Pela primeira vez, cientistas conseguem criar e armazenar átomos de antimatéria

Matéria comum e antimatéria se destroem ao entrar em contato, produzindo radiação
Ilustração. Crédito: Stfc
Por Carlos Orsi

Ineditamente, cientistas conseguiram não só produzir como estocar e liberar, de forma controlada, átomos de anti-hidrogênio, a versão em antimatéria dos átomos de hidrogênio, os mais simples encontrados na natureza. Publicado antecipadamente no site da revista Nature, o artigo assinado pela equipe do dinamarquês Jeffrey Hangst descreve a tecnologia usada para criar e aprisionar - por 170 milissegundos - pelo menos 38 átomos desse "hidrogênio negativo".

Antimatéria é composta por partículas idênticas às da matéria comum mas, no caso das versões "antimateriais" do próton e do elétron, dotadas de carga elétrica oposta. Os antiprótons têm carga negativa e os antielétrons, ou pósitrons, carga positiva. No entanto, mesmo partículas desprovidas de carga elétrica, como o nêutron e o neutrino, têm contrapartes na antimatéria.

Átomos de anti-hidrogênio já haviam sido criados anteriormente. Mas matéria comum e antimatéria se destroem ao entrar em contato, produzindo radiação. Essa característica é usada na tecnologia médica, onde a chamada tomografia PET se vale da desintegração de pósitrons para gerar os sinais que são captados pelo equipamento de imagem...
 
agradecimentos a: 
Paulo R. Poian.
Consultor da Revista UFO Brasil

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