O 'mito' Pavarotti
A lembrança de Pavarotti não apenas não diminui, mas se reforça, transformando-se em um mito", disse nesta terça-feira o prefeito de Modena, Giorgio Pighi, comentando, próximo do aniversário de um ano da morte de tenor, que a cidade deve ser a fiel mantenedora de sua memória. O teatro da cidade já carrega seu nome, conforme Pighi havia prometido logo após sua morte do tenor, e nas intenções da prefeitura, que trabalha em estreito contato e em acordo com a esposa de Pavarotti, Nicoletta Mantovani, e as filhas do tenor, há a idéia de realizar um local de homenagem. "Não queremos fazer um museu cheio de recordações, mas um local que as pessoas possam freqüentar. Um ano após sua morte, vendo como o mundo reagiu, percebemos mais ainda a força de sua mensagem", disse o prefeito. No dia 8 de setembro de 2007 a catedral e a praça da cidade de Modena foram tomadas por autoridades, personalidades do espetáculo e cidadãos comuns que não queriam deixar de dar seu último adeus ao tenor, em um funeral digno de um soberano. Às cinco da manhã do dia 6 de setembro do ano passado um tumor no pâncreas venceu a longa batalha travada com o rei da lírica. Luciano Pavarotti morria aos 71 anos. Ele se encontrava em sua residência em Santa Maria del Mugnano, próximo a Modena, para onde havia voltado alguns dias antes, após ter passado 18 dias internado no departamento de oncologia do Policlínico de Modena para combater uma febre alta e problemas pulmonares, que o haviam atingido enquanto estava de férias em sua mansão nas colinas de Pesaro com a mulher, Nicoletta Mantovani, e a filha Alice. Em sua casa em Modena começou logo um vai e vem de parentes e personalidades do espetáculo que chegavam para um último adeus. Uma multidão se multiplicou com o entrar da noite, quando o velório foi transferido do Catedral de Modena para a câmara ardente. Em três dias cerca de 100 mil pessoas fizeram fila para saudar Pavarotti. Entre eles o presidente italiano, Giorgio Napolitano, que disse: "quis representar pessoalmente a comoção e o reconhecimento dos italianos por quem levou para todos os lados a voz e a imagem mais pura do nosso país". No dia do funeral na Igreja de Modena estiveram presentes o ministro da Cultura italiano, Francesco Rutelli, e o premier Romano Prodi, que comentou: "Pavarotti fez da música um instrumento para vida e contra a guerra. Homenageamos também sua grande humanidade. Graças a ela, Pavarotti representará para sempre não apenas a música, mas a Itália inteira". O último adeus chegou depois com o sobrevôo de três aviões da Força Aérea italiana deixando um rastro de fumaça com as cores da bandeira do país, ao som da ária que o tornou mais célebre, "Nessun Dorma" da ópera Turandot de Giacomo Puccini.
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