Crise mundial afeta bares e restaurantes italianos

Pela primeira vez, a Itália encerra um trimestre com queda no número de bares e restaurantes do país, após 3439 estabelecimentos terem fechado suas portas entre julho e setembro deste ano, ao passo que somente 3089 foram abertos, segundo revelam os dados do Centro de Estudos Fipe. "Se os dados no fim do ano confirmarem essa tendência, significa que estamos em plena crise estrutural. É o sinal de uma crise mais profunda do que se pode imaginar, pior do que aquela de 1993. Naquele ano, de fato, a crise era de tipo conjuntural" explicou o presidente da Fipe, Lino Enrico Stoppani. "Muitas vezes, bares e restaurantes passaram por períodos muito difíceis, mas o saldo, ou seja, a diferença entre aberturas e fechamentos, sempre foi positivo. A crise do consumo, a liberalização sem critérios e a recessão levaram a isso", ressaltou Stoppani. A queda maior é registrada entre os bares, sobretudo nas regiões centrais e em algumas do norte. A Toscana lidera a classificação negativa, com 131 estabelecimentos fechados na região, o que significa um saldo negativo de 45 bares no trimestre. No setor dos restaurantes, o norte tem os piores índices. A crise é sentida com maior força na Lombardia, que registra 174 restaurantes fechados e apenas 144 abertos. Em seguida, aparece a região de Veneto, com um saldo negativo de 29 estabelecimentos do setor. Contudo, o sul não segue a tendência. A Calábria contabilizou um saldo positivo de 36 novos bares e 23 restaurantes abertos no período.
Ansa

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