Pesquisadores dizem que solo do Acre possui características únicas
Amostras não se enquadram em sistema nacional de classificação de solos
Cientistas selecionaram 11 perfis de solo do estado e enviaram a pesquisadores de todo o país para análise. Crédito: Globo Amazônia
O solo do Acre tem características específicas e pouco comuns no restante do país, segundo pesquisadores que realizaram uma expedição pelo Estado entre os dias 12 e 17 do mês passado. Durante a 9ª Reunião Brasileira de Classificação e Correlação dos Solos, cientistas recolheram amostras da região com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre a área, ainda pouco estudada.
De acordo com Lucielio Manoel da Silva, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Acre e um dos organizadores da expedição, a terra do Estado tem características que não se enquadram em nenhum padrão do Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS). "O do Acre ainda é muito pouco estudado. Em algumas regiões, identificamos alta fertilidade, onde não é necessário adubar nem colocar calcário para plantar. Existem poucos solos assim", diz ele. A alta fertilidade dos solos do Acre pode ser explicada, em parte, pela formação geológica da região, segundo Silva. A área é influenciada pela proximidade com a Cordilheira dos Andes.
Uma das substâncias mais comuns nas amostras do Estado é o alumínio. De acordo com Silva, a concentração de alumínio no solo é, em algumas regiões do Acre, cerca de 30 vezes mais alta do que o teor que a maior parte das plantas resistem. "O alumínio pode impedir as plantas de se desenvolverem, mas isso não ocorre no Acre e caracteriza um tipo de solo para o qual não existe classificação", diz ele.
Agrônomo do Centro Nacional de Pesquisas de Solo da Embrapa e membro do comitê do SiBCS, Humberto Gonçalves dos Santos explica que a falta de classificação é "normal". "Os métodos de análises às vezes não estão adequados às características do solo do Acre. Por isso, é preciso haver mais pesquisa", diz. Santos diz que a falta de classificação também se aplica a outras regiões, como no Sul do país e na Caatinga. "Cada bioma tem sua peculiaridade. Se houvesse uma lista das características mais incomuns, o Acre estaria no topo".
De acordo com os pesquisadores, o perfil do solo do Acre exige técnicas de manejo diferenciado. Da mesma forma, algumas características poderiam ser aproveitadas por indústrias distintas, como a da cerâmica ou de construção civil, já que o Estado engloba áreas com argilas altamente pegajosas e outras com bastante areia. A partir da expedição, os cientistas selecionaram 11 perfis das terras ali presentes e enviaram amostras para serem analisadas por pesquisadores de todo o Brasil.
De acordo com Lucielio Manoel da Silva, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Acre e um dos organizadores da expedição, a terra do Estado tem características que não se enquadram em nenhum padrão do Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS). "O do Acre ainda é muito pouco estudado. Em algumas regiões, identificamos alta fertilidade, onde não é necessário adubar nem colocar calcário para plantar. Existem poucos solos assim", diz ele. A alta fertilidade dos solos do Acre pode ser explicada, em parte, pela formação geológica da região, segundo Silva. A área é influenciada pela proximidade com a Cordilheira dos Andes.
Uma das substâncias mais comuns nas amostras do Estado é o alumínio. De acordo com Silva, a concentração de alumínio no solo é, em algumas regiões do Acre, cerca de 30 vezes mais alta do que o teor que a maior parte das plantas resistem. "O alumínio pode impedir as plantas de se desenvolverem, mas isso não ocorre no Acre e caracteriza um tipo de solo para o qual não existe classificação", diz ele.
Agrônomo do Centro Nacional de Pesquisas de Solo da Embrapa e membro do comitê do SiBCS, Humberto Gonçalves dos Santos explica que a falta de classificação é "normal". "Os métodos de análises às vezes não estão adequados às características do solo do Acre. Por isso, é preciso haver mais pesquisa", diz. Santos diz que a falta de classificação também se aplica a outras regiões, como no Sul do país e na Caatinga. "Cada bioma tem sua peculiaridade. Se houvesse uma lista das características mais incomuns, o Acre estaria no topo".
De acordo com os pesquisadores, o perfil do solo do Acre exige técnicas de manejo diferenciado. Da mesma forma, algumas características poderiam ser aproveitadas por indústrias distintas, como a da cerâmica ou de construção civil, já que o Estado engloba áreas com argilas altamente pegajosas e outras com bastante areia. A partir da expedição, os cientistas selecionaram 11 perfis das terras ali presentes e enviaram amostras para serem analisadas por pesquisadores de todo o Brasil.
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Consultor da Revista UFO Brasil
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