Ansa recebe envelopes com intimidações a ministro e vice-presidente do Senado
Roma - A sede central da ANSA, localizada em Roma, Itália, recebeu hoje dois envelopes contendo um projétil calibre 9mm cada, com uma foto do ministro do Interior, Roberto Maroni, e outra da vice-presidente do Senado, Rosi Mauro.
Os envelopes não continham nenhum conteúdo escrito, porém mensagens intimidativas do tipo são comuns no país. Os carimbos postais revelam apenas que o envio foi feito de uma agência postal de Fiumicino, na capital italiana.
A Procuradoria local já abriu uma investigação sobre o tema, sob a coordenação da equipe antiterrorismo liderada pelo procurador-adjunto Pietro Saviotti.
Logo após o anúncio da advertência, diversas personalidades da política italiana comentaram o caso e expressaram repúdio à ação criminosa.
"Expresso solidariedade, com a consciência de que não serão feitas intimidações por estes criminosos, que continuam a ameaçar o Estado porque entenderam que o governo está intervindo com grande compromisso e energia", declarou o ministro da Justiça, Angelino Alfano, em uma nota.
Para ele, tal ação "evidencia a grande preocupação da criminalidade pela operação [realizada] pelo Estado. Os numerosos golpes inferidos nos últimos tempos contra as organizações criminosas ocorrem com um grande grau de eficiência e de repressão nunca visto".
Já o líder da Liga Norte na Câmara dos Deputados, Marco Reguzzoni, defendeu a atividade "forte" de Maroni "contra o crime organizado", o que "evidentemente começa a incomodar muito".
"È importante que os cidadãos apreciem e reconheçam os esforços e as batalhas que todos os dias levamos em frente por nosso território", declarou, por sua vez, o parlamentar Federico Bricolo, também da aliança governista.
Por sua parte, o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, enviou sua "máxima solidariedade e proximidade" ao ministro e à vice-presidente do Senado.
Segundo ele, "ameaças deste tipo tem o objetivo de fazer com que voltemos no tempo e representam uma ofensa à democracia. Convido Maroni e Mauro a continuarem com seus esforços, certo de que não serão intimidados". Em abril passado, uma carta com a advertência de um ataque contra o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi entregue pelo serviço postal à sucursal da ANSA em Bari. A mensagem, assinada por "grupos armados de libertação", estava escrita a mão e alertava sobre um atentado a bomba contra "o carro" do premier
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