NSA simulava criptografia em exercícios envolvendo imaginários sinais de ETs
Por Alejandro Rojas/OpenMinds - Tradução e adaptação: Paulo Poian
Sede da Agência Nacional de Segurança (NSA) em Fort Meade, Maryland. Crédito: NSA
Sede da Agência Nacional de Segurança (NSA) em Fort Meade, Maryland. Crédito: NSA
Testes hipotéticos levaram muita gente ao equívoco de interpretação do conteúdo total
Em 21 de abril de 2011 a Agência Nacional de Segurança dos EUA [National Security Agency, NSA] postou documentos antigos do seu Technical Journal que tiveram alguns trechos de artigos interessantes sobre possíveis alienígenas. Alguns pesquisadores pensaram que esses documentos estavam relacionados às mensagens recebidas de extraterrestres [Veja A vez da NSA: EUA admitindo recepção de mensagens alienígenas?], um equívoco fácil de confundir, principalmente devido aos títulos dos artigos, tais como Key to the Extraterrestrial Messages [A Chave para as Mensagens Extraterrestres].
Esses conteúdos são realmente relacionados com exercícios para praticar, decifrar mensagens codificadas (criptografia e criptologia) que os extraterrestres podem nos enviar no futuro. No entanto, ainda há uma história aqui, porque estes exercícios foram iniciados por um criptólogo proeminente da NSA que acreditava que maior atenção precisava ser dada à investigação do Fenômeno UFO e a possibilidade de que poderíamos ser contatados em breve.
O criptologista foi Lambros D. Callimahos e sua biografia pode ser lida no Hall de Honra da NSA, introduzida em 2003. Eles afirmam que Callimahos "desempenhou um papel crucial na formação criptológica do desenvolvimento na NSA". Ele desenvolveu uma classe especial, designada CA-400 para a elite dos criptoanalistas. Quem passasse se tornaria membro do que foi rotulado de Sociedade Dundee, cuja verdadeira finalidade do grupo era muito secreta.
Os recentes textos do NSA Technical Journal foram obtidos por pesquisadores de UFOs em 2004, através da Lei de Liberdade de Infomação (FOIA). A primeira vez que se tomou consciência deles foi numa palestra de John Schuessler, um dos destinatários originais. No inverno de 1966, em nova edição do jornal, Callimahos escreveu um artigo intitulado Communication with Extraterrestrial Intelligence [Comunicação com Inteligência Extraterrestre].
Este foi o início do que viria a se tornar a Search for Extraterrestrial Intelligence [Busca por Inteligência Extraterrestre, SETI], e Callimahos discutiu o trabalho do Dr. Frank Drake, que tinha mostrado que a possibilidade de vida no espaço era realmente muito grande. Callimahos afirmou: "Se estamos e somos terrivelmente arrogantes - uma atitude muito pouco científica -, devemos supor que os 'outros' estão muito mais avançados do que nós".
Não é o que parece
Como um criptólogo, seu interesse estava na capacidade da NSA para decifrar todos os sinais que poderíamos receber e, em seu artigo, ele afirmou que "uma vez que recebemos um sinal reconhecível, temos uma boa chance de compreender a mensagem". Então entra em termos técnicos criptológicos e discute os diferentes tipos de tecnologia que possam estar usando para enviar sinais, muitas das quais nós não dominamos. Na parte final do artigo ele dá um exemplo, uma mensagem hipotética extraterrestre baseada no princípio de varredura criado por Bernard M. Oliver. Discute como decifrar o exemplo dado por Oliver e cita outros exercícios semelhantes em decodificar mensagens hipotéticas extraterrestres.
No número seguinte do NSA Technical Journal, ainda em 1966, um acompanhamento de artigo foi escrito pelo Dr. Howard H. Campaigne, intitulado Extraterrestrial Intelligence [Inteligência Extraterrestre]. Começa assim:
"Na edição mais recente da Comissão Técnica da NSA Jornal-Vol. XI, No.1, Lambros D. Callimahos discutiu alguns aspectos de inteligência extraterrestre e incluiu várias mensagens para testar a engenhosidade do leitor. Nas páginas seguintes, o Dr. H.H. Campaigne oferece comunicações adicionais de espaço."
As "mensagens", agora sabemos, eram hipotéticas. O artigo então continua a descrever a mensagem de extraterrestres que, no contexto do artigo de Callimahos, também eram hipotéticos testes que confundiram a ingenuidade do leitor. Infelizmente, eles não parecem estar se referindo às mensagens reais, recebidas por alienígenas de fato...
Esses conteúdos são realmente relacionados com exercícios para praticar, decifrar mensagens codificadas (criptografia e criptologia) que os extraterrestres podem nos enviar no futuro. No entanto, ainda há uma história aqui, porque estes exercícios foram iniciados por um criptólogo proeminente da NSA que acreditava que maior atenção precisava ser dada à investigação do Fenômeno UFO e a possibilidade de que poderíamos ser contatados em breve.
O criptologista foi Lambros D. Callimahos e sua biografia pode ser lida no Hall de Honra da NSA, introduzida em 2003. Eles afirmam que Callimahos "desempenhou um papel crucial na formação criptológica do desenvolvimento na NSA". Ele desenvolveu uma classe especial, designada CA-400 para a elite dos criptoanalistas. Quem passasse se tornaria membro do que foi rotulado de Sociedade Dundee, cuja verdadeira finalidade do grupo era muito secreta.
Os recentes textos do NSA Technical Journal foram obtidos por pesquisadores de UFOs em 2004, através da Lei de Liberdade de Infomação (FOIA). A primeira vez que se tomou consciência deles foi numa palestra de John Schuessler, um dos destinatários originais. No inverno de 1966, em nova edição do jornal, Callimahos escreveu um artigo intitulado Communication with Extraterrestrial Intelligence [Comunicação com Inteligência Extraterrestre].
Este foi o início do que viria a se tornar a Search for Extraterrestrial Intelligence [Busca por Inteligência Extraterrestre, SETI], e Callimahos discutiu o trabalho do Dr. Frank Drake, que tinha mostrado que a possibilidade de vida no espaço era realmente muito grande. Callimahos afirmou: "Se estamos e somos terrivelmente arrogantes - uma atitude muito pouco científica -, devemos supor que os 'outros' estão muito mais avançados do que nós".
Não é o que parece
Como um criptólogo, seu interesse estava na capacidade da NSA para decifrar todos os sinais que poderíamos receber e, em seu artigo, ele afirmou que "uma vez que recebemos um sinal reconhecível, temos uma boa chance de compreender a mensagem". Então entra em termos técnicos criptológicos e discute os diferentes tipos de tecnologia que possam estar usando para enviar sinais, muitas das quais nós não dominamos. Na parte final do artigo ele dá um exemplo, uma mensagem hipotética extraterrestre baseada no princípio de varredura criado por Bernard M. Oliver. Discute como decifrar o exemplo dado por Oliver e cita outros exercícios semelhantes em decodificar mensagens hipotéticas extraterrestres.
No número seguinte do NSA Technical Journal, ainda em 1966, um acompanhamento de artigo foi escrito pelo Dr. Howard H. Campaigne, intitulado Extraterrestrial Intelligence [Inteligência Extraterrestre]. Começa assim:
"Na edição mais recente da Comissão Técnica da NSA Jornal-Vol. XI, No.1, Lambros D. Callimahos discutiu alguns aspectos de inteligência extraterrestre e incluiu várias mensagens para testar a engenhosidade do leitor. Nas páginas seguintes, o Dr. H.H. Campaigne oferece comunicações adicionais de espaço."
As "mensagens", agora sabemos, eram hipotéticas. O artigo então continua a descrever a mensagem de extraterrestres que, no contexto do artigo de Callimahos, também eram hipotéticos testes que confundiram a ingenuidade do leitor. Infelizmente, eles não parecem estar se referindo às mensagens reais, recebidas por alienígenas de fato...
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira
Consultor da Revista UFO Brasil
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