Frattini duvida que brasileiros aceitem cidadania de Battisti
O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, declarou que não sabe se os brasileiros estão contentes com a possibilidade do presidente Luis Inácio Lula da Silva conceder refúgio político ao ex-militante italiano de extrema esquerda, Cesare Battisti.
"Ouvi dizer que existiria a idéia de conceder a cidadania [brasileira] a Battisti", disse o chanceler, em referência aos rumores de que Lula pode decidir sobre a situação do italiano na próxima terça-feira, 18, dia de seu aniversário. Uma possível concessão de refúgio a Battisti permitiria a ele que obtivesse cidadania brasileira.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos perpetrados na década de 70, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Frattini, porém, disse que não sabe "se os cidadãos brasileiros estão contentes de ter como co-cidadão um terrorista homicida". As autoridades italianas promoveram uma ação judicial pela extradição de Battisti, que fugiu de seu país há décadas.
O STF votou majoritariamente pela extradição do italiano, que está preso no Brasil desde 2007 e atualmente está detido na penitenciária da Papuda, na periferia de Brasília.
"O Brasil é um país soberano e nós não temos o poder de impor obviamente nada", atestou o ministro das Relações Exteriores da Itália, negando que suas declarações sejam uma forma de pressão sobre o governo brasileiro.
"Eu, porém, ainda não posso acreditar. O presidente Lula acabaria o seu mandato de forma obscura caso negasse à restituição de um terrorista aos cárceres italianos", acrescentou ele.
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