sábado, 23 de outubro de 2010

Reunião do G20 na Coreia do Sul define reforma no FMI

Ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais posam para foto na Coreia do Sul.
(Foto: AP)

Os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 – grupo que reúne os países ricos e as potências emergentes. - decidiram neste sábado (23), em Gyeongjuna, na Coreia do Sul, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve passar por uma grande reforma.

Dentre as principais mudanças acertadas na reunião está a transferência de maior poder de decisão aos países emergentes. Foi decidido também que haverá uma reestruturação no sistema bancário e a nas instituições financeiras dos países desenvolvidos, responsáveis pela crise econômica mundial de 2009.

O diretor-geral do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, classificou a reforma como "a mais importante já adotada no governo do Fundo Monetário Internacional". A alteração proposta também visa aumentar o capital do FMI.

A União Europeia se comprometeu a ceder dois dos nove assentos a que tem direito no diretório do organismo, composto por 24 membros. Ainda não há definição, no entanto, de como serão distribuídas essas duas cadeiras.

Câmbio
Ao longo da sexta-feira, a “guerra cambial” e, na esteira dela, a proposta dos Estados Unidos de estabelecer limites para os desequilíbrios externos, como maneira de pressionar os países com superávit a deixar que suas moedas se valorizem foram os destaques do encontro.

Em uma carta aos ministros participantes do encontro, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou que os países deveriam implementar políticas para reduzir os desequilíbrios em conta corrente para um nível inferior a determinada parcela do Produto Interno Bruto (PIB).

O ministro de Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, disse que Geithner propôs limitar os superávits e déficits em conta corrente a 4% do PIB.

Esse clima destacou as dificuldades que o G20 enfrenta, à medida que tenta colocar a economia mundial em um ritmo mais estável e acalmar as tensões cambiais.

Embora o G20 tenha sido parabenizado pela coordenação de pacotes de estímulo durante a crise financeira global, sua unidade tem sido testada por baixo crescimento nos países ricos e tentativas de algumas economias emergentes de preservar sua competitividade comercial mantendo as moedas desvalorizadas.

Histórico
O G20 foi criado em 1999, na esteira da crise financeira asiática de 1997, para reunir as principais economias ricas e emergentes para estabilizar o mercado financeiro global.

Desde a sua criação, o G20 realiza reúne os ministros das Finanças e presidentes dos Bancos Centrais destes países para discutir medidas para promover a estabilidade financeira do mundo e alcançar um crescimento sustentável e equilibrado.

G1 com informações das agências EFE, France Presse e Reuters.

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