terça-feira, 17 de maio de 2011

Asteróides produziriam matérias-primas da vida, segundo estudo

Por Michael Marshall/NewScientist - Tradução e adaptação: Paulo Poian 
Seriam os corpos celestes as fábricas que criam os blocos de construção da vida?
Compostos seriam componentes primitivos do meteorito de Murchison. Crédito: Jenny Mottar
Pela primeira vez, as rochas de um asteróide parecem ter demonstrado o poder da síntese de substâncias químicas essenciais.
 
 
O asteróide em questão caiu na Terra em 28 de setembro de 1969, na periferia da vila de Murchison em Victoria, Austrália. Os testes mostraram que ele foi atado com aminoácidos e algumas das substâncias químicas encontradas em nosso material genético.

A descoberta sugere que o espaço não é o lugar quimicamente estéril que se pensava ser, e que a química orgânica foi generalizada, dando a entender que as moléculas necessárias para vida começar poderiam ter sido produzidas no espaço, antes de caírem na Terra.

Mas como é que formam moléculas? Raffaele Saladino, da Universidade de Tuscia em Viterbo, Itália, e seus colaboradores, questionaram se poderiam ser originárias do interior dos asteróides a partir dos quais alguns meteoritos se quebraram. A equipe sabia que uma química simples presente no espaço, chamada de formamida, pode ser transformada em biomoléculas, tantas que eles usaram como ponto de partida.

Obtiveram um grama de meteorito de Murchison, trituraram em pó e removeram todas as moléculas orgânicas, deixando apenas o mineral. Misturaram com formamida e aqueceram a 140° C por 48 horas. A reação produziu ácidos nucléicos - elementos essenciais do DNA e RNA -, bem como a glicina, aminoácidos, ácidos carboxílicos e um precursor do açúcar (Origins of Life and Evolution of Biospheres, DOI: 10.1007/s11084-011-9239-0 [Origem da Vida e Evolução da Biosfera]).

"Isto sugere que o 'asteróide pai' do meteorito era uma fábrica de produtos químicos", disse Saladino. "Fundamentalmente, os compostos produzidos são metabólicos e genéticos, que abrange duas partes importantes da vida primitiva", comentou Monica Grady, da Open University em Milton Keynes, Reino Unido, que não esteve envolvida no estudo. "Se você pode catalisar as reações no mesmo lugar, do mesmo material de partida, que é obviamente vantajosa".

"A capacidade de produzir uma gama de moléculas essenciais define o mineral do meteorito à parte dos da Terra", disse Mark Sephton , do Imperial College de Londres. Na Terra, a formação de cada biomolécula tende a ser catalisada por um mineral diferente, ou seja, eles acabam separados e menos propensos a forma de vida.

A equipe de Saladino também descobriu que o mineral do meteorito poderia estabilizar o RNA, considerado por alguns como o primeiro material genético. O RNA reage com a água e se decompõe facilmente. A maioria dos minerais acelera este processo, mas a equipe descobriu que o mineral de Murchison não. "Se o RNA poderia ser sintetizado dentro [do asteróide], este ambiente teria que estabilizá-lo", completou Saladino.

Veja o debate em torno do assunto, em Cientista condecorado afirma ter encontrado evidência extraterrestre em meteorito.
 
 
 
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira 
Consultor da Revista UFO Brasil

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