Festival de cinema mudo da Itália homenageia pioneiros do documentário brasileiro
Pordenone - Dois pioneiros dos documentários no Brasil são os homenageados na 29ª edição das Jornadas de Cinema Mudo de Pordenone, no noroeste da Itália, que acontecerão até o dia 9 de outubro.
No domingo, foram apresentadas produções de Luiz Thomas Reis, "Rituais e festas bororo", de 1917, e "Parimã, fronteiras do Brasil" e "Viagem a Roraima", de 1927. "No rastro do Eldorado", de 1925, de autoria de Silvino Santos, foi apresentado hoje.
As Jornadas de Pordenone não costumam exibir o cinema latino-americano mudo, em parte devido ao pouco material disponível -- calcula-se que apenas 10% da produção brasileira se salvou, na sua maioria documentários --, mas sobretudo pela falta de recursos econômicos destinados a restaurar o que existe.
Estes documentários permitem ao Brasil ter uma visão inestimável da vida social, política, econômica, geográfica e cultural do começo do século XX.
Enquanto "Rituais e festas bororo" tem valor antropológico porque mostra os rituais e festas da etnia indígena bororo da Amazônia, "Parimã, fronteiras do Brasil" e "Viagem a Roraima" são de interesse geográfico e militar ao documentar as viagens pela selva amazônica na fronteira com a Venezuela e as Guianas.
"No rastro do Eldorado", por outro lado, relata a expedição realizada entre 1924 e 1925 pelo norte-americano Alexander Hamilton Rice, da Universidade de Harvard, que percorreu a floresta amazônica e o estuário do Rio Amazonas ajudando a traçar os mapas de uma região até aquele momento desconhecida.
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