sábado, 10 de julho de 2010

Healthtech: micro-reservatórios de saúde

Esquece-se com frequência de tomar os seus medicamentos a tempo e horas? Necessita fazer repetidamente medicação sob a forma injetável? Padece de Diabetes Mellitus e é, ou prevê-se que possa vir a ser, dependente de insulina? Se a sua resposta é afirmativa então este post é-lhe especialmente dedicado.
Cenários semelhantes aos vividos nos Departamento Médicos das sucessivas séries da saga Star Treknanotecnologia em particular, abriram à vastíssima ciência médica caminhos antes sinuosos e longínquos, mas que a cada dia que passa se prefiguram como cenários exequíveis, com a realidade a superar muitas vezes as expectativas mais otimistas. podem, num futuro não muito distante, vir em parte a extravasar da ficção para a realidade e transformar a face da Medicina tal como hoje a conhecemos. Os avanços tecnológicos em geral e a
Exemplo flagrante desses cenários é a tecnologia que a empresa MicroCHIPS, de Bedford, MA, tem para oferecer num futuro muito próximo: micro-reservatórios que podem ser carregados com medicamentos, incorporados em microchips a serem implantados no corpo do paciente e programados para administrar os medicamentos de forma temporizada ou eventualmente controlada por sinais de rádio, cuja fabricação constitui o core tecnológico da empresa.
O controle da libertação das drogas contidas nos reservatórios por sensores implantados no corpo humano que possam, por exemplo, medir o nível glicémico do paciente está também nos horizontes da empresa que prevê miniaturizar e estabilizar a tecnologia num período máximo de cinco anos, tornando-a exequível em alvos terapêuticos diversificados e produzir de forma massiva estes instrumentos.
Inicialmente concebida para substituir a administração de medicamentos menos eficazes quando tomados por via oral, as perspectivas que esta tecnologia abre à Medicina são gigantescas, podendo vir a constituir a via de eleição para a administração não somente de insulina como também das chamadas drogas do futuro: as “drogas inteligentes” ou “molecularly targeted drugs”.
Esta nova abordagem de design de medicamentos, que assenta na manipulação molecular de drogas já existentes e/ou na concepção de raiz de novas drogas que permitam atingir de forma ultra seletiva estruturas celulares ou percursores bioquímicos que se sabem ser responsáveis por determinadas patologias, nomeadamente algumas patologias cancerosas, é claramente o futuro da Medicina. Associadas, estas abordagens de “biosensing” - o diagnóstico assente nos microarrays que já nestas páginas referimos, as “drogas inteligentes”, os microchips medicinais e outras novas formas inovadoras de terapêutica, como as decorrentes da tecnologia do BST-Gel produzido pela Biosyntech, que já se alinham no horizonte clínico - prometem alterar radicalmente a forma como hoje abordamos o diagnóstico e a terapêutica das patologias e consequentemente a saúde e a doença e abrir novas perspectivas bem mais animadoras para a Humanidade.
We say, let it chip...
Fonte: http://obviousmag.org/

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