Ontem foi o Dia Nacional do Imigrante Italiano no Brasil.
Apesar dos mais de 25 milhões de descendentes, e das invariáveis manifestações e proselitismos que exaltam a italianidade no país, parece que a lei se encaminha para a habitual vala comum do esquecimento. Afinal, depois de se arrastar por uma década nos tramites do Congresso Nacional, o projeto, de autoria do senador Gérson Camata, finalmente foi aprovado na Câmara dos Deputados no final de 2007, retornou ao Senado, e foi à sanção presidencial.
A presidência da República aprovou a matéria com uma sanção ao artigo 2º, que determinava aos estabelecimentos de ensino público e particular, nos níveis fundamental e médio, a inclusão, em seus calendários comemorativos, de eventos ou atividades alusivas à data.
Conforme o Palácio do Planalto, o veto ocorreu porque o artigo contrariava o interesse público, já que, segundo a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – estabelecer, em âmbito nacional, a obrigatoriedade de realização de eventos ou atividades alusivas às diferentes datas comemorativas que compõem o calendário civil no País, poderá trazer “profundas dificuldades para o desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem em nossas escolas”.
No ano passado, o veto foi analisado e mantido pela Câmara. Porém, de resto, continua em vigor a lei Nº 11.687, de 2 de junho de 2008, que institui o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
Cabe agora à comunidade ítalo-brasileira, e especialmente suas representações, mobilizar-se no sentido de fazer com que “a lei pegue”. Trata-se de uma data apenas. Mas que encerra um significado muito caro a milhões de descendentes. Na medida em que a data passa a ser valorizada e comemorada efetivamente, mais do que uma referência em nível nacional à imigração italiana, abrem-se inúmeras possibilidades, inclusive de estreitamento dos laços com a Itália.
Tudo depende da vontade popular, já que a política está feita, de aplicar na prática o discurso da italianidade.
Redação revista eletrônica Oriundi
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