Centros de ensino para jovens superdotados - os 'Institutos X' brasileiros
Como funcionam e de que forma detectar uma criança dentro destes parâmetros
É necessário compreendê-los, mas nunca mistificá-los. Crédito: Nightlightceilings
Por Paulo R. PoianNa tarde do último dia 09 de dezembro, aconteceu a inauguração do Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET), na cidade de Poços de Caldas (MG). É voltado a estudantes dotados de talentos especiais e já possui 97 alunos. No local, as crianças atuam nas áreas de geologia, astronomia, pintura, artesanato, entre outras. A metodologia foi registrada como propriedade intelectual da psicóloga Zenita Guenther e cada jovem é atendido individualmente, garantindo o desenvolvimento das capacidades.
Resolvendo investigar sobre o assunto, este autor confirmou que, na verdade, trata-se de um (aparentemente) bem sucedido programa de implantação [Mais específico a partir da página 5] do Governo Federal, levado adiante há anos.
Cada um dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal possuem um núcleo de atividades de altas habilidades, ou superdotação, chamados de Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), estendidos para uma rede de cidades espalhadas em território nacional.
Tais espaços estão voltados para o atendimento aos alunos com altas habilidades, preparados para identificar, atender e estimular o potencial criativo de crianças e adolescentes matriculados no sistema público de ensino (Agência Senado, 2008).
O Quociente Intelectual (QI) da humanidade está efetivamente aumentando. Desde que se começou a fazer avaliações formais para o índice, no início do século 20, a pontuação média vem crescendo ao longo das gerações. Segundo especialistas, uma das explicações para esse fenômeno, também chamado "efeito Flynn", é a melhoria da qualidade de vida da população, o aspecto sociocultural, aumento da oferta de informação e de oportunidades de desenvolvimento cognitivo etc.
Além de um alto QI, que há tempos deixou de ser a única medida de inteligência e atualmente chega a ser questionado sobre sua real capacidade de "detecção da sapiência", há crianças que podem ser classificadas como superdotadas por se destacarem em diversas áreas.
A definição adotada oficialmente no Brasil para o conceito de superdotação - ou altas habilidades, como é mais recentemente conhecido - abrange, além da inteligência formal, áreas como criatividade, liderança, motivação, artes e desenvolvimento psicomotor.
Para identificar essas crianças - cercadas por muitos mitos que acentuam o desconhecimento deste tema em nossa comunidade - e prestar-lhes um atendimento diferenciado, o governo brasileiro criou centros específicos para esse público. A idéia é oferecer apoio para que desenvolvam suas habilidades - área em que o Brasil ainda tem pouca tradição em relação a outros países.
Algumas entidades à nível estadual e federal:
Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET);
Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD);
Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotação (Abahsd);
Associação de Pais e Amigos para Apoio ao Talento (ASPAT);
Mensa Brasil.
Algumas dicas úteis
O superdotado pode ter qualquer perfil, do mais bagunceiro ao braço direito, passando pelo tímido. O que o torna diferente é a habilidade acima da média em uma área específica do conhecimento. Isso pode ter razões genéticas ou ter sido moldado pelo ambiente em que o aluno vive.
Raramente, os superdotados têm múltiplas habilidades. Portanto, uma boa pista para encontrá-los é reparar no desempenho e no interesse muito maiores por um determinado assunto.
O professor (a família principalmente, claro!) deve desconfiar de estudantes com vocabulário avançado, perfeccionistas, contestadores, sensíveis a temas mais abordados por adultos e que não gostem de rotina (Revista Escola, 2009).
O Ministério da Educação montou um formulário com 24 frases que ajudam a identificar estudantes assim:
1. Aprende fácil e rapidamente;
2. É original, imaginativo, criativo, não convencional;
3. Está sempre bem informado, inclusive em áreas não comuns;
4. Pensa de forma incomum para resolver problemas;
5. É persistente, independente, autodirecionado (faz coisas sem que seja mandado);
6. Persuasivo, é capaz de influenciar os outros;
7. Mostra senso comum e pode não tolerar tolices;
8. Inquisitivo e cético, está sempre curioso sobre o como e o porquê das coisas;
9. Adapta-se com bastante rapidez a novas situações e a novos ambientes;
10. É esperto ao fazer coisas com materiais comuns;
11. Tem muitas habilidades nas artes (música, dança, desenho etc);
12. Entende a importância da natureza (tempo, Lua, Sol, estrelas, solo etc);
13. Tem vocabulário excepcional, é verbalmente fluente;
14. Aprende facilmente novas línguas;
15. Trabalhador independente;
16. Tem bom julgamento, é lógico;
17. É flexível e aberto;
18. Versátil, tem múltiplos interesses, alguns deles acima da idade cronológica;
19. Mostra sacadas e percepções incomuns;
20. Demonstra alto nível de sensibilidade e empatia com os outros;
21. Apresenta excelente senso de humor;
22. Resiste à rotina e à repetição;
23. Expressa idéias e reações, freqüentemente de forma argumentativa;
24. É sensível à verdade e à honra (MEC).
Mau comportamento pode ser bom sinal
O histórico escolar de Louis Pasteur, Albert Einstein, Walt Disney e Isaac Newton costuma chocar quem espera um comportamento "exemplar". O francês responsável pelas primeiras vacinas era mau aluno, especialmente em química...
Resolvendo investigar sobre o assunto, este autor confirmou que, na verdade, trata-se de um (aparentemente) bem sucedido programa de implantação [Mais específico a partir da página 5] do Governo Federal, levado adiante há anos.
Cada um dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal possuem um núcleo de atividades de altas habilidades, ou superdotação, chamados de Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), estendidos para uma rede de cidades espalhadas em território nacional.
Tais espaços estão voltados para o atendimento aos alunos com altas habilidades, preparados para identificar, atender e estimular o potencial criativo de crianças e adolescentes matriculados no sistema público de ensino (Agência Senado, 2008).
O Quociente Intelectual (QI) da humanidade está efetivamente aumentando. Desde que se começou a fazer avaliações formais para o índice, no início do século 20, a pontuação média vem crescendo ao longo das gerações. Segundo especialistas, uma das explicações para esse fenômeno, também chamado "efeito Flynn", é a melhoria da qualidade de vida da população, o aspecto sociocultural, aumento da oferta de informação e de oportunidades de desenvolvimento cognitivo etc.
Além de um alto QI, que há tempos deixou de ser a única medida de inteligência e atualmente chega a ser questionado sobre sua real capacidade de "detecção da sapiência", há crianças que podem ser classificadas como superdotadas por se destacarem em diversas áreas.
A definição adotada oficialmente no Brasil para o conceito de superdotação - ou altas habilidades, como é mais recentemente conhecido - abrange, além da inteligência formal, áreas como criatividade, liderança, motivação, artes e desenvolvimento psicomotor.
Para identificar essas crianças - cercadas por muitos mitos que acentuam o desconhecimento deste tema em nossa comunidade - e prestar-lhes um atendimento diferenciado, o governo brasileiro criou centros específicos para esse público. A idéia é oferecer apoio para que desenvolvam suas habilidades - área em que o Brasil ainda tem pouca tradição em relação a outros países.
Algumas entidades à nível estadual e federal:
Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET);
Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD);
Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotação (Abahsd);
Associação de Pais e Amigos para Apoio ao Talento (ASPAT);
Mensa Brasil.
Algumas dicas úteis
O superdotado pode ter qualquer perfil, do mais bagunceiro ao braço direito, passando pelo tímido. O que o torna diferente é a habilidade acima da média em uma área específica do conhecimento. Isso pode ter razões genéticas ou ter sido moldado pelo ambiente em que o aluno vive.
Raramente, os superdotados têm múltiplas habilidades. Portanto, uma boa pista para encontrá-los é reparar no desempenho e no interesse muito maiores por um determinado assunto.
O professor (a família principalmente, claro!) deve desconfiar de estudantes com vocabulário avançado, perfeccionistas, contestadores, sensíveis a temas mais abordados por adultos e que não gostem de rotina (Revista Escola, 2009).
O Ministério da Educação montou um formulário com 24 frases que ajudam a identificar estudantes assim:
1. Aprende fácil e rapidamente;
2. É original, imaginativo, criativo, não convencional;
3. Está sempre bem informado, inclusive em áreas não comuns;
4. Pensa de forma incomum para resolver problemas;
5. É persistente, independente, autodirecionado (faz coisas sem que seja mandado);
6. Persuasivo, é capaz de influenciar os outros;
7. Mostra senso comum e pode não tolerar tolices;
8. Inquisitivo e cético, está sempre curioso sobre o como e o porquê das coisas;
9. Adapta-se com bastante rapidez a novas situações e a novos ambientes;
10. É esperto ao fazer coisas com materiais comuns;
11. Tem muitas habilidades nas artes (música, dança, desenho etc);
12. Entende a importância da natureza (tempo, Lua, Sol, estrelas, solo etc);
13. Tem vocabulário excepcional, é verbalmente fluente;
14. Aprende facilmente novas línguas;
15. Trabalhador independente;
16. Tem bom julgamento, é lógico;
17. É flexível e aberto;
18. Versátil, tem múltiplos interesses, alguns deles acima da idade cronológica;
19. Mostra sacadas e percepções incomuns;
20. Demonstra alto nível de sensibilidade e empatia com os outros;
21. Apresenta excelente senso de humor;
22. Resiste à rotina e à repetição;
23. Expressa idéias e reações, freqüentemente de forma argumentativa;
24. É sensível à verdade e à honra (MEC).
Mau comportamento pode ser bom sinal
O histórico escolar de Louis Pasteur, Albert Einstein, Walt Disney e Isaac Newton costuma chocar quem espera um comportamento "exemplar". O francês responsável pelas primeiras vacinas era mau aluno, especialmente em química...
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Consultor da Revista UFO Brasil
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