Efeitos na América Latina
Foi a questão do provável efeito da guerra sobre os seus interesses econômicos que se tornou a preocupação mais imediata das várias repúblicas americanas. Peritos observadores advertiam que os tempos de bloqueio da última guerra dificilmente se repetiriam, e que não era absolutamente desejável que se repetissem. Mas era claro que, para bem ou mal, sérias mudanças iriam ter lugar no comércio das nações americanas. Os canais normais do comércio exterior estavam irremediavelmente desfeitos, e a questão era a de que lucros poderiam ser adiantados para se contrabalançar as perdas inevitáveis.
No caso da América Latina, havia ao irromper a guerra um ponto especial a considerar-se. Era o da existência de acordos comerciais de troca com vários países europeus, e particularmente com a Alemanha. Com eles, muitos desses países da América Central e do Sul tinham obtido créditos comerciais em Berlim, créditos que somente podiam utilizar para a aquisição de mercadorias alemães. No período que se seguira ao Munique, a incerteza da situação levou esses países a procurar liquidar seus saldos com o aumento de suas importações da Alemanha. Ainda não se conhece ao certo até que ponto, com o início da guerra, a política teve êxito. O Uruguai desmentiu os boatos de que tivesse fortes créditos congelados, e assegurou que suas contas com a Alemanha estavam saldadas até essa data. O México, por outro lado, tinha ainda créditos pendentes, em resultado de vendas de petróleo à Alemanha e à Itália. Um observador calculou que uma soma de 75.000.000 de dólares estavam presos; mas, no conjunto, a maioria dos países parecia ter os saldos reduzidos a somas comparativamente pequenas.
Era claro que se estava, contudo, tornando difícil para a Alemanha manter esses acordos de troca, em vista do bloqueio e da captura de suas exportações pelos aliados. No caso de países como a Argentina e o Chile, o comércio com a Alemanha mostrou uma queda violenta. Havia indícios de que algumas exportações seguiam ainda caminhos indiretos. Suspeitou-se que as crescentes exportações de algodão brasileiro para a Itália não se destinavam à Itália somente. O Brasil perdeu o seu melhor mercado europeu de café quando a Alemanha foi eliminada, mas em compensação passou a aumentar suas vendas aos vizinhos do Reich. Mas ao sinal de que os aliados pretendiam exercer uma supervisão mais estrita sobre as compras neutras, a América Latina precisava enfrentar a perspectiva de um considerável reajustamento das relações comerciais.
Isto foi acentuado pela política dos aliados. Seus esforços para conservar o câmbio estrangeiro levaram em muitos casos a restringir as compras. As importações britânicas do Chile, por exemplo, caíram nos últimos três meses de 1939 a seis por cento do que tinham sido no mesmo período do ano anterior. Mas havia sinais de que isto era apenas a fase preliminar de um reajustamento de acordos que atrairiam as importações para mais perto das exportações. A estreita ligação da Argentina à Grã-Bretanha, que continuava a ser seu melhor freguês, colocou aquele país praticamente em condições de Domínio, no tocante ao comércio. Mas mesmo com as melhores perspectivas nesse sentido, a maioria dos países latino-americanos teriam de voltar-se para os Estados Unidos a fim de efetuar as vendas que estavam perdendo na Europa.
No caso da América Latina, havia ao irromper a guerra um ponto especial a considerar-se. Era o da existência de acordos comerciais de troca com vários países europeus, e particularmente com a Alemanha. Com eles, muitos desses países da América Central e do Sul tinham obtido créditos comerciais em Berlim, créditos que somente podiam utilizar para a aquisição de mercadorias alemães. No período que se seguira ao Munique, a incerteza da situação levou esses países a procurar liquidar seus saldos com o aumento de suas importações da Alemanha. Ainda não se conhece ao certo até que ponto, com o início da guerra, a política teve êxito. O Uruguai desmentiu os boatos de que tivesse fortes créditos congelados, e assegurou que suas contas com a Alemanha estavam saldadas até essa data. O México, por outro lado, tinha ainda créditos pendentes, em resultado de vendas de petróleo à Alemanha e à Itália. Um observador calculou que uma soma de 75.000.000 de dólares estavam presos; mas, no conjunto, a maioria dos países parecia ter os saldos reduzidos a somas comparativamente pequenas.
Era claro que se estava, contudo, tornando difícil para a Alemanha manter esses acordos de troca, em vista do bloqueio e da captura de suas exportações pelos aliados. No caso de países como a Argentina e o Chile, o comércio com a Alemanha mostrou uma queda violenta. Havia indícios de que algumas exportações seguiam ainda caminhos indiretos. Suspeitou-se que as crescentes exportações de algodão brasileiro para a Itália não se destinavam à Itália somente. O Brasil perdeu o seu melhor mercado europeu de café quando a Alemanha foi eliminada, mas em compensação passou a aumentar suas vendas aos vizinhos do Reich. Mas ao sinal de que os aliados pretendiam exercer uma supervisão mais estrita sobre as compras neutras, a América Latina precisava enfrentar a perspectiva de um considerável reajustamento das relações comerciais.
Isto foi acentuado pela política dos aliados. Seus esforços para conservar o câmbio estrangeiro levaram em muitos casos a restringir as compras. As importações britânicas do Chile, por exemplo, caíram nos últimos três meses de 1939 a seis por cento do que tinham sido no mesmo período do ano anterior. Mas havia sinais de que isto era apenas a fase preliminar de um reajustamento de acordos que atrairiam as importações para mais perto das exportações. A estreita ligação da Argentina à Grã-Bretanha, que continuava a ser seu melhor freguês, colocou aquele país praticamente em condições de Domínio, no tocante ao comércio. Mas mesmo com as melhores perspectivas nesse sentido, a maioria dos países latino-americanos teriam de voltar-se para os Estados Unidos a fim de efetuar as vendas que estavam perdendo na Europa.
fonte: http://www.2guerra.com.br
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