Alitalia: empregados protestam
ROMA - A terceira tentativa de venda da Alitalia em menos de dois anos está próxima de desmoronar depois que os sindicatos rejeitaram o plano proposto pela compradora, Companhia Aérea Italiana (CAI), que se retirou hoje das negociações com os grêmios.
A CAI é o consórcio formado por um grupo de empresários para melhorar as atividades ainda rentáveis da empresa confiscada no final de agosto.
CAI afirmou ter interrompido as atividades de auditoria necessárias para a compra, após constatar que não chegaria a um acordo com os sindicatos.
A CAI disse que a oferta não foi retirada formalmente, enquanto os sindicatos afirmam que agora a solução está nas mãos do governo, que pediu para os grêmios encontrarem uma proposta única.No entanto, ao longo de uma reunião intersindical a única resposta foi um pedido de encontro com o interventor da Alitalia, Augusto Fantozzi, "para entender quais são os passos formais que já foram tomados e os que ainda estão por tomar".Este pedido surge pelo fato de Fantozzi ter afirmado anteriormente que teria dado entrada hoje mesmo nos procedimentos para a transferência do pessoal e a anulação dos contratos de trabalho na companhia aérea.
O ministro do Trabalho, Maurizio Sacconi, disse esta noite que as negociações dos sindicatos da Alitalia com o governo para salvar a linha-aérea italiana se tornou "uma corrida contra o relógio"."Estamos tentando manter o diálogo entre as partes, para ver se conseguimos retomar o fio que se partiu, de interesse do país e dos trabalhadores", disse Sacconi, que assumiu que existe "50%" de possibilidade de acordo.Sergio Epifani, secretário da federação sindical CGIL, nesta tarde disse que prevê "uma conclusão muito preocupante" da negociação, que em sua opinião "poderia ter um resultado trágico".O plano da CAI prevê a compra, por 400 milhões, de algumas atividades rentáveis da Alitalia e a fusão destas com a companhia privada Air One.Uma fonte próxima à negociação afirmou que os empregados afastados seriam cerca de 5.500. Aproximadamente 1.000 pilotos ficariam sem emprego. Os novos contratos que propõe a CAI prevêem redução entre 25% e 50%, segundo os sindicatos.
(ANSA)
Foto: La Nazione
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