O prestigiado enólogo italiano Renzo Cotarella, CEO da Marchesi Antinori, vinícola com 625 anos de existência, aposta que o Brasil será um grande consumidor de vinho no prazo de cinco anos.
A seu ver, o mercado brasileiro vai ampliar suas fronteiras para além do Chile e Argentina, que representam 70% dos vinhos importados pelo Brasil. E repete uma frase que vem sendo ouvida no mundo dos vinhos hoje: o Brasil é a nova fronteira para os vinhos produzidos pelos países do Velho Mundo.
A aposta recai inclusive em vinhos mais requintados, como os "supertoscanos", que a família Antinori criou nos anos 1970, e são importados pela Winebrands.
O Solaia e o Tignanello fazem parte dessa linhagem de vinho, que mudou o paradigma da bebida na Itália, que passou a alcançar alta qualidade em seu país.
A safra de 2007 recebeu o seguinte comentário da Wine Advocate de Robert Parker, uma das mais exigentes publicações sobre a bebida: "Os vinhos da safra de 2007 da Antinori estão entre os mais brilhantes, de tirar o fôlego. Cotarella certamente poderia ter descansado à sombra dos louros, afinal ele já é um dos mais célebres vinicultores da Itália. Em vez disso, continua a melhorar a qualidade de forma significativa", atesta a Wine Advocate.
Consumo per capita
Enquanto o consumo per capita no Brasil é de 1,7 litro por pessoa/ano, na Argentina essa proporção é de 28 a 30 litros e nos Estados Unidos é de 14 a 15 litros. "Ainda há muito para o consumo crescer no Brasil. E a Antinori tem muito interesse nesse mercado", afirma Cotarella, eleito o "Melhor Enólogo do Mundo" pela revista Wine Enthusiast.
No Brasil, Renzo Cotarella desenvolve movimentada agenda de compromissos, de onde segue para o Chile, para supervisionar a vinícola Haras de Pirque.
Reverenciado ao redor do mundo, Cotarella responde pelas áreas de enologia, viticultura e produção de vinho da Marchesi Antinori, que é hoje um dos maiores e mais antigos impérios italianos familiares de vinho, presidido pelo Marquês Piero Antinori, que conta ainda com o auxílio das três filhas - Albiera, Allegra e Alessia, representantes da 26ª. geração da família.
A Antinori ampliou suas propriedades para outras regiões da Itália, como Úmbria, Piemonte, Puglia e Lombardia, expandindo sua atuação ainda para países como os Estados Unidos, Chile, Hungria e arquipélago de Malta, por meio de joint-ventures.
Graças ao caráter inovador, dinâmico e visionário dos dirigentes da companhia, que souberam preservar as tradições enológicas da Itália, a Marchesi Antinori é reconhecida como uma produtora de vinhos de grande destaque no cenário internacional.
Início na Antinori
Renzo Cotarella começou na Marchesi Antinori, em 1981, como vinicultor do Castello della Sala, mítica propriedade que se distingue pela produção de vinhos brancos singulares, como o Cervaro della Sala.
Adquirido em 1940, o Castello della Sala está localizado na fronteira da Úmbria com a Toscana e tem quase 1.400 acres. Nele, Niccolo Antinori, pai do atual presidente, decidiu produzir vinhos brancos.
Atualmente, a propriedade que inovou ao cultivar uva chardonnay de alta qualidade, tornou-se líder em sua produção na Itália.
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