
CASERTA (ITÁLIA) - O ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, anunciou hoje que 500 militares serão utilizados a partir de amanhã (hoje) contra a máfia napoletana Camorra nas ruas de Caserta, na região da Campânia, sul do país."Eu e o ministro da Defesa, Ignazio La Russa assinamos o decreto que permitirá, a partir de amanhã, o uso de 500 militares. Os prefeitos de Caserta e Nápoles hoje mesmo colocarão em dia o dispositivo sobre o emprego dos militares", disse Maroni, assinalando que a iniciativa do governo não é "uma reação limitada no tempo, mas que irá durar até quando o grupo de fogo terá sido vencido, os fugitivos presos e a criminalidade organizada derrotada". Os militares serão ser utilizados no policiamento das ruas, na vigilância de pessoas em prisão domiciliar, no controle do comércio e na busca por armas. "Queremos fazer ouvir a voz do Estado aos criminosos, a quem pensa em utilizar, ao invés disso, a voz do [fuzil] Kalashnikov", enfatizou Maroni. O ministro lembrou que o decreto-lei, que estabelece a utilização dos militares nas cidades da Campânia, inclui uma proposta para dificultar a concessão de prisão domiciliar para indivíduos ligados ao crime organizado e afirmou que o governo deve "agir de maneira mais eficiente contra os patrimônios mafiosos: devemos seqüestra-los e colocar imediatamente a disposição da comunidade, de outra maneira é dado um sinal negativo". O decreto prevê o emprego dos militares até 31 de dezembro, mas o término pode ser prorrogado. "Eu expressei a vontade de manter de qualquer maneira os 400 agentes da polícia enviados à área depois da carnificina de Castel Volturno, até que não tenha sido vencida a guerra contra a Camorra", disse o ministro. Em 18 de setembro, Castel Volturno foi palco do assassinato de seis imigrantes africanos que, segundo a polícia, estavam envolvidos em uma disputa territorial com a máfia napoletana relacionada ao tráfico de drogas. O crime revoltou a comunidade africana local. No entanto, parentes negaram o envolvimento das vítimas com o narcotráfico e afirmaram tratar-se de um "crime de racismo".
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