O comércio de guerra e os Estados Unidos
As relações comerciais entre os aliados e os Estados Unidos eram mesmo em tempos de paz de importância capital. A Grã-Bretanha e o Canadá havia muito eram os fregueses mais importantes dos Estados Unidos. Os países juntos compraram em 1939 mercadorias americanas no valor total de um bilhão de dólares - cifra que representa a terça parte do total das exportações americanas, excedendo consideravelmente as compras de toda a América Latina. As vendas à Alemanha no mesmo ano somaram apenas 47.000.000 de dólares. A França, com aquisição no valor de 182.000.000 de dólares, comprou mais que a Alemanha, Rússia e Itália combinadas.
Essa disparidade foi acentuada pela guerra, que trouxe um grande aumento do total das compras aliadas. Estatísticas de dezembro mostraram que, enquanto as exportações para a Grã-Bretanha tinham ultrapassado em modestos três milhões de dólares às do mesmo mês do ano anterior, as exportações para a França tinham triplicado, e as compras pelo Canadá tinham aumentado em 15.000.000 de dólares - aumento esse de mais de quarenta por cento. Em contraste, nos cinco meses decorrentes de setembro a janeiro inclusive, toda a Grande Alemanha, inclusive a Polônia, comprou menos que um milhão de dólares de mercadorias, em comparação com os 66.000.000 de dólares a que chegaram as suas compras no mesmo período do ano anterior. O aumento de 47 por cento nas compras neutras - a de 70 por cento no caso da Escandinávia - sugeriu que a Alemanha podia estar obtendo mais do que esses números mostravam; mas este era um caso que os aliados não tardariam a examinar.
Fosse qual fosse o prejuízo líquido do comércio americano com a Europa central, ele era mais que contrabalançado pelas vendas crescentes aos aliados e à América Latina. As exportações de janeiro foram as mais altas em dez anos; 75 por cento mais que em janeiro de 1939. Nem todos os setores da produção americana, entretanto, partilharam desse aumento. Os materiais de guerra foram beneficiados às custas de algumas das mais vendíveis indústrias de exportação. As aquisições britânicas de trigo nos Domínios e na Argentina reduziram as exportações de trigo americanas. O fumo americano sofreu em resultado das compras britânicas na Turquia. A exportação de automóveis ficou reduzida em dez por cento. O algodão, por outro lado, beneficiou-se com as crescentes compras britânicas e canadenses, que em fevereiro de 1940 triplicaram de exportação, comparadas com 1939; e os metais, maquinaria, produtos químicos, e especialmente aviões; pareciam ter de enfrentar o fechamento dos portos.
No caso dos fornecimentos bélicos, entretanto, havia sinais de grande dose de prudência de parte tanto dos compradores como dos vendedores. O acordo franco-britânico de coordenação das respectivas políticas de compra significava que suas comissões de compra nos Estados Unidos evitavam a concorrência uma com a outra; capacitando-as a seguir uma política de forte pechincha pelos suprimentos que desejavam. Os fabricantes americanos, por sua vez, mostravam muita cautela na aceitação de pedidos excedentes à sua capacidade, a menos que lhes fosse assegurado um preço alto bastante para quaisquer necessidade de suas instalações e equipamento.
Isto era ilustrado particularmente pela situação que dizia respeito aos aviões. Os aliados, e a França em especial, estavam contando com fornecimentos substanciais dos Estados Unidos, e ofereciam uma perspectiva de pedidos no total de um bilhão de dólares. Naturalmente, eles queriam os últimos tipos de aviões, que deveriam ser fabricados com a maior rapidez possível. Pedidos desse volume exigiriam a expansão das instalações fabris existentes; e os fabricantes exigiam a garantia de que o custo das novas construções seria coberto, e que um acordo a esse respeito não seria anulado pelas regulamentações do Tesouro sobre o fisco. Ao mesmo tempo, tanto a opinião pública como os círculos militares ficavam algo perturbados ao pensamento de que a venda dos aviões mais modernos poderia deixar certos segredos militares à disposição de potências estrangeiras. Durante todo o mês de março, tiveram lugar, intensivas negociações com um comitê do Congresso a perscrutar o ângulo militar da situação. Mas pelo fim do mês, essas várias dificuldades pareciam ter sido sanadas, e havia toda a probabilidade de que fornecimentos em grande escala estariam à disposição dos aliados durante o ano vindouro.
Essa disparidade foi acentuada pela guerra, que trouxe um grande aumento do total das compras aliadas. Estatísticas de dezembro mostraram que, enquanto as exportações para a Grã-Bretanha tinham ultrapassado em modestos três milhões de dólares às do mesmo mês do ano anterior, as exportações para a França tinham triplicado, e as compras pelo Canadá tinham aumentado em 15.000.000 de dólares - aumento esse de mais de quarenta por cento. Em contraste, nos cinco meses decorrentes de setembro a janeiro inclusive, toda a Grande Alemanha, inclusive a Polônia, comprou menos que um milhão de dólares de mercadorias, em comparação com os 66.000.000 de dólares a que chegaram as suas compras no mesmo período do ano anterior. O aumento de 47 por cento nas compras neutras - a de 70 por cento no caso da Escandinávia - sugeriu que a Alemanha podia estar obtendo mais do que esses números mostravam; mas este era um caso que os aliados não tardariam a examinar.
Fosse qual fosse o prejuízo líquido do comércio americano com a Europa central, ele era mais que contrabalançado pelas vendas crescentes aos aliados e à América Latina. As exportações de janeiro foram as mais altas em dez anos; 75 por cento mais que em janeiro de 1939. Nem todos os setores da produção americana, entretanto, partilharam desse aumento. Os materiais de guerra foram beneficiados às custas de algumas das mais vendíveis indústrias de exportação. As aquisições britânicas de trigo nos Domínios e na Argentina reduziram as exportações de trigo americanas. O fumo americano sofreu em resultado das compras britânicas na Turquia. A exportação de automóveis ficou reduzida em dez por cento. O algodão, por outro lado, beneficiou-se com as crescentes compras britânicas e canadenses, que em fevereiro de 1940 triplicaram de exportação, comparadas com 1939; e os metais, maquinaria, produtos químicos, e especialmente aviões; pareciam ter de enfrentar o fechamento dos portos.
No caso dos fornecimentos bélicos, entretanto, havia sinais de grande dose de prudência de parte tanto dos compradores como dos vendedores. O acordo franco-britânico de coordenação das respectivas políticas de compra significava que suas comissões de compra nos Estados Unidos evitavam a concorrência uma com a outra; capacitando-as a seguir uma política de forte pechincha pelos suprimentos que desejavam. Os fabricantes americanos, por sua vez, mostravam muita cautela na aceitação de pedidos excedentes à sua capacidade, a menos que lhes fosse assegurado um preço alto bastante para quaisquer necessidade de suas instalações e equipamento.
Isto era ilustrado particularmente pela situação que dizia respeito aos aviões. Os aliados, e a França em especial, estavam contando com fornecimentos substanciais dos Estados Unidos, e ofereciam uma perspectiva de pedidos no total de um bilhão de dólares. Naturalmente, eles queriam os últimos tipos de aviões, que deveriam ser fabricados com a maior rapidez possível. Pedidos desse volume exigiriam a expansão das instalações fabris existentes; e os fabricantes exigiam a garantia de que o custo das novas construções seria coberto, e que um acordo a esse respeito não seria anulado pelas regulamentações do Tesouro sobre o fisco. Ao mesmo tempo, tanto a opinião pública como os círculos militares ficavam algo perturbados ao pensamento de que a venda dos aviões mais modernos poderia deixar certos segredos militares à disposição de potências estrangeiras. Durante todo o mês de março, tiveram lugar, intensivas negociações com um comitê do Congresso a perscrutar o ângulo militar da situação. Mas pelo fim do mês, essas várias dificuldades pareciam ter sido sanadas, e havia toda a probabilidade de que fornecimentos em grande escala estariam à disposição dos aliados durante o ano vindouro.
fonte: http://www.2guerra.com.br
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