Berlusconi diz ser possível a convocação de eleições antecipadas
Roma - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, declarou hoje que, caso o governo não receba a confiança do Parlamento, serão convocadas eleições antecipadas no país.
"Se [o governo] obtiver a confiança [no Parlamento], continuaremos trabalhando. Se não a tivermos, iremos a uma votação", afirmou Berlusconi hoje, em declarações à imprensa durante uma cerimônia na sede presidencial Quirinale.
Na última sexta-feira, os oposicionistas Partido Democrata (PD) e Itália dos Valores (IDV) apresentaram, na Câmara dos Deputados uma moção de desconfiança contra o atual governo, que será votada em 14 de dezembro, conforme combinado na reunião realizada ontem entre o presidente da casa, Gianfranco Fini, o titular do Senado, Renato Schifani, e o chefe de Estado italiano, Giorgio Napolitano.
Na opinião do premier, "abrir a crise foi um ato irresponsável", disse, em referência à renúncia apresentada na segunda-feira por quatro ministros de seu governo leais ao presidente da Câmara dos Deputados, seu ex-aliado Gianfranco Fini.
Berlusconi destacou que "necessitamos de um Executivo sólido e não podemos contar com quem não nos garante o máximo de lealdade ao programa votado pelos eleitores". Caso seja necessária a convocação de eleições antecipadas, elas ocorreriam em 27 de março de 2011.
Uma pesquisa sobre a confiança dos líderes e dos partidos italianos divulgada recentemente mostrou que o primeiro-ministro e seu governo tiveram um novo recorde negativo de confiança entre os cidadãos italianos (37%, com queda de 2%), em um descenso registrado desde fevereiro. Seu partido, o governista Povo da Liberdade (PDL), obteve 28% de confiança.
Por sua vez, a Liga Norte, de Umberto Bossi, que compõe a aliança governista, obteve 35% de confiança, enquanto a União Democrática de Centro (UDC), do ex-presidente da Câmara Pier Ferdinando Casini, recebeu 34%, e o Liberdade e Ecologia, do governador esquerdista de Puglia, Nichi Vendola, 30%. Com relação às intenções de voto, o PDL encabeça as preferências, com 28,5% das intenções, seguido pelo PD, de esquerda, com 26%. Em terceiro está a Liga Norte, com 12,5% das preferências.
Por sua vez, o movimento do ex-aliado de Berlusconi Gianfranco Fini, o Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), tem a confiança de 24% dos italianos e recebeu a intenção de voto de 5,5% do total. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipr Marketing com mil italianos em 4 de novembro.
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