Quase 4 milhões de imigrantes vivem na Itália, indica dossiê








Roma, 30 out, Ansa - O dossiê anual sobre a imigração na Itália, desenvolvido pela Caritas Italiana e pela Fundação Migrantes, foi apresentado hoje em Roma. O documento apresenta um retrato da imigração no país no ano de 2007. Os imigrantes regulares na Itália são quase 4 milhões, ou seja, 6,7% da população italiana, sendo que a média européia em 2006 era 6%, indica o dossiê. A maior comunidade estrangeira -- que dobrou em dois anos -- é a romena, superando um milhão de pessoas. No último ano, a população estrangeira no país aumentou em cerca de meio milhão. 62,5% dos imigrantes vivem no norte, 25% no centro e apenas cerca de 10% da população estrangeira vive no sul. "Pelo menos meio milhão de estrangeiros já estão sediados na Itália e inseridos no mercado de trabalho informal, apesar de não possuírem documentação adequada", estima o dossiê. Entre os imigrantes, o trabalho informal "é enormemente difundido não apenas [trabalhando] para famílias, mas também nas empresas, com uma amplitude desconhecida em outros países industrializados". O estudo afirma ser necessário "uma gestão mais eficaz do mercado de trabalho". Mais de 800 mil trabalhadores estrangeiros estão inscritos nos sindicatos. A alta taxa de inscrição é, segundo o dossiê, um forte indicador da presença dos trabalhadores estrangeiros na economia italiana. Os imigrantes são 21% dos trabalhadores sindicalizados em atividade. Em três anos, dobrou o número de estrangeiros que obtiveram cidadania italiana, atingindo 38.466 em 2007. No entanto, apesar do aumento, o número de cidadanias concedidas ainda é um dos mais baixos da Europa, onde 2.000 pessoas recebem esse benefício diariamente. Segundo o dossiê Caritas-Migrantes, os estrangeiros na Itália respondem por 9% do Pib nacional. As remessas de dinheiro enviadas pelos imigrantes para o exterior atingiram a marca de 6 bilhões de euros anuais, e a maior parte dos valores é enviada para a China e as Filipinas.
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