domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Rússia e a Finlândia

ilustração/arq.Google

A severidade do inverno que se abatera sobre a Europa, fossem quais fossem os seus efeitos sobre as operações no ocidente, em nada contribuíra para diminuir a intensidade da guerra que se travava entre a Rússia e a Finlândia. Nas frentes de batalha que se estendiam ao Círculo Ártico, sob uma temperatura que às vezes decaía a 45°C. abaixo de zero, a luta prosseguia; e à medida que ela continuava, a fantasia exuberante dos primeiros informes sobre os êxitos finlandeses começou a dar lugar a apreciações mais sóbrias em torno das graves perspectivas que se descortinavam.

Ao iniciar-se o ano, os finlandeses ainda mostravam uma resistência de notável sucesso à contínua pressão soviética, que se manifestava em todas as frentes. O avanço norte, de Salla ao entroncamento ferroviário de Kemijaervi, encontrou uma barreira inicial a 19 de dezembro, e uma tentativa subseqüente foi paralisada em meados de janeiro. O esforço de atravessar a estreita cintura da Finlândia, com a finalidade de alcançar o golfo de Bothnia e assim cortar as ligações ferroviárias com a Suécia, levou, pelo fim do ano, à batalha de Suomussalmi, em que os finlandeses primeiro derrotaram a 163a divisão russa e depois, passada uma semana, voltaram-se contra a 44a divisão, que vinha em socorro da primeira, e castigaram-na severamente. Os ataques contra a linha Mannerheim foram repelidos com êxito; outro movimento ofensivo ao sul de Suomussalmi, em Kuhmo, foi frustrado; e a séria ofensiva ao norte do lago Ladoga, que continuou por todo o mês de janeiro, chegou até o fim desse mês sem ser coroada de sucesso decisivo.

Ao começo de fevereiro, entretanto, mudou a tática russa. Já então tivera lugar uma modificação no comando russo, e as tropas de segunda categoria empenhadas nas operações anteriores foram substituídas por divisões mais bem treinadas, possivelmente trazidas das forças siberianas. Essa reorganização foi então seguida de um nove plano de campanha. Até aí os esforços principais tinham sido dirigidos por forças mecanizadas contra a fronteira não-fortificada da Finlândia oriental. As dificuldades de terreno, a deficiência das comunicações russas, e a habilidade dos finlandeses em tirar plena vantagem desses fatores, tinham contribuído para a falta de êxito dos russos. Foram então abandonados os métodos iniciais. Os esforços ao norte ficaram reduzidos a meras operações auxiliares; e a 1o de fevereiro todo o peso da ofensiva russa foi lançado num ataque frontal contra a Linha Mannerheim.



fonte: http://www.2guerra.com.br

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