Voluntário transmite ao vivo nível de radiação em Tóquio
Diante da terrível situação pela qual passa o Japão, é natural que as autoridades tentem controlar as informações que chegam à população. Recentemente, um boato de que os níveis de radiação em Tóquio estariam elevados fez com que diversas pessoas deixassem a capital. No entanto, um voluntário localizado nos arredores da cidade está monitorando os níveis de radiação e colocando ao vivo as imagens na internet.
O instrumento utilizado pelo voluntário japonês é o conhecido como contador Geiger-Muller, inventado em 1913 pelo alemão Hans Geiger e aperfeiçoado em 1928, em conjunto com seu compatriota Walther Müller.
O princípio de funcionamento do instrumento é bastante simples e se baseia na propriedade que as partículas alfa, beta e gama têm de ionizar um gás nobre.
O elemento principal do detector é uma ampola de vidro preenchida com gás argônio. Quando uma dessas partículas penetra o interior do tubo, libera elétrons do gás, tornando-o condutor por uma fração de segundo, produzindo uma descarga elétrica. Essa descarga é então detectada, amplificada e enviada a um instrumento registrador, que mede a quantidade de partículas que estão ionizando gás.
Apesar de ser um instrumento amador, o contador Geiger-Muller utilizado pelo voluntário é bastante preciso na contagem de partículas e por isso pode ser um bom monitor dos níveis reais de radiação que estão sendo registrados.
De acordo com a página na internet, o tubo sensor do contador está instalado do lado de fora da casa, preso na parte externa de uma das janelas. Pelo que se pode ver, o instrumento está calibrado em CPM (Contagens Por Minuto) e não em Sieverts ou Roentgens, que é a forma utilizada pelas autoridades sanitárias para se medir a dose de radiação em uma pessoa. No entanto, é possível converter os números apresentado e transforma-los nessas unidades, como mostra a tabela abaixo.
CPM | MiliRoentgens/h | Sievert/h |
12.00 | 0.01 | 0.1 microSv |
1,200.00 | 1 | 10 microSv |
12,000.00 | 10 | 100 microSv |
120,000.00 | 100 | 1 miliSv |
Para fins de comparação, a radiação global média normal é de cerca de 0.1 microSieverts por hora, algo próximo a 12 CPM. Desde que entrou em operação, o instrumento instalado em Tóquio vem apresentando valores ao redor de 13 CPM, o que pode ser considerado normal. Para se ter uma ideia, a radiação dentro do reator 2 da usina de Fukushima entre os dias 15 e 16 de março estava entre 3 e 10 mSv/h (miliSieverts por hora) . Se o instrumento estivesse dentro da usina registraria valores entre 360 mil CPM e 1.2 milhão CPMs.
Radiografia dos dentes: 0.005 mSv
Mamografia: 3 mSv
Tomografia do Crânio: 0.8 a 5 mSv
Série de radiografias de Investigação gastrointestinal: 14 mSv
Limite norte-americano para voluntários em operação de resgate: 1000 mSv (1 Sv)
Dose próxima ao reator 4 de Chernobyl após a explosão: 10 a 300 Sv/hr
Nível de radiação reportado dentro do reator 3 da usina de Fukushima: 400 mSv/h
Abaixo vemos alguns valores práticos de exposição e que podem ser usados como referência:
Radiografia dos dentes: 0.005 mSv
Mamografia: 3 mSv
Tomografia do Crânio: 0.8 a 5 mSv
Série de radiografias de Investigação gastrointestinal: 14 mSv
Limite norte-americano para voluntários em operação de resgate: 1000 mSv (1 Sv)
Dose próxima ao reator 4 de Chernobyl após a explosão: 10 a 300 Sv/hr
Nível de radiação reportado dentro do reator 3 da usina de Fukushima: 400 mSv/h
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