sábado, 18 de fevereiro de 2012

Seria possível um oásis de vida sob o deserto de Marte?

Por Jose Manuel Nieves/ABC - Tradução: Paulo Poian 
Cientistas descobrem microrganismos vivos no deserto de Atacama
Novas perspectivas para exobiologia. Crédito: Parro et al/CAB/SINC
Um grupo de pesquisadores espanhóis do Centro de Astrobiologia (CAB) e da Universidade Católica do Norte do Chile anunciaram o achado de um "oásis" de microrganismos, 
 
 
vivendo dois metros sob a terra no deserto de Atacama, um dos lugares mais inóspitos e áridos da Terra. A descoberta, que prova que a vida pode prosperar inclusive em condições de aridez extrema, servirá para criar novos protocolos de busca de organismos viventes fora de nosso planeta.

"O denominamos 'oásis microbiano'", afirma Victor Parro, pesquisador do CAB e coordenador do estudo, "porque encontramos microrganismos desenvolvendo-se em um habitat rico em halita (sal comum) e outros compostos (anidrita e perclorato) altamente higroscópicos, isto é, que absorvem água".

No deserto de Atacama, a chuva ocorre em conta-gotas. De fato, algumas de suas áreas estão sem registrar uma única precipitação há mais de 400 anos. Por isso é tão surpreendente que, inclusive neste ambiente infernal, possa existir um substrato salino e subterrâneo capaz de atrair até a mais mínima umidade do meio. O suficiente, além do mais, para que ali prospere a vida.

Utilizando um instrumento desenvolvido pelo CAB e chamado SOLID [Signs of Life Detection], os pesquisadores têm conseguido identificar a presença de microrganismos vivendo em finíssimas lâminas de água captada pelas substâncias do subsolo. Os substratos em que habitam estas resistentes criaturas são capazes de capturar a mais escassa umidade do ar e concentrar ao redor dos cristais de sal, formando ínfimas camadas de água, de alguns mícrons de espessura.

Ali, sem oxigênio nem luz solar, a dois metros abaixo do deserto árido, é onde se encontraram estes seres vivos. Inclusive, quando os pesquisadores buscaram em maior profundidade (uns cinco metros) acharam colônias de microrganismos junto a outras que permaneciam em suspensão e conseguiram retornar à vida em laboratório, depois de lhes proporcionar um pouco de água.

Certamente, os envolvimentos que o achado tem para a busca de vida (presente ou passada) em lugares como Marte são evidentes. Em várias regiões do planeta vermelho localizaram-se depósitos salinos, e o sal pode ajudar que a água permaneça em estado líquido durante longos períodos de tempo.

Podem ser detectados

"Se há micróbios parecidos em Marte, ou seus restos permanecem em condições similares às que temos encontrado em Atacama, poderíamos detectar com instrumentos como o SOLID", assegura Parro. "A elevada concentração de sal tem um duplo efeito: por um lado absorve a água que possa haver entre os cristais, e por outro baixa a temperatura de congelamento, de maneira que podemos encontrar finas lâminas de água a temperaturas de muitos graus abaixo de zero, inclusive a menos 20 graus". Uma temperatura que é muito similar à que reina em muitas regiões de Marte, em depósitos salinos subterrâneos, onde a vida poderia ser desenvolvida e proteger-se dos mortais efeitos dos raios ultravioletas do Sol.

 
 
Agradecimentos a: 

Paulo R. Poian.
Coordenação Portal da Ufologia Brasileira www.ufo.com.br
Consultor da Revista UFO Brasil

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