sexta-feira, 28 de maio de 2010

Napolitano conclui visita a Washington

O presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, deixou dia 26 à noite Washington, após uma visita de três dias à capital norte-americana. Na terça-feira (25) se reuniu na Casa Branca com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Na quarta, teve uma série de encontros no Congresso e no Supremo Tribunal. Antes de embarcar de volta à Itália, Napolitano participou do jantar de gala dos Filhos da Itália na América, junto com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton e a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.
Crise:  UE e Itália devem se esforçar mais
Barack Obama o cumprimentou como "líder europeu", Nancy Pelosi o beijou nas bochechas, a Mesa do Congresso questionou as perspectivas da União Europeia e o Supremo o convidou para partilhar uma refeição. Neste clima, Giorgio Napolitano ditou de Washington um tratamento impiedoso para a Itália e a Europa.
Para superar a crise, afirma ele, "a UE deve fazer muito mais e muito melhor, reforçando a sua unidade e trabalhando para uma maior integração". A Itália também deve fazer mais: em 2012, a dívida pública, que chegou a 118,2% do Produto Interno Bruto (PIB), deve cair.
A missão americana do chefe de Estado da Itália foi sem dúvida um sucesso. À pergunta dos jornalistas sobre o que ele achava de Silvio Berlusconi, Napolitano respondeu que "acredito que neste momento é possível propor várias soluções, mas não se pode negar a existência dos problemas", parecendo indicar que o premier finalmente reconhece a existência da crise e a necessidade de enfrentá-la.

Ações conjuntas Europa-EUA
As perturbações monetárias e financeiras na Europa, disse Napolitano no Congresso, requerem "que todos assumam suas responsabilidades" ao nível internacional e "o esforço conjunto, em todos os setores, da Europa e dos Estados Unidos", confirmando a importância estratégica do vínculo transatlântico.
A causa da crise que começou na Grécia, é a falta de coordenação das políticas de intervenção da UE, diz Napolitano, admitindo as divergências entre o ideal de integração e a realidade. A unidade, a maior integração, implica a transferência de soberania, disse ainda Napolitano a um colunista do Wahington Post, David Ignatius.

"A Europa deve fazer a sua parte, fazer mais e muito melhor. Alguém pode querer "que o euro desmorone", mas não é o que está acontecendo com o euro e nem com a Europa, que certamente pode entrar com colapso (...) se não se der um salto rumo à integração política que "muitos líderes nacionais" nestes anos não quiseram fazer. Tais passos são inevitáveis com a crise se a União Europeia quiser continuar a existir. Se prevalecerem os "egoísmos nacionais", isto seria "fatal" para a Europa e para as ambições de todos os seus Estados-membros.
A Europa está indefesa diante das especulações financeiras e hesitou em tomar as medidas necessárias para se defender. No sistema da moeda única ficaram "falhas graves" que devem ser reparadas, por exemplo com a criação de um Fundo Europeu e um mecanismo para a gestão da crise, disse ainda Napolitano.
Aos norte-americanos que o ouviam com interesse e admiração, Napolitano pediu mais uma vez que dessem a mão à velha Europa. "É importante - disse - que a Europa seja incentivada pelo outro lado do Atlântico, que seja estimulada pelo grande amigo e aliado norte-americano a se unir e integrar cada vez mais. Vocês têm razão de pedir que falemos com uma única voz e que assumamos nossas responsabilidades no cenário mundial".

'Convidado de honra' em jantar nos EUA
Giorgio Napolitano foi o convidado de honra do jantar anual de gala da Ordem dos Filhos da Itália na América (Osia, na sigla em inglês), a mais antiga associação de cidadãos do país em solo norte-americano.

Em seu discurso, o chefe de Estado agradeceu à comunidade local "por seu apoio moral e financeiro", oferecido por ocasião do terremoto que atingiu a região italiana do Abruzzo em abril de 2009.
Napolitano comentou que durante o encontro na Casa Branca, Barack Obama assinalou "a intensidade e a qualidade da cooperação entre os dois países e em muitos níveis". "Vocês podem se orgulhar do seu país e da contribuição da Itália à paz e à segurança no mundo", disse Obama, homenageando a memória de soldados da nação mortos recentemente no Afeganistão.
"Na minha visita a Washington recebi a confirmação de quanto a contribuição italiana é apreciada nos Estados Unidos", acrescentou ele.

Obama enviou uma mensagem ao jantar declarando que "os ítalo-americanos assumem funções de líderes em todos os aspectos da vida americana".
Compareceu ao evento a parlamentar democrata e presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, que recebeu o presidente durante sua visita de ontem (26) ao Congresso.
O ex-presidente norte-americano Bill Clinton também (1993-2001) foi considerado convidado de honra no evento de gala da Osia, entre outras personalidades.
 
www.ansa.it/www.italianos.it
blogdoaleitalia

Seja o primeiro a comentar!

Postar um comentário

Não serão aceitos comentários Anônimos (as)
Comentar somente sobre o assunto
Não faça publicidade (Spam)
Respeitar as opiniões
Palavras de baixo calão nem pense
Comentários sem Perfil não será publicado
Quer Parceria não será por aqui.(Contato no Blog)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Software do Dia: Completo e Grátis

Giveaway of the Day
PageRank

  ©LAMBARITÁLIA - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo