Genoma de orangotango é mais diverso e estável que o de humanos
Aberto novo caminho para estudo da evolução humana
Exemplar da mesma espécie de Susie, um orangotando de Sumatra Pongo abelii. Crédito: Fotopédia
Por Maria Fernanda Ziegler/iG O seqüenciamento genético de um orangotango fêmea de Sumatra, chamada Susie, mostrou que o genoma destes animais é mais variado que o de humanos, embora tenha evoluído de maneira mais lenta. Os pesquisadores também descobriram que os genomas de humanos e orangotangos é 97% idêntico.
As descobertas abrem caminho para estudos sobre a evolução dos hominídeos por sugerir que os orangotangos são mais próximos geneticamente de um suposto ancestral comum aos grandes primatas.
O motivo para a estabilidade no genoma do orangotango ainda não é sabido pelos cientistas, mas o seqüenciamento mostrou que um elemento repetitivo – um grupo de genes chamado de família Alu – ficou inativo na linhagem dos orangotangos em comparação a humanos e chimpanzés.
"É interessante, pois houve uma aceleração neste tempo de evolução em humanos e chimpanzés, enquanto orangotangos mostraram o padrão oposto, extremamente estável", disse Devin Locke, geneticista da Universidade de Washington e que liderou estudo publicado na próxima edição do periódico científico Nature.
Locke explica que os genes Alu compõem aproximadamente 10% de todo o genoma humano e há mais de um milhão de cópias deles. "Ele é muito importante e a falta de atividade deste elemento em orangotangos pode estar relacionado com esta estabilidade estrutural", disse.
Além do mapeamento genético de Susie, que é da espécie Pongo abelii, os cientistas seqüenciaram o genoma de outros cinco orangotangos de Sumatra e outros cinco de Bornéu, todos da outra espécie que sobreviveu até hoje, a Pongo pygmaeus.
A comparação mostrou que as duas espécies divergiram há 400 mil anos – estudos prévios sugeriam algo em torno de um milhão de anos. "Isto mostra que a história da população de orangotangos é muito mais complexa do que imaginávamos", disse.
O motivo desta diferença ainda é um mistério, Devin lembrou que a população humana é enorme e não muito diversa geneticamente. "Muita coisa ainda precisa ser respondida, mas agora temos ferramentas genéticas, como o genoma seqüenciado e dados sobre a população, para começar a abordar essas questões", disse.
As descobertas abrem caminho para estudos sobre a evolução dos hominídeos por sugerir que os orangotangos são mais próximos geneticamente de um suposto ancestral comum aos grandes primatas.
O motivo para a estabilidade no genoma do orangotango ainda não é sabido pelos cientistas, mas o seqüenciamento mostrou que um elemento repetitivo – um grupo de genes chamado de família Alu – ficou inativo na linhagem dos orangotangos em comparação a humanos e chimpanzés.
"É interessante, pois houve uma aceleração neste tempo de evolução em humanos e chimpanzés, enquanto orangotangos mostraram o padrão oposto, extremamente estável", disse Devin Locke, geneticista da Universidade de Washington e que liderou estudo publicado na próxima edição do periódico científico Nature.
Locke explica que os genes Alu compõem aproximadamente 10% de todo o genoma humano e há mais de um milhão de cópias deles. "Ele é muito importante e a falta de atividade deste elemento em orangotangos pode estar relacionado com esta estabilidade estrutural", disse.
Além do mapeamento genético de Susie, que é da espécie Pongo abelii, os cientistas seqüenciaram o genoma de outros cinco orangotangos de Sumatra e outros cinco de Bornéu, todos da outra espécie que sobreviveu até hoje, a Pongo pygmaeus.
A comparação mostrou que as duas espécies divergiram há 400 mil anos – estudos prévios sugeriam algo em torno de um milhão de anos. "Isto mostra que a história da população de orangotangos é muito mais complexa do que imaginávamos", disse.
O motivo desta diferença ainda é um mistério, Devin lembrou que a população humana é enorme e não muito diversa geneticamente. "Muita coisa ainda precisa ser respondida, mas agora temos ferramentas genéticas, como o genoma seqüenciado e dados sobre a população, para começar a abordar essas questões", disse.
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Consultor da Revista UFO Brasil
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