O anel que se aperta
No começo de abril, portanto, notava-se um aumento de resolução de ambos os contendores, e o incremento dos preparativos para uma fase nova e mais tensa da luta. As novas ameaças nazistas de ação devastadora chegaram ao auge com a alegação de Goering de que Hitler tinha preparado um golpe decisivo no ocidente. Os aliados, por sua vez, recusavam-se a dar atenção ao clamor que se erguia em certos círculos para que se decidissem a tomar a ofensiva, mas deixaram claro que estavam resolvidos a incentivar a luta à procura de uma decisão. Sua solidariedade econômica tinha sido mais incrementada por um novo tratado entre a Grã-Bretanha e a França a 16 de fevereiro. Sua união política e militar foi fortalecida numa reunião do Supremo Conselho de Guerra a 28 de março, onde ficou estabelecido que nenhuma paz seria buscada a não ser por acordo mútuo, e que a concordância de ação iria continuar por muito depois da paz, como era necessário para a segurança e a reconstrução da Europa. E em seu discurso de 3 de abril, o premier Reynaud referiu-se a seu novo gabinete de guerra com uma frase que parecia antecipar mais vigorosas medidas: "Nós forjamos esta arma, e, agora vamos usá-la".
Pelo menos uma forma de seu uso estava claramente indicada - o aumento da pressão econômica sobre a Alemanha. Os aliados não mais estavam contentes em ver a manutenção da neutralidade legal das pequenas nações resultar da prática em vantagem para o inimigo. Estavam utilizando meios legais para diminuir essa vantagem. Uma política de compras mais extensiva foi elaborada para afastar os produtos neutros das mãos dos alemães. Novos tratados comerciais prescreviam que os países em questão racionariam voluntariamente as suas importações, a fim de evitar que elas servissem de canais de suprimento ao Reich. Mas foi tornado claro que se os neutros não o fizessem voluntariamente, isso lhes seria imposto pelo bloqueio aliado; e foi também previsto que, de um modo ou de outro, se encontraria meio de se lidar com questões tão importantes como os embarques de minério de ferro sueco para a Alemanha. Com o bloqueio a estreitar-se no Báltico, no Adriático e no Pacífico, os aliados estavam visivelmente ficando prontos para a aplicação de uma nova intensidade de pressão. Restava ver-se se isso, que em nada contribuiria para o bem-estar dos neutros, também conduziria à extensão das hostilidades às suas custas quando a Alemanha procurasse romper o anel que se apertava.
Pelo menos uma forma de seu uso estava claramente indicada - o aumento da pressão econômica sobre a Alemanha. Os aliados não mais estavam contentes em ver a manutenção da neutralidade legal das pequenas nações resultar da prática em vantagem para o inimigo. Estavam utilizando meios legais para diminuir essa vantagem. Uma política de compras mais extensiva foi elaborada para afastar os produtos neutros das mãos dos alemães. Novos tratados comerciais prescreviam que os países em questão racionariam voluntariamente as suas importações, a fim de evitar que elas servissem de canais de suprimento ao Reich. Mas foi tornado claro que se os neutros não o fizessem voluntariamente, isso lhes seria imposto pelo bloqueio aliado; e foi também previsto que, de um modo ou de outro, se encontraria meio de se lidar com questões tão importantes como os embarques de minério de ferro sueco para a Alemanha. Com o bloqueio a estreitar-se no Báltico, no Adriático e no Pacífico, os aliados estavam visivelmente ficando prontos para a aplicação de uma nova intensidade de pressão. Restava ver-se se isso, que em nada contribuiria para o bem-estar dos neutros, também conduziria à extensão das hostilidades às suas custas quando a Alemanha procurasse romper o anel que se apertava.
fonte: http://www.2guerra.com.br
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