Pinturas semelhantes às encontradas no Codex de Dresden são descobertas na Guatemala
Por Helen Thompson/Nature/Scientific American Brasil
Arqueólogos descobriram o que parece ser a mais antiga evidência até o momento da sofisticada astronomia e dos rituais de contagem do tempo dos antigos maias
O Códice de Dresden encontra-se na biblioteca estadual de Dresden, na Alemanha. É o mais elaborado dos codex maias, bem como uma importante obra de arte, com 39 páginas ou folhas. Crédito: World Destiny
A descoberta – datas, tabelas e representações de divindades lunares pintadas e gravadas nas paredes de uma pequena câmara – foi feita no ano passado, na floresta tropical da Guatemala, durante escavações na cidade maia de Xultun. O local era uma próspera metrópole há cerca de 1.200 anos, o que corresponde a várias das datas presentes no mural. "Desconfiamos que fosse o local de trabalho de um sacerdote, escriba ou astrônomo", suspeita David Stuart, antropólogo da University Texas, em Austin, e coautor de um estudo sobre as pinturas, publicado na Science.
As tábuas se parecem com as encontradas no Codex de Dresden, um livreto feito de cascas de árvore que data do final do período Pós-Clássico da civilização maia, começando por volta de 1300. As pinturas de Xultun são as únicas fontes encontradas que representam informações astronômicas do período Maia Clássico (por volta de 250-900).
As chances de as pinturas terem sido conservadas e descobertas eram poucas. Apesar de os arqueólogos mapearem Xultun nas décadas de 20 e 70, as escavações só começaram em 2010. "Durante esse intervalo o local foi muito pilhado, absolutamente destruído", lamenta Bill Saturno, arqueólogo da Boston University, em Massachusetts, que está à frente da escavação de Xultun e é coautor do artigo.
Em março de 2010, o estudante Max Chamberlain, aluno de Saturno, verificou uma das escavações que haviam sido pilhadas e encontrou uma parede exposta, com traços de tinta vermelha e branca. Saturno decidiu escavar mais 30 centímetros e descobriu a pintura de um dos governantes de Xultun sentado em seu trono, usando um brilhante cocar de penas azuis. "Não é comum encontrar pinturas. Elas não costumam ser bem preservadas, a menos que haja condições ambientais especiais", observa Saturno. "O fato de essa ter sido tão bem preservada é muito peculiar". Os maias reforçaram a sala cuidadosamente com uma mistura de pedra, terra e cerâmica antes de selar a porta, em vez de colapsar o teto e nivelá-lo por cima, como era comum ao se fazer novas construções.
Saturno continuou escavando e observou que todas as paredes apresentavam pinturas adornadas com hieróglifos maias. A equipe também encontrou um artefato: um dispositivo usado para cortar papel feito de casca de árvores. Hieróglifos cobriam a parede leste e, em alguns casos, as imagens haviam sido recobertas para abrir novo espaço para escrita. Dois conjuntos se destacaram: um arranjo de números maias, representados por barras e pontos, na parede norte, e uma tabela de números de 27 colunas, na parede leste.
Durante a noite, quando podiam maximizar o contraste e destacar os detalhes da pintura, os pesquisadores escanearam as imagens do mural. Alguns dos símbolos não estavam bem preservados e tiveram que ser reconstruídos posteriormente com base no conhecimento pré-existente sobre os cálculos dos calendários maias...
As tábuas se parecem com as encontradas no Codex de Dresden, um livreto feito de cascas de árvore que data do final do período Pós-Clássico da civilização maia, começando por volta de 1300. As pinturas de Xultun são as únicas fontes encontradas que representam informações astronômicas do período Maia Clássico (por volta de 250-900).
As chances de as pinturas terem sido conservadas e descobertas eram poucas. Apesar de os arqueólogos mapearem Xultun nas décadas de 20 e 70, as escavações só começaram em 2010. "Durante esse intervalo o local foi muito pilhado, absolutamente destruído", lamenta Bill Saturno, arqueólogo da Boston University, em Massachusetts, que está à frente da escavação de Xultun e é coautor do artigo.
Em março de 2010, o estudante Max Chamberlain, aluno de Saturno, verificou uma das escavações que haviam sido pilhadas e encontrou uma parede exposta, com traços de tinta vermelha e branca. Saturno decidiu escavar mais 30 centímetros e descobriu a pintura de um dos governantes de Xultun sentado em seu trono, usando um brilhante cocar de penas azuis. "Não é comum encontrar pinturas. Elas não costumam ser bem preservadas, a menos que haja condições ambientais especiais", observa Saturno. "O fato de essa ter sido tão bem preservada é muito peculiar". Os maias reforçaram a sala cuidadosamente com uma mistura de pedra, terra e cerâmica antes de selar a porta, em vez de colapsar o teto e nivelá-lo por cima, como era comum ao se fazer novas construções.
Saturno continuou escavando e observou que todas as paredes apresentavam pinturas adornadas com hieróglifos maias. A equipe também encontrou um artefato: um dispositivo usado para cortar papel feito de casca de árvores. Hieróglifos cobriam a parede leste e, em alguns casos, as imagens haviam sido recobertas para abrir novo espaço para escrita. Dois conjuntos se destacaram: um arranjo de números maias, representados por barras e pontos, na parede norte, e uma tabela de números de 27 colunas, na parede leste.
Durante a noite, quando podiam maximizar o contraste e destacar os detalhes da pintura, os pesquisadores escanearam as imagens do mural. Alguns dos símbolos não estavam bem preservados e tiveram que ser reconstruídos posteriormente com base no conhecimento pré-existente sobre os cálculos dos calendários maias...
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Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Consultor da Revista UFO Brasil
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