DIA D - 6 Jun 1944
6 de Junho de 1944. O dia que marcou a libertação da Europa. Com uma ampla atenção por parte dos media, tiveram início as comemorações dos 60 anos do desembarque nas praias Francesas. Indubitavelmente esta foi a maior operação combinada de meios aéreos, navais e terrestres da história militar. O seu sucesso, em parte, somente foi possível graças à esmagadora máquina de guerra americana e aos serviços de inteligência britânicos. Este dia, através do sacrifício de muitas vidas que acreditavam num ideal, tornou possível a eliminação de um regime político, que se tivesse vingado, poderia ter alterado profundamente o nosso estilo de vida e os valores nos quais ele assenta. Fico sempre espantado com as pessoas que, de uma forma extremamente ligeira, criticam e tecem juízos de valor. Compreendo o sentimento anti-americano, perdão, anti-George Bush que se vive nos dias de hoje mas, é-me extremamente difícil digerir que de uma forma tão ligeira se caracterize toda uma nação e toda uma história. Obviamente, é tudo uma questão de valores e a forma como eles se aplicam num determinado momento. Por vezes mal, com danos humanos irreparáveis, por vezes bem, criando condições extraordinárias para a humanidade.
O ser humano tem uma facilidade extrema em se esquecer dos bons momentos da sua interacção com outrem. Invariavelmente, antes de tecer críticas cegas sobre uma determinada situação ou momento, temos tendência de nos esquecer de fazer balanço entre o que se perdeu e o que se ganhou. Se o fizermos de uma forma justa, invariavelmente, concluiremos que todas as situações possuem ambiguidade.
Qualquer assunto, quando caracterizado, somente o é em pleno quando efectuado de diversas perspectivas. Creio que essa é uma das premissa de qualquer ciência, exacta ou não. Este dia é visto de diferentes maneiras nos diversos Países que estiveram envolvidos no conflito. O Público de domingo publicou, e bem, alguns artigos sobre o assunto.
Fonte: http://obviousmag.org/
O ser humano tem uma facilidade extrema em se esquecer dos bons momentos da sua interacção com outrem. Invariavelmente, antes de tecer críticas cegas sobre uma determinada situação ou momento, temos tendência de nos esquecer de fazer balanço entre o que se perdeu e o que se ganhou. Se o fizermos de uma forma justa, invariavelmente, concluiremos que todas as situações possuem ambiguidade.
Qualquer assunto, quando caracterizado, somente o é em pleno quando efectuado de diversas perspectivas. Creio que essa é uma das premissa de qualquer ciência, exacta ou não. Este dia é visto de diferentes maneiras nos diversos Países que estiveram envolvidos no conflito. O Público de domingo publicou, e bem, alguns artigos sobre o assunto.
(in Publico) FRANÇA: "Como dizer não a Bush e obrigado à América?" O ano passado quando a guerra no Iraque aprofundou as divergências entre Paris e Washington o jornal New York Post publicou uma foto do cemitério americano onde estão enterrados milhares de GI mortos na ofensiva da Normandia com a legenda: "Sacrifício, morreram pela França, mas a França esqueceu-se". A ministra da defesa afirma: "Fazer paralelos é perigoso, quando as circunstâncias são extremamente diferentes.". [...] O PS francês deseja sobretudo prestar homenagem aos soldados mortos na Normandia, enquanto os Verdes, os comunistas e a extrema esquerda consideram que a actualidade deve suplantar tudo. [...] ALEMANHA: O doloroso caminho da "invasão" à "libertação". Para o chanceler Schroeder, "não se põe mais a questão da vitória [aliada] ou da derrota [alemã], mas de um dia que se tornou no símbolo da luta pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos". [...] "Há 10 anos era uma questão delicada; há 20 anos uma provocação; há 30 anos impossível; hoje possível. Porque se tornou possível convidar um líder alemão? Antes de mais, porque a Alemanha, após a sua reunificação em 1990, se deu início um processo de metamorfose profunda quanto ao papel do país no mundo [...] por outro lado, a chegada ao governo , em 1998, de uma geração de políticos que não viveu a guerra permitiu uma relação descomplexada com a História, uma emancipação do peso do passado, o que não significa, de forma alguma, o seu esquecimento. [...]
RÚSSIA: Putin quebra o boicote soviético. Ao fim de 60 anos, o senhor do Kremlin põe fim à discussão sobre quem, na coligação contra Hitler, deu "a contribuição mais significativa para a vitória sobre o fascismo": se a ex-URSS, se as potências ocidentais. [...] Na historiografia soviética havia uma verdae absoluta: " A URSS deu o contributo decisivo para a vitória sobre o fascismo germânico. Foram precisos 60 anos para que os antigos aliados da coligação deixassem de discutir sobre quem deu a contribuição mais significativa para a vitória sobre o fascismo e de considerar que o desembarque na Normandia é um "assunto interno" na história das potências ocidentais. Estas cerimónias, acrescentou, "simbolizam a reconciliação europeia". [...]
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