sábado, 29 de maio de 2010

Brasil é exemplo para o mundo em matéria de energia limpa

Leia os principais trechos da entrevista do ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ao programa Bom Dia Ministro, que é transmitido ao vivo pelas emissoras de rádio em todo o Brasil 
 Observamos com bastante satisfação a recuperação da produção industrial no País. O mundo teve uma crise no final de 2008, o que gerou forte impacto nos países desenvolvidos. Aqui, foi mais reduzido, mas sofremos também. Quando comparamos o momento que vivemos hoje com o que tínhamos no início do ano passado, a diferença é grande e isso é um ponto positivo. Apresentamos sinais fortes de recuperação, e ao mesmo tempo com características de desenvolvimento sustentável.

O Brasil é uma das matrizes mais limpas e renováveis do mundo. Nossa matriz energética, como um todo, possui patamares de 47%. O resto do mundo, em termos de matriz, não consegue mais do que 6% a 7%. A média do mundo é de 14%, apenas de energia renovável.
Somos um exemplo para o mundo em termos de como o setor energético contribui para essa matriz limpa. Mais da metade da gasolina consumida no Brasil contem etanol. Para produzir energia elétrica, contribuímos somente com 2,5% no total de emissões de CO2. Isso é ímpar no mundo.
Temos um potencial hidrelétrico grande ainda a explorar. Quando se fala em hidrelétrica, existe o aspecto ideológico. Existem pessoas que não aprovam e não estão preocupadas com a consequência de não fazer a expansão de forma mais barata.

O consumo de energia no País cresce em torno de 5%, isso faz com que contratemos anualmente cerca de 5 mil megawatts para atender essa demanda. Se crescermos, e isso implicar no aumento do consumo de energia, é claro que em vez de contratarmos 5 mil, nós vamos contratar 6 mil, 7 mil megawatts. O que for necessário. O País precisa se adequar à necessidade do consumo. Se tivermos um crescimento forte, como estamos tendo nesse ano, torna-se necessário fazer mais leilões para contratação de energia.
O Programa Luz para Todos, implantado a partir de 2004, que visa atender a população rural, mudou a realidade do País. Tínhamos diversas regiões do Brasil sem energia elétrica. O programa foi um sucesso e é um exemplo que está sendo seguido em outros países do mundo. De 2004 até agora, atingiu 11.706 milhões de pessoas, com 2.341 mil ligações, e, até o final do ano, vamos fazer mais 300, 400 mil ligações. Isso é um saldo de 12 milhões de brasileiros que viviam, no século XIX, sem energia elétrica.

País pode começar a pensar como grande produtor de petróleo
Acreditamos que os interesses nacionais serão atendidos, ou seja, que o Brasil poderá começar a pensar como um grande produtor de petróleo, como um país que tem grandes reservas. 
 A Petrobras é uma empresa atuante internacionalmente. Nos Estados Unidos, está trabalhando a sete mil metros; no Golfo do México, tem poços perfurados que chegam a 12 mil metros. Também teve uma participação recente no Irã, onde fez pesquisas e encontrou uma área pequena de óleo que não era viável. É a empresa que tem o maior know-how em pesquisas de petróleo em águas profundas. Todos os esforços estarão concentrados no Brasil. 

A parceria de Serra Pelada ficou justa e equilibrada
Serra Pelada era uma pendência que o Estado brasileiro tinha com relação aos garimpeiros. Tivemos, ao longo dos últimos dez anos, uma batalha tanto com senadores como com governadores. Isso começou a partir do momento em que foi encerrado o processo da lavra a céu aberto da mineração de Serra Pelada.
Havia um grande esforço para acomodar os garimpeiros ali. Chegamos a uma situação em que foi negociado com a empresa Vale do Rio Doce e entregue aos garimpeiros uma área que possui um remanescente de ouro de, aproximadamente, mais de 20 toneladas.
Tal trabalho só seria possível por meio de mina e lavra mecanizada, com uma empresa que tivesse know-how para isso. A partir do momento em que esta informação foi dada aos garimpeiros, a associação firmou contrato com uma empresa canadense, mediante um termo acionista.
A própria autorização de lavra, que o ministério concedeu no mês passado, prevê vários requisitos que garantem a manutenção e o equilíbrio entre a empresa investidora, conforme definido no acordo dos acionistas, e a cooperativa.
O processo ficou equilibrado e justo para ambas as partes. A mineradora fará todo o investimento, que é alto, para colocar uma mina em operação. A Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPE) é uma parceria entre a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (com 25% da sociedade) e a empresa canadense Colossus Minerals Inc. (com 75%). Segundo o padrão internacional, 25% é normal.

Por outro lado, os garimpeiros jamais conseguiriam tirar um grama de ouro sem tecnologia. Eles precisavam se associar a alguém, e escolheram essa empresa, que apresentou a melhor proposta. O Ministério ficou satisfeito. O acordo está dentro dos padrões que se usam no mundo inteiro e, ao mesmo tempo, garante participação de sociedade com os garimpeiros. Sabemos que a empresa tem compromissos e que vai ter que honrá-los, sob pena de inviabilizar a própria lavra. Os garimpeiros ali são sócios, vão receber rendimentos e, ao mesmo tempo, contratarão pessoas da região.

Energia Nuclear 
Estamos construindo a usina de Angra III, que foi retomada após 10 anos, e vai entrar em operação em 2015. Paralelo a isso, o Brasil vem estudando onde existem sítios para usinas nucleares. No planejamento de longo prazo aparece a indicação de que precisamos ter, até 2030, de quatro a oito centrais. A partir desse levantamento, precisamos definir a tecnologia que vamos usar, o estudo de viabilidade técnica e econômica e apurar qual o local dessa usina.

Energia Eólica 
A fonte eólica sempre teve um preço muito elevado. No Brasil, quando você compara a hidrelétrica com qualquer outra fonte, a hidrelétrica é sempre mais barata. Temos uma tendência forte de crescimento do consumo por habitante e para isso precisamos implantar muitas fontes de geração de energia. 
 A hidrelétrica vai ser o carro-chefe do desenvolvimento. Por outro lado, a energia eólica começa a ocupar espaço. No último leilão, realizado em novembro de 2009, contratamos 1.800 megawatts, o que nos oferece um preço que não se imaginava conseguir no Brasil: em torno de R$148 por megawatts/h, em nível médio. Isso foi excelente.

Questão ambiental 
O Brasil hoje tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. Uma hidrelétrica só pode ser construída após a concessão de licença prévia. Depois de atender o primeiro requisito, automaticamente serão acolhidos vários outros quesitos ambientais que virão com um controle forte dos órgãos competentes, para que sejam cumpridos.
Temos o caso de Belo Monte, que é um marco não só no aspecto ambiental, mas no social. É uma usina com impacto ambiental reduzido, devido ao porte, e atendeu todos os requisitos. O empreendedor precisa investir R$3,5 bilhões, principalmente no lado social da região de Altamira e nos municípios localizados ali no entorno da usina de Belo Monte.
A região do Pará necessitava de um investimento forte. Ao mesmo tempo, vamos ter pela primeira vez um plano de desenvolvimento regional, onde o empreendedor se compromete a colocar mais R$500 milhões. Então estamos falando de R$ 4 bilhões de investimentos que a região vai receber para o setor socioambiental.
Fonte: SECOM

Fonte: Pravda.ru

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