Os 73 anos de A Guerra dos Mundos
Por Ederli Fortunato/Omelete - Adaptação: Paulo Poian
Golpe ou histeria coletiva? Na verdade, não havia motivo para que o público pensasse que a transmissão tinha qualquer conexão com a realidade. Os jornais daquele domingo apontavam que às 20h00 a CBS apresentaria uma peça: Guerra dos Mundos. O Mercury Theatre on the Air havia estreado em julho daquele ano e Orson Welles já era um nome conhecido do teatro, com suas inovações em uma versão de Júlio César num cenário moderno. Nas semanas anteriores, o programa já havia apresentado adaptações de Drácula, A Ilha do Tesouro e A Volta ao Mundo em 80 Dias.
Para a noite de 30 de outubro, depois de descartar O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle, o Mercury Theater preparou a adaptação da obra A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, atualizando a história para o presente e alterando o formato para o de noticiário. Para envolver ainda mais os ouvintes, John Houseman e o roteirista Howard Koch transportaram a história da Inglaterra para os Estados Unidos, utilizando a região em torno de Nova Iorque como cenário. Foi Koch quem comprou um mapa, fechou os olhos e bateu com o lápis num ponto qualquer para escolher o local do desembarque das naves alienígenas, transformando Grover's Mill em cabeça de ponte da invasão.
No início da apresentação, a CBS anunciou tratar-se de uma adaptação de da obra de H.G. Wells. O problema é que nem todos estavam ouvindo. Às 20h00 de 30 de outubro, alguns programas das 19h00 ainda não haviam acabado, o que fez muitos ouvintes perderem o aviso. Além disso, o campeão de audiência no rádio da época era outro, o Chasen and Sanborn Hour, transmitido no mesmo horário do Mercury Theater. Depois de onze minutos, no entanto, quando um cantor substituía o apresentador, os ouvintes trocavam de estação para ouvir um pouco dos outros programas.
As estimativas dizem que entre um e dois milhões de ouvintes "zapeavam seus rádios" naquela noite. Os que chegaram à CBS encontraram Guerra dos Mundos a pleno vapor, com a música da Ramon Raquelo Orchestra, transmitida direto do Meridiam Room do Park Plaza Hotel em Nova Iorque, interrompida abruptamente pela notícia da queda de um meteoro, além da entrevista com um astrônomo da Universidade de Princeton sobre estranhas explosões na superfície de Marte. Poucos notaram que o famoso professor Richard Pierson – de quem ninguém poderia ter ouvido falar, pois não existia – tinha a voz de Orson Welles.
A transmissão continuava interrompendo a programação "normal" de forma crescente até que o repórter "Carl Phillips" passou a transmitir em tempo integral de Grover's Mill, onde descobriu-se que o meteoro era um cilindro de metal. A tensão foi construída cuidadosamente, utilizando entrevistas com autoridades e uma nervosa descrição do monstro saindo do cilindro, que o ator Frank Readick baseou na famosa transmissão do incêndio do Hindenburg.
O primeiro confronto terminou com 40 mortos. No segundo ataque, sete mil homens do exército, armados com rifles e metralhadoras, foram aniquilados com raios de calor. Novos cilindros foram localizados. Os marcianos prosseguiram para Manhattan, destruindo e matando com gás venenoso, enquanto a Inglaterra, França e Alemanha ofereciam ajuda. A situação era desesperadora...
Guerra dos Mundos e Orson Welles: 73 anos de uma farsa
Até hoje não se sabe exatamente qual foi o tamanho da reação da população. Crédito: dailygalaxy
Foi no dia 30 de outubro de 1938, véspera de Halloween. Devia ser uma noite como todas as outras. Assim como milhões de outras pessoas em todo o planeta, os norte-americanos encerravam seu dia ouvindo rádio. Em menos de uma hora, porém, parte da audiência acreditava que os Estados Unidos estavam sob ataque de forças alienígenas.
E, assim, a apresentação de Guerra dos Mundos, de Orson Welles (Cidadão Kane), entrava para a história. Golpe ou histeria coletiva? Na verdade, não havia motivo para que o público pensasse que a transmissão tinha qualquer conexão com a realidade. Os jornais daquele domingo apontavam que às 20h00 a CBS apresentaria uma peça: Guerra dos Mundos. O Mercury Theatre on the Air havia estreado em julho daquele ano e Orson Welles já era um nome conhecido do teatro, com suas inovações em uma versão de Júlio César num cenário moderno. Nas semanas anteriores, o programa já havia apresentado adaptações de Drácula, A Ilha do Tesouro e A Volta ao Mundo em 80 Dias.
Para a noite de 30 de outubro, depois de descartar O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle, o Mercury Theater preparou a adaptação da obra A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, atualizando a história para o presente e alterando o formato para o de noticiário. Para envolver ainda mais os ouvintes, John Houseman e o roteirista Howard Koch transportaram a história da Inglaterra para os Estados Unidos, utilizando a região em torno de Nova Iorque como cenário. Foi Koch quem comprou um mapa, fechou os olhos e bateu com o lápis num ponto qualquer para escolher o local do desembarque das naves alienígenas, transformando Grover's Mill em cabeça de ponte da invasão.
No início da apresentação, a CBS anunciou tratar-se de uma adaptação de da obra de H.G. Wells. O problema é que nem todos estavam ouvindo. Às 20h00 de 30 de outubro, alguns programas das 19h00 ainda não haviam acabado, o que fez muitos ouvintes perderem o aviso. Além disso, o campeão de audiência no rádio da época era outro, o Chasen and Sanborn Hour, transmitido no mesmo horário do Mercury Theater. Depois de onze minutos, no entanto, quando um cantor substituía o apresentador, os ouvintes trocavam de estação para ouvir um pouco dos outros programas.
As estimativas dizem que entre um e dois milhões de ouvintes "zapeavam seus rádios" naquela noite. Os que chegaram à CBS encontraram Guerra dos Mundos a pleno vapor, com a música da Ramon Raquelo Orchestra, transmitida direto do Meridiam Room do Park Plaza Hotel em Nova Iorque, interrompida abruptamente pela notícia da queda de um meteoro, além da entrevista com um astrônomo da Universidade de Princeton sobre estranhas explosões na superfície de Marte. Poucos notaram que o famoso professor Richard Pierson – de quem ninguém poderia ter ouvido falar, pois não existia – tinha a voz de Orson Welles.
A transmissão continuava interrompendo a programação "normal" de forma crescente até que o repórter "Carl Phillips" passou a transmitir em tempo integral de Grover's Mill, onde descobriu-se que o meteoro era um cilindro de metal. A tensão foi construída cuidadosamente, utilizando entrevistas com autoridades e uma nervosa descrição do monstro saindo do cilindro, que o ator Frank Readick baseou na famosa transmissão do incêndio do Hindenburg.
O primeiro confronto terminou com 40 mortos. No segundo ataque, sete mil homens do exército, armados com rifles e metralhadoras, foram aniquilados com raios de calor. Novos cilindros foram localizados. Os marcianos prosseguiram para Manhattan, destruindo e matando com gás venenoso, enquanto a Inglaterra, França e Alemanha ofereciam ajuda. A situação era desesperadora...
Leia matéria completa e ouça o programa original de 1938
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira
Consultor da Revista UFO Brasil
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