domingo, 27 de março de 2011

Mulheres e crianças têm assistência integral em Minas com o programa Viva Vida

A Taxa de Mortalidade Infantil, que mede o número de crianças com menos de 1 ano de idade a cada 1.000 nascidos vivos, vem caindo em Minas Gerais. Quando comparada essa taxa de 2010 (dados preliminares) em relação a de 2003, nota-se redução de 24,56%. Essa redução só foi possível após a estruturação do Programa de Redução da Mortalidade Infantil e Materna (Viva Vida), criado em 2003, com o foco voltado para a mulher e a criança. 
 


Por meio de ações de fortalecimento da rede de prevenção, assistência integral a mulheres e crianças, incluindo ações educativas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, além da assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, a rede foi planejada de modo que ambas possam ter atendimento de qualidade o mais próximo possível da região de sua moradia.

A partir de sua implantação, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), investiu, até 2010, R$ 129,5 milhões em aproximadamente 700 municípios mineiros. O recurso do Tesouro do Estado foi destinado para a estruturação, qualificação e mobilização social da Rede Viva Vida.

“O Programa Viva Vida é um marco na assistência materna e infantil em Minas. Destaco três aspectos que acho mais relevantes. Do ponto de vista político, o Viva Vida inscreveu definitivamente a causa da redução da mortalidade infantil e materna na agenda do Governo de Minas. Do ponto de vista administrativo, a definição do conceito da Rede Viva Vida operacionalizou e ampliou as ações na saúde da mulher e da criança nas regiões. Por fim, financeiramente, houve investimentos de recursos próprios do Estado nessa Rede, por meio do Programa.”, destacou o gestor do programa, Alisson Faria.

O Viva Vida realizou mais de 2 milhões de mamografias e dobrou o número de UTIs neonatais, cobrindo uma população de mais de 8 milhões de gestantes e crianças em todo o Estado.

Nos Centros Viva Vida, os serviços abrangem consultas ginecológicas, exames de prevenção de câncer de mama e de colo uterino e atendimento especializado a gestantes e recém-nascidos de alto risco. São colocados à disposição dos usuários, profissionais como ginecologista, assistente social, nutricionista, enfermeiro, mastologista, urologista, fisioterapeuta e psicólogo.

Os investimentos estão garantindo a construção e custeio de materiais de 37 Centros Viva Vida em todas as regiões do Estado. Do total, 24 centros já foram inaugurados nos municípios de Brasília de Minas, Itabirito, Santo Antônio do Monte, Janaúba, Capelinha, Frutal, Governador Valadares, Sete Lagoas, São Lourenço, Lavras, Taiobeiras, Januária, Juiz de Fora, São João Del Rei, Leopoldina, Santa Luzia, Patrocínio, Campo Belo, Jequitinhonha, Teófilo Otoni, Manhuaçu, Diamantina, Itabira e Viçosa. Outros três centros devem ser implantados em 2011, nos municípios de Ribeirão das Neves, Pirapora e Patos de Minas.

Casa da Gestante

Implantada também dentro do Viva Vida, a Casa da Gestante é um local de apoio, próximo ou dentro das maternidades, onde as gestantes de alto risco que não precisam de internação, mas necessitam de cuidados próximos ao parto, recebem abrigo e atendimento na casa, que fica nas dependências do hospital.

Além das futuras mamães com intercorrências clínicas, a Casa da Gestante oferece apoio às mães no período pós-parto que tenham seus bebês em recuperação na UTI Neonatal, garantindo a humanização da assistência.

“As Casas de Apoio à Gestante contribuem para a diminuição da morte materna e infantil na medida em que possibilitam o deslocamento da criança ainda na barriga da mãe em uma gestação de alto risco. Se houver algum problema, ambos estarão perto do hospital onde o parto será realizado. Além disso, estimulam a humanização do cuidado por manter a mãe desospitalizada e perto do recém-nascido que ainda precisa de cuidados hospitalares.”, comentou Alisson.

Dados do Sistema Único de Saúde apontam que em Minas Gerais, em 2010, 69,2% das gestantes atendidas pelos SUS fizeram sete ou mais consultas. Em 2002, apenas 48,8% das gestantes conseguiam esse número de consultas. Houve também queda na Razão da Morte Materna (RMM), de 39,31 para 36,95, entre 2003 e os dados preliminares de 2010, o que representou uma diminuição de 6,00%.

Ao todo, são sete Casas da Gestante no Estado. Belo Horizonte conta com três, no Hospital Julia Kubistchek, Maternidade Odete Valadares e Sofia Feldman; em Juiz de Fora no Hospital João Penido; em Barbacena, na Santa Casa de Misericórdia; em Patos de Minas, no Hospital Regional Antônio Dias; e em Varginha, na Fundação Municipal. A Casa de Montes Claros está prevista e em fase de licitação para início das obras. No planejamento da SES está a construção de 13 Casas, uma em cada macrorregião.

Na Casa, a mamãe tem acompanhamento de médico e enfermeiro obstetra, assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, nutricionistas e plantonistas.

Para manter a ideia de uma “casa”, toda a instalação é mobiliada com camas, armários, mesas, cadeiras e com eletrodomésticos, como televisão, fogão, geladeira, entre outros. Apesar de contar com uma cozinha montada, toda a refeição é fornecida pelo hospital.

Algumas Casas também contam o Centro de Convivência, um espaço destinado às mães para lazer, trabalhos manuais e o aprendizado dos cuidados básicos com seus bebês.

Defesa da Vida

Para obter qualidade na geração de dados, o Viva Vida vem implantando, em todo o Estado, os Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna e Prevenção do Óbito Fetal e Infantil. Esses órgãos são estruturados com o objetivo de identificar o óbito e investigar a sua causa, levando a uma notificação real e adequada.

A ação dos comitês permite um diagnóstico preciso e atualizado da mortalidade infantil e materna, norteando correções para as ações planejadas.

Outra grande estratégia se baseia na ideia de que a defesa da vida é uma causa de todos. É nesse sentido que atua a Mobilização Social, que procura inserir representantes de organizações governamentais e não governamentais no Programa Viva Vida. Tais atores são estimulados a agir em defesa da redução da mortalidade infantil e materna em seus campos de atuação específicos e áreas de abrangência estadual, microrregional e municipal.
jornalvarginhahoje

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