ONU recebe críticas pela omissão ao tema extraterrestre desde os anos 70
Movimentação de extrema importância lembra e cobra organização mundial perante a questão
Pressão na possível urgência do assunto. Crédito: Wikimedia
O 521º planeta detectado fora do Sistema Solar foi anunciado nesta semana pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA). O ritmo das descobertas planetárias já não espanta os cientistas, mas o vazio político nos assuntos supraterrestres começa a provocar algum incômodo.
Em artigo publicado nesta segunda-feira (10) via Internet, Mazlan Othman, diretora geral do United Nations Office for Outer Space Affairs [Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior, UNOOSA] e astrofísica, lançou um desafio aos Estados membros do Comitê para o Uso Pacífico do Espaço, para que façam chegar o dossiê a uma próxima assembléia geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Com tantos esforços para encontrar vida extraterrestre e inteligente", defende Mazlan, "o assunto não pode continuar fora da agenda internacional". E acrescenta, sobre o possível contato com outras civilizações, que "quando isso acontecer, teremos de ter uma resposta coordenada que leve em conta todas as possibilidades".
A comunicação interestelar foi discutida pela última vez [Oficialmente(*)] numa assembléia geral da ONU em 1977 [Uma década antes, em 1967, foi selado o Tratado do Espaço Exterior] e a esta altura as recomendações pedidas ao comitê caíram no esquecimento [Oficialmente]. Até hoje a única mensagem com o aval global seguiu a bordo das missões Voyager, no mesmo ano.
O então secretário-geral das Nações Unidas apresentava-se como representante de uma organização de 147 Estados membros, logo, da maioria dos habitantes do planeta, e pedia paz e amizade em nome do povo da Terra.
Desde então, o trabalho está nas mãos de acadêmicos e há um acordo informal conseguido pela Academia Internacional de Astronáutica: se detectarem sinais de vida ou mesmo uma mensagem, e só quando houver certeza absoluta, os cientistas podem difundir a informação como entenderem. Não estão, contudo, autorizados a divulgar, muito menos responder.
Na edição especial da publicação Philosophical Transactions da Royal Society estão reunidos artigos discutidos num encontro sobre vida extraterrestre em Londres, há um ano. A urgência de um plano para lidar com eventuais extraterrestres é consensual.
Martin Dominik, especialista da Universidade de St. Andrews e autor da introdução, sublinhou que se trata de um projeto que vai demorar anos. "Podemos pensar que ainda é cedo para o fazer, mas, se continuarmos à espera, a certa altura será muito tarde".
A opinião é partilhada por Iván Almár, do Observatório de Konkoly, na Hungria, e co-autor da edição especial, e por Douglas Vakoch, diretor do departamento de composição de mensagens interestelares do Instituto para a Busca de Vida Extraterrestre (SETI).
"Se finalmente...
Em artigo publicado nesta segunda-feira (10) via Internet, Mazlan Othman, diretora geral do United Nations Office for Outer Space Affairs [Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior, UNOOSA] e astrofísica, lançou um desafio aos Estados membros do Comitê para o Uso Pacífico do Espaço, para que façam chegar o dossiê a uma próxima assembléia geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Com tantos esforços para encontrar vida extraterrestre e inteligente", defende Mazlan, "o assunto não pode continuar fora da agenda internacional". E acrescenta, sobre o possível contato com outras civilizações, que "quando isso acontecer, teremos de ter uma resposta coordenada que leve em conta todas as possibilidades".
A comunicação interestelar foi discutida pela última vez [Oficialmente(*)] numa assembléia geral da ONU em 1977 [Uma década antes, em 1967, foi selado o Tratado do Espaço Exterior] e a esta altura as recomendações pedidas ao comitê caíram no esquecimento [Oficialmente]. Até hoje a única mensagem com o aval global seguiu a bordo das missões Voyager, no mesmo ano.
O então secretário-geral das Nações Unidas apresentava-se como representante de uma organização de 147 Estados membros, logo, da maioria dos habitantes do planeta, e pedia paz e amizade em nome do povo da Terra.
Desde então, o trabalho está nas mãos de acadêmicos e há um acordo informal conseguido pela Academia Internacional de Astronáutica: se detectarem sinais de vida ou mesmo uma mensagem, e só quando houver certeza absoluta, os cientistas podem difundir a informação como entenderem. Não estão, contudo, autorizados a divulgar, muito menos responder.
Na edição especial da publicação Philosophical Transactions da Royal Society estão reunidos artigos discutidos num encontro sobre vida extraterrestre em Londres, há um ano. A urgência de um plano para lidar com eventuais extraterrestres é consensual.
Martin Dominik, especialista da Universidade de St. Andrews e autor da introdução, sublinhou que se trata de um projeto que vai demorar anos. "Podemos pensar que ainda é cedo para o fazer, mas, se continuarmos à espera, a certa altura será muito tarde".
A opinião é partilhada por Iván Almár, do Observatório de Konkoly, na Hungria, e co-autor da edição especial, e por Douglas Vakoch, diretor do departamento de composição de mensagens interestelares do Instituto para a Busca de Vida Extraterrestre (SETI).
"Se finalmente...
Agradecimentos a:
Paulo R. Poian.
Consultor da Revista UFO Brasil
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