próximos a aeroportos ou aeronaves. Talvez estejam se movendo além de nosso universo;

• Explosões silenciosas. Alguns objetos aparentemente explodem, sem deixar vestígios e em total silêncio. A explosão pode ter ocorrido em um universo distante daqui, mas visível às testemunhas;

• Quando humanóides são vistos em terra, parecendo indiferentes à aproximação de humanos ou simplesmente desaparecendo. Se os habitantes de um universo paralelo aprenderam a passar de uma dimensão a outra, então seres de um segundo, terceiro ou muito mais universos podem ter a mesma capacidade. Daí a grande variedade de discos voadores e o diferente comportamento de seus tripulantes;
 
UFO na Operação Prato. Crédito: Arquivo UFO

Conclusões pessoais

Estamos lidando com algo real que não é real. Os universos paralelos podem explicar esse paradoxo, também significa que estamos lidando com um fenômeno "ligado à Terra" e não literalmente extraterrestre e alienígena. Está aqui o tempo todo e não está, parece absurdo, mas o fenômeno em si também é.

Do mesmo modo, quando todo esse mistério for compreendido (e, um dia, o será!), talvez tenha pouca ou até nenhuma importância, sem um impacto significativo em nossas vidas. Pode ser o maior evento na história da humanidade, porém, com pouca influência, em comparação aos terríveis e insolúveis problemas mundiais como pobreza, fome, ódio racial, religioso e étnico, governos criminosos, a constante e real ameaça nuclear, a degradação ambiental, efeito estufa e aquecimento global. Isso, apenas nós mesmos podemos resolver e não há como escapar.

Como vimos, a hipótese multidimensional tem boas chances de nos ajudar na busca de respostas, juntamente e em conexão com a tradicional opção extraterrestre, mas não fazemos idéia de como e quando compreenderemos cientificamente esse mecanismo. Talvez, apenas depois de solucionadas as discórdias humanas teremos acesso aos problemas e enigmas universais. Enquanto isso, as pesquisas continuam.



Bibliografia: Perigo Alienígena no Brasil

[Biblioteca UFO, 2003]


Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira 
Consultor da Revista UFO Brasil

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