quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vacinação contra raiva é interrompida em Minas

Minas Gerais suspendeu desde a última quinta-feira (07) a vacinação contra raiva para cães e gatos. A medida atende à orientação do Ministério da Saúde, que tomou a decisão após resultados preliminares de investigação laboratorial indicando a ocorrência de efeitos graves e mortes de animais depois da imunização com doses provenientes do laboratório Bio-Vet. Os resultados dos exames foram informados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no dia 6 de outubro. 

Até a última quinta-feira (07), data da suspensão da campanha, foram vacinados em Minas Gerais 2.075.028 animais, o que corresponde a 70% da população de felinos e caninos. Desse total, 1.769.308 foram imunizados com vacina produzida por outro laboratório, e o restante, ou seja, 305.720 animais, recebeu a vacina RAI-PET do laboratório Bio-Vet. De acordo com a nota oficial divulgada pelo Ministério da Saúde, as vacinas RAI-PET liberadas para o Estado de Minas Gerais haviam sido aprovadas pelo controle do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).


Até o momento, em todo o Estado, foram notificados 53 eventos adversos associados temporalmente à imunização e 12 óbitos.  Até a conclusão dos estudos realizados pelo Ministério da Saúde, as doses de vacina recebidas e distribuídas pela SES-MG continuarão armazenadas nas Gerências Regionais de Saúde e municípios.

A doença

O último caso de raiva humana ocorrido em Minas Gerais foi no ano de 2006, no município de Prados, transmitido por herbívoro.  Trata-se de uma zoonose que acomete mamíferos e é transmitida ao homem. Além de cães e gatos, morcegos frutívoros, insetívoros e hematófagos também podem ser infectados e disseminar a doença, que é causada por um vírus com rápida evolução e envolve o sistema nervoso central, levando à morte.

A transmissão para o homem ocorre, principalmente, via saliva do animal contaminado pelo vírus rábico ou por traumatismos cutâneos. Há casos em que a infecção acontece pela disseminação de partículas aerossóis, quando há elevada concentração do vírus em determinado ambiente, como em cavernas onde morcegos se alojam. Por isso, qualquer pessoa que tenha tido algum contato de agressão (mordida, unhada ou lambida em ferida aberta) com animal suspeito ou raivoso deve ser submetida ao tratamento profilático, com uso de soro e vacina ou somente a vacinação.

A suspeita de raiva humana deve ser considerada em qualquer doença neurológica. Os sintomas caracterizaram-se por encefalite, infecção do sistema nervoso central, ocasionando mal estar, febre, agitação, espasmos dolorosos na laringe e faringe, dificuldade de respiração e deglutição, tremores generalizados e taquicardia. Pode haver a hidrofobia, isto é, o doente sofre violentos espasmos ao ver ou beber água e, em uma fase mais avançada, ocorrem paralisias facial, da língua, dos músculos da deglutição, oculares, podendo ainda atingir todo o corpo.

Conscientizar a população sobre os cuidados com os animais, as formas de transmissão da raiva e divulgar os serviços de saúde existentes são medidas importantes para se prevenir a doença.
jornalvarginhahoje

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