Itália não poderá ceder bases à OTAN e EUA em possível ataque à Líbia
Silvio Berlusconi com o líder líbio Muammar Gheddafi (La Stampa)
A Itália se comprometeu em não usar e, sobretudo, não deixar que a OTAN e os Estados Unidos usem as bases de seu território para uma possível "agressão" futura contra a Líbia, segundo afirmou o líder líbio Muamar Kadhafi em um discurso pronunciado na cidade de Benghazi e publicado hoje pela agência oficial do governo. Segundo Kadhafi, o acordo consta no artigo 4 do Tratado de Cooperação entre os dois países assinado no último sábado pelo premier italiano, Silvio Berlusconi, e pelo líder líbio. Kadhafi conta que foram necessárias "longas discussões", pois a Itália queria se empenhar somente em "não agredir a Líbia", enquanto os negociadores líbios reiteravam que "isto não era o suficiente", lembrando que em 1986, os norte-americanos supostamente teriam usado a ilha italiana de Lampedusa para atacar a Líbia. Kadhafi ressaltou que era importante assegurar que "nem os EUA, nem a OTAN usariam bases italianas contra a Líbia". O acordo só foi assinado após a Líbia ter ameaçado cortar as relações com a Itália, caso o país não concordasse com a exigência. O governo italiano declarou hoje em nota que o acordo "assegura todos os compromissos precedentes da Itália, segundo os princípios da legalidade internacional".
Ansa
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